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População do Xingu apresenta propostas para o desenvolvimento do Pará

Por Redação - Agência PA (SECOM)
28/05/2019 14h04

A audiência pública do Plano Plurianual (PPA) 2020-2023 e da Lei Orçamentária Anual (LOA) 2020 realizada pela Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan), na manhã desta terça-feira (28), no município de Altamira, contou com a participação ativa da população que vive na Região Xingu. A oitiva teve como objetivo ouvir diretamente de quem mora na região quais são as principais demandas a serem atendidas para que se alcance o desenvolvimento do Pará.

Antes de apresentar ao público os compromissos regionais já previstos pelo governo do Estado para o Xingu, o secretário adjunto de Planejamento e Orçamento da Seplan, Adler Silveira, falou sobre a importância do momento vivenciado. “É ímpar para o nosso Pará, um momento em que estamos construindo um planejamento para quatro anos e onde vocês são parte integrante disso”, reforçou, se dirigindo ao público presente. “Estamos fazendo a quinta audiência pública do PPA. Já passamos por Marabá, Santarém, Redenção e Capanema, ouvindo mais de 800 pessoas, no total. A sociedade tem a oportunidade de ajudar a construir esse nosso Estado”.

Da mesma forma, o prefeito do município de Brasil Novo, Alexandre Lunelli, destacou o papel desempenhado pelo Plano Plurianual. “Quando o PPA é disponibilizado para que a sociedade possa contribuir, se torna uma ferramenta política de investimento, de conhecimento e de empoderamento da sociedade paraense”, avaliou, também durante a abertura da audiência.

Já o secretário do Centro Regional do Baixo Amazonas, Henderson Pinto, reforçou que a Região Xingu demanda um volume grande de investimentos. “São aproximadamente 400 mil habitantes e temos problemas seríssimos aqui que têm atrapalhado o nosso desenvolvimento, principalmente, em relação às estradas”, considerou. “É chegado o momento de realmente fazer diferente pela região”.

As características do Xingu também foram evidenciadas durante a apresentação do cenário socioeconômico e ambiental realizado pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa). Sozinha, a região responde por 5% do total do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, com R$ 6,2 bilhões de participação.

Esporte, assistência e agropecuária – No momento em que a população do Xingu tomou a frente da audiência, para apontar as necessidades da região, as áreas da assistência social, esporte e lazer, e agropecuária foram destaque.

Representando os moradores de Reassentamentos Urbanos Coletivos (RUC), Fagner Dias destacou a necessidade de mais políticas de esporte e lazer para a região. “É injusto a gente ter que fazer sorteio para incentivar os jovens a virem para a prática do esporte, mas é porque não tem outro recurso”, desabafou. “Precisamos da Secretaria de Esporte aqui dentro para a gente pode trabalhar junto: prefeitura, Estado e comunidade. Só assim poderemos mudar a realidade que temos hoje, principalmente, dentro dos reassentamentos, onde as pessoas que moram lá são mal vistas pela sociedade”.

O coordenador Geral da Fundação Viver, Produzir e Preservar (FVPP), João Batista Uchoa, contou que trabalha na região há 27 anos e fez questão de reforçar a importância de parte dos compromissos apresentados. “Referente a esse nosso território, gostei do que foi apresentado, mas quero apontar coisas que eu não vi e reforçar outras”, introduziu. “Essa região, apesar de toda a discussão em torno da questão da mineraria e da Usina de Belo Monte, tem 90% de sua base na produção agropecuária, extrativista e comunidades indígenas. Não tem como um planejamento participativo não considerar isso”.

Também atenta à possibilidade de fazer sua voz ser ouvida durante a audiência, a moradora da Região Xingu, Ruth Nazaré, pediu investimentos em assistência social e parabenizou o governo pela realização da oitiva. “Louvo a iniciativa do Estado de nos permitir colaborar e dizer alguma coisa para constarmos na vida do Pará”.

Abaetetuba – O próximo município a receber a audiência pública do PPA e da LOA é Abaetetuba, contemplando a Região de Integração Tocantins. A oitiva será realizada no dia 30 de maio, às 8h30, no auditório da Igreja Assembleia de Deus, no centro da cidade.