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ALÇA VIÁRIA

Inicia fase de concretagem na obra da ponte Rio Moju

Terceira etapa da obra será colocação da pista. Obra deve ser entregue em novembro

Por Kátia Aguiar (COHAB)
19/08/2019 09h43

Trabalhadores atuam na concretagem do bloco do mastro que sustentará a pistaA construção de parte da estrutura da ponte Rio Moju - no complexo da Alça Viária - já está na fase de concretagem do bloco do mastro, que servirá de base para os pilares que suportarão o piso da ponte onde passarão os veículos, o chamado tabuleiro ou estrado.

Esta é a segunda etapa da obra, que envolveu anteriormente a cravação e a concretagem das estacas. Para dar ainda mais rapidez ao processo, tanto as estacas quanto os blocos são construídos em módulos. Assim inicia-se construção do mastro na parte central do bloco de fundação (que terá 85,10 metros), enquanto as estacas e as partes periféricas do bloco são construídos simultaneamente em outro local. Essa é a inovação no método construtivo na ponte do Moju. 

A terceira etapa será a montagem do tabuleiro (pista), que está sendo pré-fabricado em Fortaleza (CE) e que já começou a chegar ao Moju.  

Obras na ponte Rio Moju acontecem diuturnamente para que o prazo de entrega seja cumpridoA reconstrução da parte central da ponte está sendo feita com dois vãos de navegação ampliados. Cada um terá 134 metros divididos pelo mastro, ambos suportados por cabos-estais distantes 12 metros um do outro. Esse novo sistema estrutural garantirá a boa qualidade da navegação na região, com mínimo risco de impacto de embarcações.

A obra segue o cronograma de trabalho previamente estipulado. A entrega está programada para cinco meses após o início dos trabalhos de construção da ponte, o que ocorreu em 20 de junho. Segundo o titular da Setran, Pádua Andrade, a obra está em ritmo acelerado e mobiliza mais de 400 operários de forma direta e outros 400 de maneira indireta em três turnos.

“A obra envolve 28 categorias profissionais entre eles engenheiros, mecânicos, eletricistas, marítimos, pedreiros e metalúrgicos. São profissionais paraenses e de mais dois estados onde partes da ponte estão se construídos para serem montados, sendo o tabuleiro e os estais em Fortaleza e São Paulo, respectivamente”, detalhou.

Construção dos tabuleiros e estais acontece em Fortaleza-CEO projeto de parte da ponte, que ganhará o formato estaiado, é de responsabilidade do engenheiro Pedro Almeida, paraense, que hoje é professor da Universidade de São Paulo (USP). Na equipe de campo estão engenheiros civis, navais, se segurança do trabalho, mecânico e até engenheiro de minas, este último atua na remoção dos escombros da ponte que caíram no fundo do rio, em abril passado, após o choque de uma embarcação.

“É um trabalho em ritmo de dedicação total, 24 horas por dia. Não há  folga em feriados ou finais de semana, tudo para vencer o desafio de entregar a ponte até novembro deste ano. Cada etapa concluída é muito festejada”, diz Marcos Frensel, engenheiro residente da obra.

As defensas (dolfins) de proteção dos pilares centrais – do novo mastro da ponte e dos apoios laterais do vão de navegação e os cabos-estais, estão sendo fabricados em São Paulo e devem chegar ao Pará ainda este mês. 

A reconstrução da ponte custou cerca de R$180 milhões, sendo R$104 milhões para a ponte, recursos oriundos das empresas responsáveis pela embarcação que colidiu com a ponte que provocou o desabamento. 

A ponte rio Moju faz parte do complexo de quatro pontes da Alça Viária - a rodovia  PA-483, que tem mais de 70 quilômetros de extensão - e é a principal artéria rodoviária do Norte do Brasil, integrando a Região Metropolitana de Belém (RMB) ao sul e sudeste do Pará. 

Balsas: Para reduzir os impactos para a população durante o período  de construção da ponte, o Governo do Estado criou a travessia ao lado da ponte em construção, que  opera com duas balsas fazendo a travessia de caminhões, ônibus e vans e demais usuários da rodovia. É uma operação que envolve três rebocadores em cada balsa, mas que só ocorre durante o dia por determinação da Capitania dos Portos.