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Sespa dá atenção especial à Saúde da Mulher

Em 2019, foram realizadas diversas atividades como oficinas de qualificação em Belém, Santarém e Altamira, capacitando diversos profissionais médicos e enfermeiros.

Por Roberta Vilanova (SESPA)
16/01/2020 16h26

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) vem trabalhando para garantir o acesso das mulheres a todos os níveis de atenção à saúde, com ações de promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde da população feminina.

Sâmia Borges, diretora de Políticas de Atenção Integral à Saúde

“Muitas ações de saúde que vêm sendo realizadas estão contribuindo para a garantia dos direitos das mulheres e redução da morbimortalidade por causas evitáveis”, disse a diretora do Dpais, Sâmia Borges.

Melhorar a atenção ao Pré-Natal, por exemplo, é fundamental, conforme prevê o Pacto pela Redução da Mortalidade Materna. Em 2019, 53% dos partos foram realizados em mães que tiveram sete ou mais consultas de pré-natal e a tendência é aumentar esse índice à medida que os municípios vão cumprindo o que está previsto no termo que assinaram com o governo do Estado.  “Com o Pacto, está sendo construída uma linha de cuidado para a mulher grávida e ampliado o apoio aos Fóruns Perinatais nos municípios”, disse a diretora da Sespa.

Segundo Sâmia Borges, de maneira geral, todas as regiões apresentaram uma ascensão desse indicador em relação ao mesmo período de 2018, com destaque para a Região do Carajás, que alcançou um aumento de 11%, e a Região do Lago de Tucuruí, com 10% em comparação ao mesmo período analisado.

Também é importante destacar que houve captação precoce da gestante e a realização de testes rápidos de sífilis e HIV nas Unidades Básicas de Saúde de todos os municípios paraenses.

No que tange ao pré-natal e parto humanizado, foram realizadas diversas atividades, tais como oficinas de qualificação em Belém, Santarém e Altamira, capacitando diversos profissionais médicos e enfermeiros. “No entanto, observou-se uma baixa adesão de profissionais médicos (9%), o que fragiliza a atenção multiprofissional à gestante no pré-natal”, observou Sâmia Borges.

Outubro Rosa.

Prevenção do câncer – Em 2019, a Sespa também fortaleceu as ações de prevenção do câncer, chamando a atenção das mulheres para o autocuidado durante as campanhas do “Março Lilás” e “Outubro Rosa”, que alertara, sobre câncer de colo do útero e câncer de mama, respectivamente; e também trabalhando para ampliar e facilitar o acesso da população feminina aos serviços para diagnóstico e tratamento desses tipos de cânceres.

A campanha do Março Lilás ofereceu exames preventivos às mulheres de 25 a 64 anos e o Outubro Rosa disponibilizou mamografias às mulheres de 50 a 69 anos.

A principal ação educativa do Março Lilás aconteceu no bairro da Terra Firme, com ações de saúde e cidadania destinadas à população local, propiciando cerca de 500 atendimentos. Além de consulta ginecológica, foram ofertados testes rápidos de sífilis, HIV, hepatites B e C, vacinação (HPV, febre amarela e DT), aferição de pressão arterial, exame de glicemia, exames antropométricos, atividades de saúde bucal, orientações de saúde sobre todos os ciclos de vida, aulas de dança e alongamento, além de orientações sobre direitos do consumidor.

A programação do Outubro Rosa também incluiu a realização de um Seminário Técnico com 110 participantes, tendo como objetivo divulgar e discutir sobre o Programa de Controle do Câncer de Mama (promoção, prevenção, diagnóstico precoce, tratamento e cuidados paliativos), proporcionando melhor acesso e resolutividade aos serviços de diagnóstico e tratamento, contribuindo para a redução da morbimortalidade por esse tipo de câncer.

A agenda do Outubro Rosa contou, ainda, com palestras sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama e os fatores de risco que contribuem para o aumento da incidência da doença.

Violência – A Sespa tem trabalhado para melhorar a notificação dos casos de violência contra a mulher. Segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), o número de Unidades Notificadoras de Violências contra Mulher vem mantendo uma média anual de 4.346 casos notificados, tendo sido notificados 3.387 em 2017; 4.232 em 2018 e 4.060 em 2019 (dados parciais).

Dos 144 municípios paraenses, no período e 2007 a 2019, apenas sete municípios nunca apresentaram nenhum registro de Violência Doméstica ou Sexual no Sinan: Brejo Grande (Região dos Carajás), Cumaru do Norte (Região do Araguaia), Curuá (Região do Baixo Amazonas), Ponta de Pedras (Região do Marajó), Santa Bárbara (Região Metropolitana), Santa Maria do Pará (Região do Guamá) e São Caetano de Odivelas (Região do Guamá). Isso significa que o Pará tem mais de 95,14% de municípios com pelo menos uma unidade notificadora.

Segundo Sâmia Borges, a Coordenação Estadual de Saúde da Mulher realiza monitoramentos dos serviços de notificação de violência, com os objetivos de assegurar a notificação compulsória de todos os casos de violência contra mulher na rede pública de saúde, promover o atendimento humanizado e integral às vitimas de violência, com a garantia dos seus direitos e participar de forma atuante nas Políticas Públicas voltadas ao enfrentamento das violências contra a mulher, com vistas à redução dos agravos comuns nos casos de impunidade, como o feminicídio. Esse trabalho permite aos profissionais de saúde, articulados em rede, a busca de estratégias desencadeadoras dos processos de trabalho e potencializa as ações desenvolvidas.

Além dos monitoramentos dos serviços com ênfase nas Notificações da Violência e atendimento qualificado e humanizado a mulher vítima de violência doméstica e sexual, foram realizadas capacitações para qualificação e habilitação de Serviços de Atenção às Mulheres Vítimas de Violência Doméstica e Sexual em diversas regiões do estado, com a participação de profissionais das Secretarias de Saúde, Educação e Assistência Social dos municípios.

Para 2020, foram programados seis Monitoramentos dos Serviços de Atenção às Vítimas de Violência, além das ações e campanhas de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher realizadas sempre em parceria com os outros órgãos e instituições.

Segundo Sâmia Borges, no âmbito da promoção da saúde e prevenção de agravos, foram priorizadas ações nas áreas da Atenção Obstétrica e Neonatal Qualificada e Humanizada; Boas Práticas de Parto e Nascimento; Planejamento Sexual e Reprodutivo, Atenção às Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Sexual; Prevenção e Controle do Câncer de Colo Uterino e de Mama; Assessoria e Apoio à Política de Inclusão de Mulheres Indígenas e Quilombolas na Atenção à Saúde, culminando com a efetivação da política de atenção integral a saúde da mulher em todos os ciclos de vida.