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MESA REDONDA

Governo apresenta metas e desafios para o futuro sustentável da Amazônia

Por Ronan Frias (DETRAN)
04/09/2019 13h42

Durante a mesa, o governador do Pará apresentou para 39 instituições internacionais e nacionais os conceitos e parcerias que são buscados para melhorar os índices de desmatamento e queimadas no Estado.Regularização fundiária, aptidão agropecuária e desenvolvimento sustentável foram os principais eixos abortados pelo governador do Pará durante a mesa redonda “Desafios da agenda ambiental e das cidades na Amazônia para a implementação do Acordo de Paris: o caso do Pará”. O evento foi realizado nesta quarta-feira (4), no salão principal do Palácio dos Despachos. Helder Barbalho apontou as estratégias que a política agroambiental local vem buscando para trazer ao Estado progresso ao território, respeitando a biodiversidade amazônica.

“Tenho defendido que quem tem responsabilidade econômica no campo deve entender a importância e a vocação da produção local. O que nos diferencia das outras unidades da federação, além do clima e do nosso potencial para o agronegócio, é a logística que nos aproxima dos mercados consumidores internacionais. Quando não se consegue compatibilizar a agenda ambiental e fundiária à produção, isso vai conflitar e trazer sanções e embargos”, apontou o governador do Pará.

Helder Barbalho também falou sobre a importância da ocupação ordenada do Estado e do potencial paraense de produção nas áreas já ocupadas pelo homem.Helder Barbalho também falou sobre a importância da ocupação ordenada do Estado e do potencial paraense de produção nas áreas já ocupadas pelo homem. “Alguns poucos pregaram que a nova Lei de Terras era para esquentar títulos. Ao contrário. Enquanto não houver propriedade ou clareza de quem é o dono da área, o cenário mais propício será o da impunidade. A discussão da regularização é fundamental para nós, já que 19% do nosso território é responsabilidade do Iterpa e 25% do Incra. É o suficiente para não precisarmos da antropização de novas áreas de terra e sermos a nova fronteira agrícola do país”, destacou.

Durante a mesa, o governador do Pará apresentou para 39 instituições internacionais e nacionais os conceitos e parcerias que são buscados para melhorar os índices de desmatamento e queimadas no Estado.

"Nós devemos buscar todos os parceiros que queiram cooperar conosco. Se alguém quiser nos ajudar, questionando a autoridade do Pará e do Brasil, é outra questão. O País e o Estado devem se comprometer com a diminuição dos focos de queimadas. Não existe um estado mais desejoso que o Pará, e os outros da Amazônia Legal, em desenvolver agendas econômicas sustentáveis. Espero que possamos construir um plano efetivo, que seja apresentado à sociedade e voltado para a população, com emprego, renda e serviços sociais", comentou o chefe do Poder Executivo.

O evento foi organizado pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), da fundação alemã Konrad-Adenauer, com apoio do governo estadual. As secretarias de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e de Cultura (Secult), e os institutos de Terras do Pará (Iterpa) e de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) participaram do diálogo, considerado de alto nível, sobre o acordo internacional de Paris.

Helder Barbalho apontou as estratégias que a política agroambiental local vem buscando para trazer ao Estado progresso ao território, respeitando a biodiversidade amazônica.“Buscamos fazer um case sobre o Pará, sobre o que podemos fazer sobre o Acordo de Paris. No contexto, apresentamos as nossas metas, propostas e objetivos para alcançar a diminuição do desmatamento, e uma transição para uma economia de baixo carbono. Queremos fazer com que as vocações do Estado, seja agricultura, pecuária e manejo florestal, tenham mais eficiência e emitam menos carbono, o que deve contribuir para que as mudanças climáticas se mantenham no nível adequado", comentou o titular da Semas, Mauro O'de Almeida.

Para a mediadora do evento e ex-ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a reunião das organizações presentes, que representam sociedade civil, acadêmica e gestores governamentais, foi um espaço democrático para construção de políticas ambientais. "A Amazônia deve passar a ser vista pelo mundo como uma solução e não como problema, como tem sido colocada. A construção dessa base é que estamos buscando com esse processo de dialogar diretamente com as entidades, entendendo que as ações não são fáceis e que existe uma diversidade de situações", avaliou.