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Santa Casa forma comissão e define estratégias para o enfrentamento da covid-19

A meta é alinhar todas as ações necessárias que preparem o hospital para o atendimento de pacientes graves da doença

Por Etiene Andrade (EMATER)
03/04/2020 17h35

Desde o fim de janeiro, quando foi designada como um dos hospitais de retaguarda para o atendimento de casos graves da covid-19 no Pará, a Santa Casa tem fortalecido sua estrutura e mão de obra para a assistência aos pacientes. Esse processo passou pela capacitação de servidores, estabelecimento de fluxos independentes de atendimento às pacientes grávidas com suspeita da doença (para a qual a instituição atua como porta aberta), aquisição de mais Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e elaboração de planos de ampliação da capacidade de atendimento, caso os leitos hoje disponíveis sejam esgotados, de acordo com a evolução da doença.

Para que todos os detalhes recebessem a atenção necessária, foi formada a Comissão Temporária de Enfrentamento da covid-19 da Santa Casa do Pará. “Essa comissão tem por objetivos alinhar todas as ações necessárias para que o hospital esteja preparado quando chegar o momento de atender pacientes graves da covid-19, bem como garantir a assistência dos demais pacientes que continuarão sendo acolhidos na Santa Casa. São ações que precisam ser coordenadas do ponto de vista gerencial para que o servidores trabalhem de forma coesa, protegidos com EPIs e garantam a assistência adequada, tanto nos casos suspeitos que entrem pela urgência e emergência obstétrica, como no atendimentos dos pacientes graves, que precisarão de UTI”, explica o presidente da Santa Casa, Bruno Carmona.

A comissão está responsável por atualizar diariamente as informações oficiais das medidas que estão sendo adotadas, de acordo com a dinâmica de evolução da doença e com os últimos decretos de governo publicados, além de garantir o abastecimento do hospital no que se relaciona aos EPIS, respiradores, monitores e outros itens. Quanto ao fluxo de atendimento de pacientes, a diretoria assistencial definiu que no caso de grávidas com sintomas de síndrome respiratória, atendidas pela urgência e emergência obstétrica, o fluxo definido começa na recepção. 

“Já na recepção um profissional de sáude treinado vai verificar a temperatura da paciente, orientará para a higienização das maõs e fará perguntas sobre os sintomas que ela apresenta. Se forem de covid-19, ela receberá uma máscara cirúrgica assim que chegar e será encaminhada para avaliação em uma ala do hospital restrita a pacientes sintomáticas, separada do atendimento de gestantes sem sintomas”, explica a médica Norma Assunção, diretora assistencial da Santa Casa.

Ela também reforça que a porta aberta da Santa Casa é apenas para situações de urgência e emergência obstétrica, outros pacientes com covid-19 só serão internados na instituição quando encaminhados por meio da central estadual de regulação. “Pacientes grávidas que tiverem sintomas gripais, com desconforto pra respirar e intercorrências obstétricas, devem procurar a Santa Casa. Os demais pacientes só serão admitidos quando regulados, pois a Santa Casa é um hospital de retaguarda."

Atualmente, a Santa Casa possui seis leitos disponíveis para o atendimento de casos de covid-19. Este número poderá ser ampliado, de acordo com o comportamento da demanda durante a pandemia. 

Para evitar aglomerações e garantir a segurança dos pacientes com covid-19, parte do atendimento ambulatorial e das cirurgias eletivas tiveram que ser suspensos na Santa Casa. Os médicos das especialidades suspensas foram deslocados para assistência hospitalar. Permaneceram inalterados o pré-natal de alto risco, o Centro de Referência em Imunobiológicos Especiais e o atendimento aos pacientes transplantados (adulto e pediátrico).