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Curso reforça compartilhamento para execução da Política do Sangue

Por Redação - Agência PA (SECOM)
22/06/2017 00h00

Nesta quinta-feira (22) foi encerrada a capacitação técnica promovida pelo Programa Nacional de Qualificação da Hemorrede (PNQH), do Ministério da Saúde. A iniciativa contou com a participação de todas as 44 Agências Transfusionais (ATs) do Pará e somou de 24 horas de atividade, distribuídas em três dias de evento. O curso, que visa garantir a qualidade no processamento do sangue e também nas transfusões sanguíneas, foi realizado na Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa), em Belém, e mostrou o comprometimento das três esferas de governo na execução da política do sangue.

Instaladas dentro dos próprios hospitais, as ATs têm como função armazenar sangue e seus derivados, realizar exames pré-transfusionais e liberar e transportar os produtos sanguíneos para as transfusões. O curso priorizou o aprendizado da aplicação do instrumento Check List de avaliação como ferramenta para autodiagnóstico, ou seja, os representantes dos hospitais da região metropolitana e do interior do estado tiveram a oportunidade de conhecer na prática as ferramentas para a aplicação dos procedimentos obrigatórios e necessários para garantir a qualidade do sangue a ser transfundido.

Conhecida como “Lei do Sangue”, a lei n° 10.205 de 2001 estabelece a organização do Sistema Nacional do Sangue, Componentes e Hemoderivados (SINASAN). Já o decreto 3990, também de 2001, traz a operacionalização da execução dessa política. Toda essa legislação existe para reforçar a segurança do produto destinado à população, responsabilidade essa que é compartilhada pelas três esferas governamentais.

Segundo a técnica da Coordenação Geral do Sangue do Ministério da Saúde, Bárbara Simões, que esteve em Belém para o curso, “a lei determina que esse trabalho deve acontecer de forma harmonizada entre os governos federal, estadual e também municipal. Ao estadualizar esse programa, a hemorrede do Pará vai ao encontro de uma política de aperfeiçoamento da sua própria rede. Um aperfeiçoamento feito dentro do próprio estado usando uma metodologia trabalhada, já testada, no âmbito nacional.”

Para a presidente da Fundação Hemopa, Ana Suely Saraiva, o momento que se viveu com a realização do curso mostra exatamente esse contexto. “Nós temos a participação da União, com o evento da coordenação do sangue, inclusive com patrocínio da vinda de alguns representantes dos nossos municípios; a presença do Estado pela Fundação Hemopa, como gestora da política estadual do sangue; e a participação dos municípios, que estão se mostrando sensíveis quanto a responsabilidade a ser compartilhada para que se tenha segurança no sangue transfundido em qualquer parte do nosso estado”, explica a presidente.

Bárbara Simões reafirma que isso se harmoniza com a proposta federal de qualificação dos serviços e, sem dúvida, agrega valor ao atendimento hemoterápico já disponibilizado no estado pelo Hemopa. “Aqui já percebemos a existência de uma hemorrede de referência frente aos instrumentos de gestão e de qualidade, não somente no hemocentro coordenador como também na descentralização pra rede. O curso está permitindo o conhecimento de ferramentas para disseminar o processo de gestão técnica e gerencial dentro de suas unidades”, explica a técnica.

Aline Amorim é responsável pela AT que funciona no Hospital Geral de Parauapebas. Em média, a unidade utiliza 150 bolsas de sangue para atender a própria instituição e também outras que funcionam nos municípios vizinhos. “Nós realmente estamos comprometidos em fazer um trabalho que garanta a qualidade do sangue transfundido. Isso vai desde a solicitação para compra do melhor reagente até manutenção adequada dos equipamentos. É comum no dia a dia surgirem dúvidas quanto à documentação, mas aqui estamos tendo uma oportunidade única para aprofundar nossos conhecimentos”, relata.

A equipe do Programa Nacional de Qualificação da Hemorrede veio ao Pará com uma proposta nacional de trabalho para essa capacitação, mas consciente da existência da necessidade de adequação para as necessidades locais. “Viemos pra cá conhecendo a realidade do estado para que os participantes pudessem aproveitar ao máximo as ferramentas de avaliação disponibilizadas pelo programa”, finaliza Bárbara.