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Fundação Hemopa investe em tecnologia para combater Covid-19

Especialistas do hemocentro desenvolvem pesquisa a partir da utilização do plasma de convalescentes, o que contribui para salvar vidas na rede hospitalar estadual

Por Anna Cristina Campos (HEMOPA)
28/08/2020 14h25

Fundação Hemopa utiliza plasma de convalescente da Covid-19 como terapia alternativa de tratamento contra a doença A Fundação Hemopa há meses integra a corrente de combate ao novo coronavírus, no Pará. Desde o mês de maio de 2020, o Hemocentro coordenador, em Belém, coleta plasma de convalescente, ou seja, de pessoas recuperadas da doença para beneficiar outros pacientes que ainda estão internados. 

O plasma é a parte líquida do sangue que armazena anticorpos. A coleta deste hemocomponente é feita por meio de uma tecnologia de ponta com uma máquina de aférese, que faz a retirada apenas do plasma (também pode ser utilizada para coleta de plaquetas) por centrifugação.

As demais células do sangue são devolvidas para o organismo do doador. Dessa forma, a quantidade de plasma obtida é, em média, 7 vezes maior do que se consegue em uma doação de sangue convencional, que retira cerca de 450ml de hemocomponentes.

“A coleta de componente sanguíneo por aférese é um método moderno utilizado nos maiores hemocentros do País. A coleta é extremante segura. Existem pacientes com patologias em que a aférese é a opção mais indicada por apresentar menor reação transfusional. E também por envolver volume suficiente de um único doador”, ressaltou Evellyn Ferreira, Gerente da Coleta de doadores.

O procedimento dura de 40 minutos a 1h30, o que exige uma colaboração maior do doador. A doação por aférese não afeta à saúde e permite que a pessoa doe novamente em 72 horas.

Terapia Alternativa

A utilização do plasma de convalescente como terapia alternativa de tratamento contra a Covid-19, faz parte de pesquisa desenvolvida por um grupo de especialista da Fundação Hemopa, com a supervisão do Conselho Regional de Medicina (CRM). 

De maio a agosto, o Hemopa já recebeu 63 doadores recuperados da doença que se disponibilizaram a doar uma bolsa de plasma para o estudo. Cada bolsa é dividida em duas, isso quer dizer que, ao todo, já foram coletadas 126 bolsas.

Entre os doadores, está Heberte da Cruz, motorista de aplicativo que chegou a ser internado no Hospital de Campanha do Hangar, em Belém, com a forma moderada da doença. “Eu venci a Covid-19, mas vi muitas pessoas morrerem. E se agora posso ajudar, me sinto bem em fazer isso ao próximo”.

A transfusão de plasma de convalescente em pacientes internados depende da solicitação da equipe médica. A Fundação Hemopa já enviou bolsas de plasma para o Hospital de Campanha do Hangar, Santa Casa de Misericórdia, Barros Barreto, Ophir Loyola, Abelardo Santos, Hospital Materno Infantil de Barcarena, Hospital Regional Santarém e Hospital do Coração. 

Quem pode ser um doador de plasma

Os pré-requisitos para o doador de plasma é ser do sexo masculino, ter idade entre 18 e 60 anos, pesar mais de 55kg, ter tido exame positivo para SARS-CoV-2 por teste de PCR-RT ou teste sorológico e, ter tido a forma leve ou moderada da doença. 

O candidato à doação de plasma deve estar curado da Covid-19 a mais de 30 dias e sem nenhuma sintomatologia. Este voluntário vai passar pelo cadastro e exames específicos para então ser habilitado à doação de plasma. 

Para mais informações o voluntário pode ligar para (91) 98404-9612.