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Custodiados produzem cabines de proteção para conter a proliferação do novo coronavírus em hospitais

No total, 100 cabines são produzidas por internos da Central de Triagem Metropolitana II (CTM II), em Ananindeua

Por Vanessa Van Rooijen (SEAP)
21/05/2020 00h04

O Governo do Pará, por meio de parceria entre a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e o Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), iniciou nesta quarta-feira (20), a confecção de cabines protetoras com mão de obra carcerária, para diminuir o contato de infectados com o corpo médico e assistencial de hospitais.

No total, 100 cabines estão em produção por internos da Central de Triagem Metropolitana II (CTM II), em Ananindeua. A barreira de proteção é montada com cano PVC e uma película de vinil transparente, que permitem visibilidade ao paciente e aos profissionais de saúde, além de tornar a estrutura leve, facilitando o manuseio e a higienização. A estrutura também conta com duas alças, um exaustor para fazer a devida troca de ar e aberturas em zíper para viabilizar o monitoramento, a alimentação e a medicação dos pacientes sem que haja contato direto com a equipe médica, o que diminui a propagação do vírus.

Pintura das estruturas faz parte das atividades de reinserção social dos custodiados

Os custodiados recebem um treinamento para produzirem os materiais adequadamente e os insumos necessários para a produção dos materiais, ambos disponibilizados pelo CIIR. Os internos ficam responsáveis pelo corte dos tubos de PVC, montagem das cabines, unindo as peças cortadas através das conexões de PVC, e pintura da cabine com tinta branca não tóxica. A finalização e o acabamento do trabalho serão feitos pelo próprio CIIR e as cabines prontas serão distribuídas, parte para hospitais públicos, parte para a equipe de saúde da Seap.

O diretor de Reinserção Social (DRS) da Seap, Belchior Machado, explica a importância de oferecer atividades laborais aos custodiados, juntamente às medidas de colaboração ao combate contra a Covid-19. "A produção de cabine de proteção em parceria com o CIIR é mais uma demonstração de que o trabalho prisional é de suma importância para a reinserção social das pessoas privadas de liberdade, e ratifica a grande contribuição que o sistema penitenciário tem dado ao enfrentamento desta pandemia”, disse Belchior.

O projeto de desenvolvimento das cabines foi realizado em parceria com o Samel Health, polo tecnológico de pesquisa e desenvolvimento clínico e hospitalar, localizado em Manaus, no Amazonas. Os internos que produzem os materiais estão munidos de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e seguem as medidas de segurança orientadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).