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Cresce o número de internos do sistema prisional aprovados no Encceja PPL

Em relação a 2018, o número de aprovados em 2019 no ensino médio aumentou 250%, e no ensino fundamental chegou a 600%

Por Vanessa Van Rooijen (SEAP)
04/02/2020 14h52

Com o objetivo de garantir o diploma de formação escolar, o Exame Nacional para Certificação de Competência de Jovens e Adultos para Pessoas Privadas de Liberdade (Encceja PPL) oferece outra perspectiva de vida aos internos do sistema penitenciário. Em 2019, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) registrou um aumento de 250% na aprovação no ensino médio e 600% na aprovação no ensino fundamental, em comparação a 2018, o que representa um avanço expressivo na educação dos custodiados inscritos e classificados no Exame.

As regras para certificação do Encceja PPL são as mesmas aplicadas ao exame regular. O candidato deve ter, no mínimo, 15 anos para avaliação do ensino fundamental e, para o ensino médio, a idade mínima é 18 anos. São aplicadas quatro provas objetivas, cada uma contendo 30 questões de múltipla escolha, e uma proposta de redação.

O aumento no número de internos realizando as provas é fruto do trabalho realizado pela equipe da Seap, por meio da Diretoria de Reinserção Social (DRS), em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc). A parceria resulta em ações de ressocialização voltadas ao trabalho, cursos profissionalizantes e projetos que promovem a educação.

Avanço - Para a coordenadora de Educação Prisional, Patrícia Sales, o desafio de implementar projetos educativos nas casas penais resultou em um grande avanço para o desenvolvimento educacional dos detentos. “Nós encontramos uma educação que estava desmotivada. Com trabalho em conjunto, nós motivamos os internos a participarem do Encceja, mostrando o que isso realmente significa para a vida deles. Não é porque estão encarcerados que não podem ter educação. Para nós é muito importante porque já vamos entregar à sociedade internos que podem alcançar outro nível de escolaridade”, ressaltou a coordenadora.

De acordo o diretor de Reinserção Social da Seap, Belchior Machado, o efeito positivo mostra que investir em educação é o caminho eficaz para a ressocialização social dos internos. “Esses resultados nos motivam a dar continuidade e, principalmente, avançar no trabalho que vem sendo feito. Com o avanço dos procedimentos de segurança, agora temos o dever e a responsabilidade de combater a violência com políticas públicas de educação e trabalho, dando oportunidades às pessoas privadas de liberdade. Isso é fundamental para garantir a execução penal humanizada, e a consequente reinserção social”, assegurou Belchior Machado.