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REINSERÇÃO SOCIAL

Hortifruti, artesanato e marcenaria são comercializados no 'Vem Pra Feira'

Por Vanessa Van Rooijen (SEAP)
20/09/2019 09h35

Hortifruti, artesanato e peças de marcenaria, produzidos pelos internos da Colônia Penal Agrícola de Santa Izabel, na vila de Americano, e Centro de Recuperação Feminino, em Ananindeua, foram comercializados na edição de setembro do projeto Vem pra Feira, que ocorreu no Museu Emílio Goeldi, em Belém, na manhã de quinta-feira (19). 

A ação é resultado do Projeto Nascente, de reinserção social, que capacita os internos no trabalho com a agricultura familiar. Na feira, os produtos são vendidos em média 20% mais baratos em relação ao preço dos supermercados tradicionais da cidade.

Nivea Oliveira está custodiada há quatro anos no Centro de Recuperação Feminino, em Ananindeua, e integra a Cooperativa Social de Trabalho Arte Feminina Empreendedora (Coostafe), formada por internas da Susipe. Ela faz produtos de artesanato e expõe para venda nas feiras.

"Para nós é gratificante porque é uma forma de remir a pena e nos agrega conhecimento. Estou aprendendo muita coisa, principalmente, sobre costura, pintura e artesanato. Trabalhar nesses projetos vai ser muito importante para mim quando eu sair de cárcere, porque eu não pretendo fazer o que eu fazia antes, mas sim trabalhar para ter renda. Não só eu, mas todas que estão lá querem mudar de vida", garante.

De acordo com o diretor de Reinserção Social da Susipe, Belchior Machado, o principal viés do Vem pra Feira é a reinserção social. Segundo ele, cada três dias trabalhados resultam em um dia de remição de pena, além de terem um ofício quando saírem do sistema penitenciário. “O valor que eles recebem por estarem cadastrados nesses projetos é revertido e divido. Parte vai para a família, para eles e outra fica para o governo. O Vem pra Feira é uma forma dele socialmente se reinserir e os produtos são muito bem recebidos pela população", pontua.
 
A administradora Jussara Rodrigues participou pela primeira vez da ação e gostou muito. Para ela, a iniciativa é boa para os internos e para a população, principalmente, por serem produtos sem agrotóxico. "Os itens de marcenaria também são muito bonitos. Esse trabalho vai contribuir para a vida deles quando eles saírem do sistema carcerário. Eles percebem que podem gerar renda plantando e construindo, ou seja, usando as mãos para fazer algo bom".