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Santa Casa encerra o ano com sucesso do primeiro transplante renal pediátrico

Hospital realizou ainda mais de 41 mil atendimentos, sendo quase 10 mil partos, entre normais e cesáreos

Por Helder Ribeiro (SANTA CASA)
31/12/2019 11h00

Sueli Moraes doou seu rim para a filha Samille, que agora terá uma infância mais saudável e perto da famíliaA Santa Casa do Pará encerra o ano de 2019 realizando sua primeira cirurgia de transplante renal em paciente pediátrico. A mãe e doadora do rim, Sueli Moraes, estava com a alegria estampada no rosto ao voltar para casa com a filha. Agora, vivendo com o rim da mãe, Samille não precisará mais ir ao hospital para as sessões de hemodiálise e, principalmente, vai passar a ter uma infância mais saudável e perto da família.

“Eu vou poder beber água normalmente, voltar a estudar, e a primeira coisa que quero fazer quando chegar em casa é abraçar e brincar com o meu irmão, que eu não vejo há muito tempo!”, declarou a menina, feliz por finalmente voltar para casa com saúde.

Atendimentos

Até novembro deste ano, a Santa Casa do Pará realizou na Urgência e Emergência Obstétrica 41.562 atendimentos, uma média de 3,7 mil por mês. Os números revelam a confiança das pessoas que recorrem ao hospital por conta do serviços prestados e da alta qualificação dos profissionais que atuam na unidade.

Governador Helder Barbalho e o vice, Lúcio Vale, durante visita ao hospital, que recebe pacientes de todos os municípios paraensesDe janeiro a novembro de 2019, foram realizados na maternidade da Santa Casa 9.444 partos, deste total 4.438 foram normais e 5.006 cesáreos. Para a gerente de Obstetrícia, Marília Gabriela, o hospital cumpre seu papel em atender a área de complexidade materna. “Este ano, já são 250 partos a mais do que os realizados neste mesmo período em 2018. Esses números mostram a crescente procura pelos serviços da maternidade do Santa Casa”.

A unidade de saúde recebe pacientes de diversos municípios. Cerca de mil nascimentos são registrados mensalmente, sendo 53% cesáreas e 47% partos vaginais.

Neonatologia

Até novembro 2019, a Santa Casa internou cerca de 2.583 crianças na Neonatologia e, para garantir uma assistência de excelência, o hospital investiu na capacitação da sua equipe multiprofissional em técnicas cientificamente comprovadas que garantam a esses bebês o menor tempo possível de internação, se cumprindo todos os protocolos de atendimento necessários, de forma humanizada e segura para a melhor evolução dos pequenos pacientes.

"Nós temos um time de tutores, além dos profissionais capacitados, que nos fez referência estadual na atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso e prematuro. Para este tipo de atendimento, diversos setores do hospital estão integrados, como o Banco de Leite Humano, Bombeiros da Vida, pediatria, neonatologia e residentes, que cuidam das crianças e alertam, no dia a dia, sobre os danos que a prematuridade pode causar” - Vilma Hutim, médica neonatologista .

Banco de Leite

A integração entre os diversos setores do hospital e o Banco de Leite Humano trouxe resultados excelentes à população. Em 2019, foram feitas 528 visitas domiciliares por mês, arrecadando uma média mensal de 267 litros de leite humano. Desse quantitativo, 232 litros puderam ser distribuídos. Uma vez arrecadado, atende cerca de 50% das necessidades dos bebês internados nas UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo) e UCIs (Unidade de Cuidados Intermediários) da Neonatologia. Somente no mês de novembro, foram consumidos 152,7 litros de leite, pelos prematuros internados na instituição. O BLH coletou quase 3 mil litros de leite no ano de 2019.

Cirurgias Inéditas

A Santa Casa do Pará iniciou o ano de 2019 realizando sua primeira cirurgia de videotoracoscopia, Cirurgia Torácica Videoassistida, em um recém-nascido. Com o procedimento, tornou-se o primeiro hospital público do Estado a utilizar essa técnica e o primeiro da região Norte a ter sucesso em sua realização. Sendo também o primeiro hospital público do Norte do país a oferecer o exame de tromboelastograma, que é responsável por avaliar como está a coagulação sanguínea do paciente, e a implantar o serviço de UTI Neonatal Neurológica.

Fissuras e Anomalias Crâniofaciais 

O Serviço de Referência em Fissuras e Anomalias Crâniofaciais da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará possui 900 pacientes em acompanhamento, com idade entre zero a 72 anos. E, desde março, que a fila de espera pela cirurgia de correção de fissuras lábiopalatais, uma das mais comuns entre as anomalias crânio faciais, está zerada. Com o reconhecimento do serviço de excelência oferecido pala instituição, foi instituído, em 2019, o Dia Estadual do Fissurado Labiopalatal, comemorado no dia 6 de agosto. 

Para o presidente da Fundação, Bruno Carmona, o serviço prestado precisa ser cada vez mais melhorado, tanto em tecnologia, como em tratamento, para que a Santa Casa fique à disposição da população que busca esse atendimento.

“Nossos usuários vem aqui porque estão precisando e a nossa obrigação enquanto profissional que atua no hospital é trabalhar em prol de quem nos procura. Essa é a nossa obrigação enquanto servidor” - Bruno Carmona, presidente da Fundação Santa Casa.

Humanização

O atendimento acolhedor aos pacientes é uma das premissas da Política de Humanização da Santa Casa do Pará que busca oferecer um olhar diferenciado, que promova o protagonismo dos usuários. Foi esse o acolhimento recebido pela dançarina Potyara Carvalho, 21, que depois de 45 horas aguardando o nascimento da pequena Pérola, foi estimulada pela equipe assistencial a usar seu talento de dançarina como uma das estratégias para alívio da dor. No hospital, outras tecnologias não invasivas são utilizadas, entre eles, musicoterapia, aromaterapia, banho quente, além de instrumentos como cavalinho, bola, barra de ling e banqueta em forma de lua. 

Educação

O projeto Santa Casa nas Escolas visa levar atendimento básico de saúde (primeiros socorros) a estudantes da rede pública de ensino. A ação proporciona aos alunos dos programas de residências Médica e Multiprofissional, e do Mestrado em Gestão e Saúde na Amazônia, da FSCMP, vivências de caráter didático científico na área de orientação para a prevenção de agravos à saúde.

A iniciativa vai ao encontro da definição da Organização Mundial de Saúde (OMS), que considera educação em saúde a combinação de experiências de aprendizado para ajudar indivíduos e comunidades a melhorar a saúde, aumentando conhecimentos ou influenciando atitudes.