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PRIMEIROS SOCORROS

Alunos da Escola Deodoro de Mendonça aprovam o 'Santa Casa nas Escolas'

Por Etiene Andrade (EMATER)
20/11/2019 16h54

Residentes mostraram aos estudantes a técnica de massagem cardíaca“Um dia desses a gente tava na quadra jogando futebol e um amigo caiu e bateu a cabeça. Chegou a desmaiar. Ninguém sabia o que fazer. Por isso acredito que esse projeto vai ser muito útil pra gente”, disse Edivaldo Silva, 15 anos, estudante do 9º ano do ensino médio na Escola Estadual Deodoro de Mendonça, em Belém, um dos jovens que lotaram o auditório da instituição nesta quarta-feira (20), no lançamento do Projeto Santa Casa nas Escolas, que visa levar atendimento básico de saúde (primeiros socorros) a estudantes da rede pública de ensino.

Os estudantes recebem conhecimentos básicos para saber agir em situações como a relatada por Edivaldo Silva, e também em circunstâncias mais complexas, como a reanimação em caso de parada cardíaca, que foi simulada pelos residentes da Santa Casa no lançamento do projeto.

A diretora de Ensino da Fundação Santa Casa, Lena Alencar, durante a exposição do projeto aos estudantesA diretora de Ensino da Fundação Santa Casa, Lena Alencar, ressaltou que o projeto pretende fazer com que a Santa Casa compartilhe com a sociedade o conhecimento adquirido na formação de seus mestrandos e residentes de forma mais imediata. “Nosso objetivo é colocar em prática os primeiros socorros e dar orientações para prevenir doenças que afligem não só o nosso corpo, mas também nosso coração. E vocês, como jovens estudantes, vão ser os replicadores disso, assim como os nossos estudantes do Mestrado da Santa Casa e das residências, que são profissionais especializados, que darão os treinamentos e palestras, cumprindo assim nosso compromisso de responsabilidade social”, disse Lena Alencar à plateia.

Esclarecimentos - A estudante Antônia Lisboa, 17 anos, do 3º ano do ensino médio, acredita que, ao trazer profissionais de saúde para abordar temas relacionados à saúde emocional, o projeto atende a uma necessidade dos estudantes. “Nós temos colegas que sofrem com problemas psicológicos e a gente não sabe como ajudar. Outros têm problemas com vícios, e ter profissionais que possam nos esclarecer sobre isso vai nos ajudar a lidar com nossos problemas e contribuir com esses nossos colegas, da melhor forma”, contou a adolescente.

Para a enfermeira Edna Lima, preceptora da Residência Multiprofissional da Santa Casa, levar informações qualificadas da área de saúde para estudantes é uma retribuição da sua própria formação. “Eu estou aqui emocionada, pois fui estudante de escola pública, me graduei numa universidade pública, fiz meu mestrado, e agora posso voltar aqui junto com outros residentes, mestrandos e profissionais da Santa Casa, que é uma instituição 100% pública, para retribuir para a sociedade por meio desses estudantes”, ressaltou.

Diretora da Unidade Seduc na Escola (USE 4), que abrange quatro bairros de Belém, Aline Pinheiro espera que o projeto atenda mais escolas e forme multiplicadores. “O objetivo é muito claro e vai proporcionar uma formação em situações que os estudantes vivenciam todo dia. A Santa Casa vai dar o suporte para que os próprios estudantes possam levar esse conhecimento a sua família e comunidade”, informou a educadora.O auditório da escola ficou lotado de alunos e professores no lançamento do projeto

Salvar vidas - Creusa Santos, idealizadora do projeto e professora do Mestrado da Fundação Santa Casa, disse que o lançamento foi um marco para o ensino da instituição. “Acredito que certamente com esse projeto a Santa Casa, que já salva muitas vidas dos pacientes atendidos no hospital, vai ajudar a salvar ainda mais vidas para além de seus muros, proporcionando mais qualidade para a vida dos estudantes”, acrescentou.

O Projeto Santa Casa nas Escolas é coordenado pela Diretoria de Ensino da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMP) e pelo Programa de Mestrado da instituição. O projeto também vai proporcionar aos alunos dos programas de residências Médica e Multiprofissional, e do Mestrado em Gestão e Saúde na Amazônia, da FSCMP, vivências de caráter didático científico na área de orientação para a prevenção de agravos à saúde.

A iniciativa vai ao encontro da definição da Organização Mundial de Saúde (OMS), que considera educação em saúde a combinação de experiências de aprendizado para ajudar indivíduos e comunidades a melhorar a saúde, aumentando conhecimentos ou influenciando atitudes.