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Assistência psicossocial nas escolas ajuda na aprendizagem dos alunos

Por Leidemar Oliveira (DETRAN)
27/02/2020 16h54

Enfrentar o bullying, a depressão e tantos outros problemas que alteram o comportamento de crianças e adolescentes no ambiente escolar ainda é um desafio para a maioria das escolas públicas. Os fatores que levam o aluno a cair de rendimento são variados e para ajudá-los a superar as dificuldades emocionais as unidades estaduais de ensino dispõem da ajuda de psicólogas e assistentes sociais. São profissionais que agem nos bastidores da escola, acompanhando o aluno de perto quando ele manifesta algum problema. O trabalho também consiste na prevenção para evitar maiores danos na vida do estudante. 

A equipe é vinculada à Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e realiza os atendimentos nas USEs (Unidades Seduc na Escola) e UREs (Unidades Regionais de Educação). Em 2019, a Seduc registrou 265 casos de automutilação entre alunos de 10 a 19 anos. No mesmo período, outros 72 estudantes tentaram o suicídio. A depressão é quase sempre a maior motivadora dos desvios de comportamento e na maioria dos casos está relacionada a questões familiares.

Na USE 06, a assistente social Odília Malheiros e a psicóloga Mariana Cuns coordenam o Projeto Educação, Formação e Prevenção ao Uso de Drogas na Escola Pública. Direcionado a toda a comunidade escolar, o projeto atende não apenas aos alunos, mas também aos pais e professores das Escolas Alexandre Zacharias de Assumpção, no bairro do Guamá, e Dr. Anibal Duarte, em São Braz. São palestras, oficinas, rodas de conversa e diversas outras ações educativas envolvendo temas variados, como sexualidade, violência, protagonismo juvenil e profissionalização, cidadania, voto consciente e respeito à diversidade, dentre outros. 

O projeto ocorre dede 2016 em parceria com o Conselho Estadual sobre Drogas do Pará, da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos, e a Universidade Federal do Pará. “Com o projeto tivemos muitos avanços, pois os alunos passaram a buscar as ações e a terem mais rendimento na escola. Até a procura por matrícula aumentou”, destaca Mariana Cuns. Os professores também recebem formação acerca da temática sobre drogas, focando em especial a prevenção. “Eles são as pessoas que estão mais próximas do aluno, por isso precisam entender a como lidar com esses casos e ajudar o aluno a superar as dificuldades”, ressalta a psicóloga.

Superação - Na USE 10, a psicóloga Luciene Ferreira e a assistente social Vanilze dos Santos também atuam para ajudar os alunos a lidarem com os transtornos emocionais. Quando a escola detecta o problema elas são chamadas, fazem a triagem com o aluno e a família, depois decidem pelo atendimento necessário. Em média, os tratamentos duram 6 meses, mas este período é relativo a cada caso. Os casos de  automutilação e ideação suicida, por exemplo, são encaminhados para a rede de saúde. 

“Além dos atendimento, as escolas promovem as campanhas preventivas, como palestras sobre assuntos sociais, bullying, suicídio, dentre outros”, explica Vanilze. Durante a Semana da Família na Escola, estratégia desenvolvida pela Seduc para que haja maior aproximação da escola com a família do aluno, também são realizadas conversas e palestras sobre a existência do atendimento psicossocial. Em 2019, a USE realizou “Os Educadores no Enfrentamento de Problemas Psicossociais no Ambiente Escolar”, momento em que os docentes foram treinados para observar e detectar os conflitos enfrentados pelos alunos. “São iniciativas que vêm dando resultados e afastando os alunos da violência”, destaca.