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Parque do Utinga vira sala de aula para alunos do 3º ano do Ensino Médio

Projeto promove a visualização na prática do conhecimento teórico aprendido nos livros

Por Pryscila Margarido (IDEFLOR-BIO)
04/11/2019 15h01

Alunos do 3° ano do ensino médio da Escola Estadual Visconde de Souza Franco trocaram a sala de aula pelo contato direto com a natureza, visualizando na prática o conhecimento teórico adquirido nos livros. Eles participaram de uma aula especial, na última sexta-feira (1º), no Parque Estadual do Utinga, dedicada à prova de Ciências da Natureza e suas Tecnologias, que será aplicada na 2ª prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019, no próximo domingo (10).

A inciativa é do Projeto Ver-O-Peut, desenvolvido pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio), por meio da Gerência da Região Administrativa de Belém (GRB). Como o próprio nome sugere, a intenção é proporcionar uma experiência única a esses alunos que buscam uma boa pontuação no Exame. “Aguça a curiosidade e promove o conhecimento na prática, levando o aluno para dentro de uma Unidade de Conservação Estadual que abriga parte da rica biodiversidade amazônica e os mananciais que abastecem cerca de 70% da Região Metropolitana de Belém”, ponderou a presidente do Ideflor-bio, Karla Bengtson.

Biodiversidade - O primeiro momento da atividade foi uma palestra com o tema poluição, ministrada pelo professor Júnior Andrade, que é biólogo e técnico em gestão ambiental do Ideflor-bio, no auditório do Parque. A abordagem foi relacionada aos fatores que podem levar à degradação do solo e dos ambientes aquáticos, além da questão do desmatamento e o que pode ser feito para recuperar as áreas afetadas.

Em seguida, os alunos foram conduzidos à Trilha do Patauá, onde tiveram a oportunidade de conhecer espécies da flora durante a caminhada de 700 metros. A vivência prática terminou com a visita ao Lago do Bolonha, onde os estudantes conheceram a importância da proteção dos mananciais.

“Esse projeto surgiu ano passado ao perceber que os alunos têm uma deficiência no conhecimento prático. Associar teoria e prática é fundamental para o sucesso deles. Quando o aluno visualiza, ele absorve melhor o conteúdo. E essa atividade permite que eles entendam a dinâmica da natureza, o objetivo da criação de uma Unidade de Conservação, como o Parque do Utinga que foi criado não só para preservar a biodiversidade, como para proteger os mananciais existentes aqui”, esclareceu Andrade.

Professor de biologia da turma, Augusto Serafim ressaltou que a proximidade da prova de Ciências da Natureza fez com que os alunos ficassem animados com o convite para participar do projeto. “Os alunos saem do espaço formal que é a sala de aula. Muitos se sentem nervosos nesse período, então isso serve para que eles tenham um momento de descontração. E, ao mesmo tempo, aliem o conteúdo teórico ao prático”, pontuou o professor.

Augusto Serafim

Diferencial – Para a estudante Karine Paixão, 18, que fará o Enem pela primeira vez, ter uma vivência prática da disciplina de biologia facilita o entendimento do aluno que se prepara para a prova. “Fica tudo mais claro, a gente desenvolve o raciocínio melhor. A gente sempre fica ansiosa, mas saio daqui me sentindo mais segura quanto aos assuntos da área de biologia”, afirmou a estudante que sonha com uma vaga no curso de enfermagem da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Denivaldo CruzTambém estreante no Enem, o aluno Denivaldo Cruz (19), sentiu-se “em casa” ao caminhar pela trilha do Parque. Apaixonado por atividades físicas, o sonho dele é cursar educação física. “Esse projeto é um passo muito importante para o aluno, porque concretiza o que o professor fala em sala. O conhecimento fixa na mente. Inclusive vimos até coisas que não tínhamos visto em aula, já que o tempo de aula de bilogia não é tão extenso quanto das outras disciplinas. Aprendemos muitas coisas novas como o sistema de distribuição de água e toda a questão da biodiversidade”, observou.