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Hospital Ophir Loyola alerta sobre a prevenção da Doença Renal Crônica

Por Redação - Agência PA (SECOM)
12/03/2015 19h21

Nesta quinta-feira (12), Dia Mundial do Rim, são realizadas ações de conscientização, em todo o planeta, sobre a importância dos rins para a saúde. A iniciativa busca reduzir o impacto e os problemas relacionados à doença renal. Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), 10% da população mundial e 1,5 milhão de brasileiros têm Doença Renal Crônica (DRC). Para alertar sobre a importância dos cuidados com o rim, o Hospital Ophir Loyola atendeu cerca de 700 pessoas durante a ação de saúde realizada em frente à instituição, para alertar sobre os cuidados com os rins, que incluem o controle da hipertensão arterial, do diabetes e da obesidade.

No Brasil, mais de 100 mil pessoas fazem diálise, segundo dados da SBN. O bom funcionamento do organismo depende da capacidade que os rins têm de filtrar o sangue, eliminar as toxinas e reter as substâncias necessárias ao sistema metabólico. Depois dos 40 anos, o indivíduo perde em média 1% ao ano da função renal.

A maioria dos pacientes renais é formada por homens (58%), como o estudante Paulo Reis, 28 anos, que aos 12 anos descobriu a fragilidade dos rins. Ele perdeu dois irmãos com o mesmo problema, o que levou a mãe a submeter Paulo a exames periódicos. Quando completou 20 anos, ele conseguiu o transplante, mas uma infecção levou a perda do órgão novamente. Paulo voltou a fazer hemodiálise no Ophir Loyola.

“Na época, a gente morava  em Tucuruí (município do sudeste paraense).  Lembro que houve atraso no repasse do Tratamento Fora de Domicílio (TFD) e não tinha como vir para  Belém. Quando consegui chegar até aqui, já era tarde. Mais uma vez enfrento tratamento de hemodiálise, com duração de quatro horas, três vezes na semana. Não é fácil, mas é necessário até conseguir um doador novamente”, contou Paulo Reis.

A incidência da Doença Renal Crônica é maior entre pessoas de idade avançada - 31% têm mais de 65 anos. “A DRC é silenciosa e consiste na lesão ou perda da função renal, de forma lenta e progressiva. Afeta pessoas de todas as idades e raças, impactando a qualidade de vida dos pacientes”, informou a coordenadora do Serviço de Terapia Renal Substitutiva do Hospital Ophir Loyola, Alzira Paula.

É necessário, segundo ela, o controle rigoroso dos fatores de risco, como a hipertensão (35%), diabetes (30%) e glomerulopatias (12%), que são as principais causas da DRC em adultos. “Além desses cuidados, é preciso manter uma alimentação saudável, praticar atividade física, beber água e controlar o peso. São cuidados que ajudam a reduzir o risco de desenvolver a Doença Renal Crônica”, acrescentou a coordenadora.

Rede de Atendimento-  No Brasil, cerca de 84% dos pacientes têm o tratamento renal pago pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No Pará, 11 polos oferecem atendimento e tratamento ao paciente renal crônico. O Estado mantém 366 máquinas de hemodiálise, com aproximadamente 2,4 mil vagas, fazendo 29,6 mil sessões por mês. O atendimento deve ser primeiramente realizado nas Unidades Básicas de Saúde, para que o paciente, mediante avaliação médica, seja encaminhado aos Serviços de Nefrologia, que atualmente atendem pacientes em estágio avançado, que dependem de diálise.

A direção da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) ressalta que todos os hospitais, inclusive os prontos socorros e os privados, deveriam ter máquinas de hemodiálise para atender pacientes internados, sejam renais crônicos vítimas de alguma intercorrência, pacientes que apresentam insuficiência renal aguda ou que acabaram de se tornar renais crônicos. A maioria das instituições de saúde não dispõe desses equipamentos, obrigando o paciente ser transferido para outra instituição, como o Hospital Ophir Loyola (HOL) e o Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HC), que mantêm serviços de nefrologia.

Segundo a Sespa, os serviços disponíveis no Estado são suficientes no momento para atender à demanda, mas podem se tornar insuficientes se não houver controle das doenças crônicas, como diabetes e hipertensão na Atenção Primária de Saúde. Cerca de 70% dos pacientes que iniciam a diálise não sabiam que estavam com DRC. A doença se apresenta em cinco estágios, sendo que os dois últimos são os de maior gravidade. Em parte dos casos é recomendado o transplante de rim.

Transplante - O Hospital Ophir Loyola mantém um serviço de transplantes renais, atendendo mensalmente 160 pessoas, entre cirurgias e tratamento pré e pós-operatório. Embora sejam realizados transplantes intervivos, porque a maioria dos pacientes tem câncer, o maior número é realizado com órgãos de doadores falecidos, recebidos de outros hospitais.

Para a realização de um transplante é necessário um trabalho coordenado pela Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos Estadual (CNCDO), em conjunto com as Comissões Intra-hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), a Organização de Procura de Órgãos (OPO), equipes de intensivistas, laboratórios e equipes especializadas e credenciadas para realizar captação e os transplantes.

A legislação brasileira prevê que a doação deve ser consentida ou autorizada pela família do doador. O procedimento somente será realizado com a autorização e participação da família (pais, avós, marido e esposa, filhos e irmãos).

Rede de atendimento em nefrologia com máquinas de hemodiálise para pacientes do SUS no Pará

ALTAMIRA - Hospital Regional Público da Transamazônica - Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, s/n, bairro São Sebastião. Fone: (93) 3515-8300.

BELÉM - Hospital de Clínicas Gaspar Vianna - Travessa Alferes Costa, s/n, bairro Pedreira. Fone: (91) 4005-2612.

Centro de Hemodiálise Monteiro Leite (vinculado ao Hospital de Clínicas Gaspar Vianna) – Rua dos Mundurucus, nº 1720, em frente à Praça Batista Campos. Fone: (91) 3212-6735.

Hospital Ophir Loyola (diálise apenas para pacientes) - Avenida Magalhães Barata, nº 992, bairro São Braz. Fone: (91) 3265-6500.

Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (somente para crianças) - Rua Oliveira Belo, nº 395, bairro Umarizal. Fone: (91) 4009-2200.

Serviço de Nefrologia Pediátrica (atende 32 crianças e adolescentes até 18 anos. Também oferece serviço ambulatorial, com cerca de 200 atendimentos por mês. Conta com uma equipe multidisciplinar - médicos nefrologistas, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, pedagogos e enfermeiros).

BRAGANÇA - Hospital Santo Antonio Maria Zaccaria (conveniado ao SUS): mantém 10 máquinas – Avenida Nazeazeno Ferreira, s/n, Centro. Fones: (91) 3425-2177 e 3245-1200.

CASTANHAL - Clínica de Nefrologia de Castanhal / Hospital Municipal de Castanhal – Avenida Major Wilson. Fone: (91) 3711-3138.

MARABÁ – mantém quatro máquinas. No Hospital Regional será criado um Centro de Hemodiálise, com 20 máquinas.

REDENÇÃO - Hospital Regional Público do Araguaia - Avenida Brasil, s/n, Parque dos Buritis. Fone: (94) 3424-9500.

SANTARÉM - Serviço de Nefrologia do Oeste do Pará, no Hospital Municipal de Santarém - Rua Barão do Rio Branco s/n. Fone: (93) 3523-2155 – Ramal 212.

Hospital Regional do Baixo Amazonas do Pará Dr. Waldemar Penna - Avenida Sérgio Hernn, 1100, bairro Diamantino. Fone: (93) 2101-6373.