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BANCO DE SANGUE

Garoto com aplasia medular celebra seus 13 anos no Hemopa, em Belém

Adrian de Souza Martins também comemora a ótima fase que vai se iniciar para a tão sonhada cura da doença

Por Anna Cristina Campos (HEMOPA)
08/09/2020 11h16

O dia foi de festa no Hemopa pela vida e pelo tratamento do Adrian, que completou 13 anosO garoto Adrian de Souza Martins fez questão de comemorar com a equipe do Hemopa a felicidade de completar 13 anos e também a ótima fase que vai se iniciar para a tão sonhada cura da Aplasia Medular. Nesta segunda-feira (8), ele chegou para mais um dia de transfusão no Ambulatório do Hemocentro de Belém e trouxe na mão um bolo de brigadeiro.

“Eu estou muito feliz que está tudo dando certo. Estou emocionado de ter conseguido logo dois doadores. Vamos superar mais esta etapa”, disse Adrian, enquanto esperava o primeiro pedaço do bolo de chocolate.

A Aplasia Medular é uma doença rara da medula óssea em que há diminuição da produção das células sanguíneas, hemácias, plaquetas e leucócitos. Como sintomas, o indivíduo sente cansaço, presença de manchas no corpo, palidez, falta de ar e pode até causar infecções. O tratamento é feito através de medicamentos específicos e transfusões de sangue. A possibilidade de cura é por meio de transplante de medula óssea, onde a compatibilidade 100% é rara.

Rosângela de Souza, mãe do Adrian, e o filho“A chance entre irmãos consanguíneos, ou seja, do mesmo pai e mãe, é de 25%. Quando procuramos um doador na população em geral, a chance é de um por cada 100 mil doadores”, explica a médica Saide Sarmento, hematologista e coordenadora do Ambulatório da Fundação Hemopa. O local atende, atualmente, mais de 15 mil pacientes com doenças do sangue no Pará.

A dona de casa Rosângela de Souza, mãe do Adrian, que é filho único, conta que toda a família chegou a fazer testes de compatibilidade para saber se existia um doador mais próximo. Mas nenhum resultado foi positivo. Então, os dados de Adrian foram inseridos no Banco de Receptor de Medula Óssea (Rereme), e logo veio a boa notícia.

“Quando a gente soube que tinham dois doadores compatíveis 100%, o alívio foi imenso. Toda a equipe no Hemopa ficou alegre. Não podemos ter a informação dos doadores, só sabemos que são internacionais, um de 29 anos e outro 45. Mas já estou na expectativa de saber para agradecer imensamente”, disse, emocionada.

Ainda esta semana, Adrian e a família vão para São Paulo para começar as consultas específicas para o transplante. A equipe multiprofissional do Hemopa está dando toda a assistência para a família, não só com os exames pré- operatórios, transfusões e medicamentos, consultas específicas com a psicologia, como também de assistência social, que está viabilizando a estadia da família em São Paulo. 

“O Hemopa trabalha junto à família no sentido de esclarecer sobre todo o procedimento e os riscos do transplante. Para a equipe, é uma felicidade para uma doença que não tem outro tipo de tratamento” - Saide Sarmento, hematologista e coordenadora do Ambulatório da Fundação Hemopa.

Doação de medula óssea

Para entrar no Registro Nacional de Medula Óssea (Redome), o cidadão precisa ir até o hemocentro e solicitar ao atendente no momento do cadastro.

O voluntário assina um termo de consentimento livre e esclarecido sobre a doação de medula óssea, e será retirada uma pequena quantidade de sangue (10 ml) do candidato. Os dados pessoais e do sangue serão incluídos no Redome e, quando houver um paciente com possível compatibilidade, o cidadão será consultado para decidir quanto à doação.

Adrian de Souza Martins“Agora meus parentes estão todos doando sangue e entrando para o banco de doador de medula. Algo que não dói e que faz a gente se sentir tão bem, sabendo que nosso sangue vai para alguém que precisa para sobreviver”, disse Rosângela de Souza.