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Encontro debate melhorias da educação especial

O objetivo é formar profissionais de escolas públicas, ajudando-os na adoção de práticas pedagógicas que ajudem no atendimento especializado a alunos com dificuldade de aprendizagem.

Por Leidemar Oliveira (DETRAN)
20/11/2019 17h26

Educadores de diversas escolas do Pará estão em Belém para debater os desafios da educação especial. A discussão ocorre por ocasião do 1º Encontro sobre deficiência intelectual (DI), promovido pela Unidade de Educação Especializada (UEES) Profa Yolanda Martins. A unidade é vinculada à Secretaria de Estado de Educação e referência no atendimento educacional de alunos com DI.

Segundo a diretora da Yolanda Martins, Ana Bisi, a unidade oferece atendimento tanto para primeira quanto para segunda matrícula o ano inteiro. “Basta chegar à escola para matricular. O aluno passa por uma avaliação por uma equipe multidisciplinar e, assim, detectar qual o tipo de atendimento que o aluno precisa”, explica. Atualmente, 266 alunos são atendidos na unidade. São estudantes com diversas dificuldades, como psicomotoras, concentração, percepção e rítmica dentre outras.

A UEES possui três eixos de atuação: atendimento educacional especializado, escolaridade de jovens e adultos do ensino fundamental e a formação profissional. No AEE (Atendimento Educacional Especializado) a unidade aborda multiestimulação, arte em movimento com atendimento em artes visuais, músicas e educação cívica e dança, o Laboratório de Inteligências Múltiplas, orientação e acompanhamento profissional para o mercado de trabalho e assessoramento a escolas regulares.

Junto com a deficiência intelectual há alunos com diversas síndromes. São estudantes em idade escolar com deficiências múltiplas, como perda auditiva, baixa visão, autismo e etc, com problemas cognitivos que dificultam a aprendizagem. Na UEES os alunos fazem o acompanhamento junto com a família e sempre apresenta bom nível de desenvolvimento com o passar do tempo.

Bisi ressalta que um dos maiores desafios da educação especial é a formação dos profissionais da educação. “São professores de diversas escolas com especialização em educação especial que precisam trocar experiência e perceber técnicas pedagógicas que ajudam no atendimento desses alunos”, diz a diretora. Ela ressalta que o primeiro passo do educador é eliminar a barreira do preconceito em relação ao aluno com deficiência e criar canais de comunicação com ele que facilitem a aprendizagem.

No primeiro dia do encontro a equipe organizadora realizou oficinas de práticas pedagógicas e educação musical. A professora Glauce Freire explica que as oficinas trazem o resultado do trabalho desenvolvido na Yolanda Martins, mostrando aos professores como desenvolver o trabalho com alunos com DI. “Nossa proposta é mostrar um trabalho diferenciado do currículo funcional, que visa dar significado social e de desenvolvimento do aluno como um todo”, explica Freire.

O coordenador de educação especial da Seduc, Felipe Linhares, fez a conferência de abertura e ressaltou a importância que o governo do Pará vem dando ao setor. O estado foi um dos poucos no Brasil que não fechou as UEES. Em Brasília, o Ministério da Educação está elaborando normas e diretrizes para a educação especial, a fim de uniformizar os procedimentos. Atualmente, a Seduc discute formas de melhorar a educação de alunos com deficiência, incluindo a ampliação da percepção do atendimento. A programação do encontro continua até sexta-feira (22), na Unama BR.