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Parcerias promovem a capacitação dos internos para o mercado de trabalho

Internos da Colônia Penal Agrícola de Santa Izabel participaram do curso de pintura de construção civil

Por Vanessa Van Rooijen (SEAP)
20/11/2019 10h34

Internos da Colônia Penal Agrícola de Santa Izabel (CPASI), localizada no Complexo Penitenciário de Santa Izabel, estão participando de um curso técnico de pintura de construção civil. Ao todo, 18 internos estão sendo capacitados no curso, que começou na última segunda-feira (18) e será finalizado na próxima sexta-feira (22). A ação é uma parceria entre a Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), que cedeu uma unidade móvel com os materiais didáticos necessários para o aprendizado dos custodiados.

Capacitação e criação de oportunidades são um dos objetivos do projeto. Com carga horária de 40 horas, as aulas são divididas em duas partes: teórica e prática. Na parte teórica os reeducandos aprendem sobre cidadania, segurança no trabalho e meio ambiente e cursos transversais que a própria lei exige. Já na parte prática, que é específica do curso, eles vão aprender a pintura em um espaço reservado dentro da unidade penal.

“O objetivo do Senai é oferecer esses cursos gratuitos para que os internos não voltem a cometer os erros de antes e que possam ter oportunidades no mercado de trabalho. Os internos têm que sair com uma profissão e o mercado de trabalho exige que a pessoa seja capacitada. Se eles saíssem daqui sem capacitação seria mais difícil para conseguirem um emprego lá fora”, disse o instrutor do Senai, Macirio Borges.

Jeferson de Jesus está preso há 1 ano e 7 meses na CPASI e já participou de outros cursos. Para ele, a educação e profissionalização é uma porta para a mudança de vida. “Já fiz outros cursos, inclusive o Encceja. Ganhei remição de pena, trabalhei e me capacitei em cursos. Isso foi uma alegria para a minha família. Eu creio que terão outros projetos aqui e eu vou querer me capacitar mais. Essa é uma porta que se abre para nós e eu quero participar. Falo para os meus companheiros aqui: eu entro de uma forma, mas eu vou sair totalmente mudado. Quero poder sair e dizer que me formei dentro do cárcere, poder dizer que estou especializado para a área do trabalho e vou sair daqui com os três certificados”, contou.

A atual gestão da Susipe tem investido em educação e trabalho como forma de ressocializar os internos, gerar oportunidade de trabalho quando estiverem fora do cárcere e principalmente para que os internos cumpram a pena de forma humanizada e não retornem ao cárcere após egressos.

A coordenadora de educação da Diretoria de Reinserção Social (DRS) da Susipe, Patrícia Sales, revela a importância da educação para os custodiados. “É através dela e dos cursos profissionalizantes que vamos ressocializar essa população. Estamos com a expectativa de fechar o ano com 379 internos capacitados e para 2020 nós estamos buscando mais parcerias. Todas as pessoas que participam tanto da educação quanto de cursos profissionalizantes, não reincidem. Temos egressos em Paragominas, por exemplo, que fizeram cursos e abriram seu próprio negócio quando saíram. Não tem outro caminho para a ressocialização que não seja a educação e os cursos de capacitação”, finalizou.