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VARANDA DE NAZARÉ

Governo apoia iniciativa que difunde e valoriza a cultura paraense

Por Tayná Horiguchi (COSANPA)
11/10/2019 23h06

O “Sarau da Fafá”, realizado em um hotel no centro histórico de Belém, teve a presença de artistas nacionais, como Gretchen, e de artistas paraenses. Na foto, Arthur Nogueira, Mariana Belém, Juliana Sinimbú e Arthur Espíndola (esquerda para direita).“O Pará é um lugar místico, incrível. Você conhece as pessoas, a culinária, os costumes, e se apaixona”. O entusiasmo diante das belezas, encantos e sabores do Pará é do paulista Getúlio Montreaux, atualmente residindo na Suíça, seduzido pelos cenários e pela gastronomia local. “Comi o famoso pirarucu pela primeira vez na vida. Achei fantástico!”, afirmou o visitante, que no período do Círio de Nazaré se junta a outros milhares de turistas que decidiram conhecer Belém na época mais festiva da capital paraense.

Getúlio Montreaux foi um dos convidados da Varanda de Nazaré, um projeto da cantora paraense Fafá de Belém, apoiado pelo Governo do Pará. Na noite desta sexta-feira (11), que antecede o final de semana das duas maiores romarias da quadra nazarena, convidados da Varanda conheceram a música, a culinária e outras manifestações da cultura paraense. O “Sarau da Fafá”, realizado em um hotel no centro histórico de Belém, teve a presença de artistas nacionais, como Gretchen, e de artistas paraenses, entre eles Sebastião Tapajós, Viviane Batidão, Juliana Sinimbú, Eloy Iglesias e Arthur Espíndola.

“É mágico esse momento. A gente está na 9ª Varanda. A primeira era mais suada. Hoje todo mundo quer voltar, e essa é a nossa dificuldade. Eu quero agradecer muito especialmente ao governo do Estado, que entendeu a causa da Varanda, abraçou a gente, e ano que vem vai ser melhor ainda, e depois melhor ainda, porque todo ano em outubro é Círio outra vez. ‘Nazica’ (forma carinhosa de se referir a Nossa Senhora de Nazaré) merece o mundo, e é para o mundo que ela vai levando a nossa fé, conduzindo o nosso jeito de ser e mostrando ao mundo que debaixo do manto dela todos cabem”, declarou Fafá de Belém.

Biojoias também estiveram em exposição na Varanda.

Joias e gastronomia - E como Círio e culinária paraense caminham juntos, não faltaram na Varanda as delícias da gastronomia regional. Rubão, um dos cozinheiros mais conhecidos do Pará, serviu um cardápio irresistível. “Isca de pirarucu, camusquim regional, sopa e patinha de caranguejo, que foi a primeira a acabar. Acho que estamos em um momento fantástico! O Pará está sendo visto, e tem muita gente dando valor ao que é nosso”, ressaltou Rubão.

Empreendedores paraenses, que expõem seus produtos na Varanda de Nazaré, apostaram na diversidade, oferecendo de farofa a biojoias. “A gente une prata, ouro e outros metais nobres à identidade amazônica, como fibras, madeira, ouriços de castanha, e contamos a história da Amazônia nas nossas peças”, explicou a designer de joias Lídia Abrahim.

A microempreendedora Paula Furtado trabalhou durante 20 anos com mineração, e há pouco mais de um ano vende farofa pronta em pacote. Para o Círio, fez até uma edição especial em lata decorada com temas alusivos à festa. “A nossa farofa é feita com mandioca que vem da região do Marajó e de Irituia (município do nordeste paraense). Nós trabalhamos com agricultura familiar e incentivamos a economia local. Temos um ano de empresa, mas com o auxílio do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), estamos participando de feiras. Estivemos em São Paulo (SP) e estamos com vários contatos, já planejando ir para o Amapá (AP) e Minas Gerais (MG)”, informou Paula Furtado.

“Nunca tinha visto e nem comido farofa assim. Amei. Bem torradinha, gostinho do Pará. Primeira vez aqui em Belém e estou encantada”, afirmou a fotógrafa Lara Torres, que veio de Recife (Pernambuco).

Gretchen participou das apresentações na noite desta sexta-feira.

Incentivo à produção - De acordo com Rubens Magno, superintendente do Sebrae no Pará, a economia paraense passa por um momento único, de muito apoio à produção local. “O que nós queremos, cada vez mais, é fazer o papel do Sebrae acontecer, que é incentivar os empreendedores de pequenos negócios a desenvolverem potencial para sair do Estado, e do Brasil. O governo tem aberto espaço para os pequenos, médios e grandes empreendedores, dando oportunidades para todos. Um exemplo disso é que o Sebrae está em todas as ações sociais do governo: TerPaz (Programa Territórios pela Paz), Caravana e Governo por Todo o Pará”, destacou Rubens Magno.

“É nossa missão estarmos juntos, o governo, a sociedade civil, as instituições. Precisamos ser sempre parceiros, e as ideias e projetos consolidados, das iniciativas que revelam pro Brasil e pro mundo a potência da nossa cultura, da nossa identidade. O governo é um impulsionador, as boas ideias em geral nascem da sociedade civil, dos artistas, dos fazedores de cultura. A gente só tem que estar juntos para dar mais força e mais escala pra essa gente incrível e para as iniciativas, como é o caso da Varanda da Fafá”, disse a secretária de Estado de Cultura, Úrsula Vidal.

Rubão, um dos cozinheiros mais conhecidos do Pará, serviu um cardápio irresistível: isca de pirarucu, camusquim regional, sopa e patinha de caranguejo.