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Moradores da Terra Firme, Guamá e Jurunas iniciam o curso de “Agente de cadastramento”

Por Jeniffer Galvão (SECTET)
06/12/2019 13h11

Aprender, adquirir conhecimento e utilizá-lo para a melhoria do bairro onde moram. Foi assim que a maioria dos participantes do curso “Agente de cadastramento” definiu suas expectativas em relação ao treinamento que se iniciou na quinta-feira (5), com a realização da aula inaugural no auditório do Espaço Inovação, do Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá).

Os 36 participantes são moradores do Guamá, Terra Firme e Jurunas, bairros de Belém que recebem as ações do programa Territórios pela Paz, do governo do Estado. O curso é parte da implantação do projeto “Meu Endereço: lugar de paz e segurança social”, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet) em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA).

No auditório também estavam as lideranças comunitárias que fizeram o curso de “Direito à cidade e regularização fundiária” e foram receber seus certificados. Completando a lotação do espaço, estavam alunos do ensino médio da Escola Estadual Barão de Igarapé-Miri, do Guamá.

Maria Lúcia Ohana, chefe de gabinete da Sectet e representante da Secretaria no TerPaz, ressaltou a oportunidade de diálogo que o TerPaz oferece. “Fico feliz em ver esse auditório cheio de pessoas que antes ficavam quietas por falta de diálogo com o poder público. O governo quer estabelecer essa proximidade com quem mais precisa das políticas públicas”, frisou.

Ações estruturantes - O titular da Sectet, Carlos Maneschy, convidado para proferir a aula inaugural do curso, destacou a importância estratégica do programa TerPaz, que atua em duas frentes. A primeira é a realização de ações diretas do aparato de segurança pública para coibir atos de violência urbana. “Essas ações imediatas são importantes e reduzem os índices de insegurança, mas não se sustentam a longo prazo. Por isso, ao mesmo tempo, o governo implanta ações sociais. Ações estruturantes para dar oportunidade de transformação dessas comunidades a partir de seus moradores”, enfatizou o secretário.

Para implementar a paz social, segundo Maneschy, é fundamental garantir a igualdade de oportunidades para todos, condição que só se alcança a longo prazo, com políticas contínuas e constantes. “Todos devem ter o mesmo ponto de partida. Para garantir isso, é preciso tempo e estamos dando os primeiros passos”, disse ressaltando que o projeto ‘Meu Endereço’ é uma das ações mais estruturantes ao lidar com a questão fundiária, uma das fontes de conflitos sociais. “Para mediar os conflitos, o projeto incentiva a solidariedade, a tolerância com o outro, a prática da empatia”, declarou o secretário.

O professor da escola Barão de Igarapé-Miri, Raimundo José de Oliveira, complementou destacando que igualdade é garantir que todos tenham alimento à mesa, uma moradia digna, segurança e igual oportunidade de acesso ao conhecimento. “É essa igualdade que constrói a paz”, disse.

A coordenadora do projeto Myrian Cardoso também destacou que o projeto estimula a participação dos moradores, buscando um olhar de dentro da periferia e não sobre a periferia. “São vocês que conhecem o bairro e podem efetivamente fazer os resultados”, concluiu.