Em sua 25ª edição, Auto do Círio homenageia Maria e a Amazônia

Música, dança, religiosidade e diversidade mudam o cenário do centro histórico de BelémO centro histórico de Belém foi tomado por muita dança e música, na noite desta sexta-feira (11), com a encenação do Auto do Círio, que neste ano levou às ruas da Cidade Velha o tema "Maria, mãe de todas as matas", um ato em defesa da preservação da floresta amazônica. O cortejo saiu da Praça do Carmo pouco depois das 20 h e terminou em um palco armado em frente ao Fórum Cível de Belém, na Praça Felipe Patroni.Símbolos do Círio, como as peças em cera, estão presentes no espetáculo

As cantoras Alba Maria e Nanna Reis fizeram apresentações em meio ao espetáculo, promovido pela Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará (ETDUFPA) há 25 anos. As primas Ananda e Gabriela Chaves, universitárias, acompanharam pela primeira vez o espetáculo. "O clima é incrível! É muita gente diferente junta. A gente já conheceu gente de São Paulo e Curitiba. Tem tudo a ver um momento teatral como esse em uma festa de tanta cultura", disse Ananda Chaves.

O Auto do Círio leva para as ruas o respeito a todas as manifestações religiosasProfessora da Escola de Teatro e Dança, Adriana Cruz participa do espetáculo há quatro anos. Para ela, o Auto é o momento em que os artistas fazem suas homenagens a Nossa Senhora. "Independentemente de crença, os artistas vêm mostrar que seu lugar é a rua também, mas não somente. Também têm lugar a comunidade, pessoas que o ano inteiro trabalham com outras coisas e podem ter uma experiência com a arte", explicou.

O reitor da UFPA, Emmanuel Tourinho, acompanhou uma parte da encenação em frente à Catedral Metropolitana de Belém. "A Universidade se sente gratificada de estar participando de uma festa que é da população, e oferecendo um momento que já está tão marcado no calendário da Festividade", declarou.

Cena do Auto do Círio diante da Catedral de Belém