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'BRSOL DA MANHÃ'

Emater promove intercâmbio sobre produção de milho em Marituba

Alimento possui um cultivar mais resistente, rústico, e com bom potencial produtivo

Por Rodrigo Reis Emater (EMATER)
17/09/2020 16h14

Atividade ocorreu na propriedade da agricultora Maria Leocádia Siqueira, na comunidade Boa VistaHá 40 anos trabalhando com agricultura familiar e 20 recebendo orientação direta da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), a agricultora Maria Leocádia Siqueira, em Marituba, comunidade Boa Vista, na Grande Belém, plantou e colheu, em pleno verão amazônico, uma variedade diferenciada de milho: a BRSol da Manhã, cultivar mais resistente, rústica, e com bom potencial produtivo. A experiência deu tão certo que a agricultora recebeu, na manhã desta quinta (17), em sua propriedade, outros produtores da região para o ‘Intercâmbio da Cultura do Milho Cultivar BRS Sol da Manhã’. 

A agricultora e outros 30 produtores do município receberam sementes da cultivar, no início de junho, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), ação que contou com a parceria do escritório local da Emater. Leocádia plantou em julho e iniciou a colheita no início deste mês. Por conta da pandemia, a agricultora recebeu orientação técnica de forma virtual. 

“Foi tudo por aplicativo de mensagem, eu mandava as minhas dúvidas para os técnicos e eles me apresentavam soluções sobre tratos culturais, capinação e irrigação, por exemplo,” explicou Maria Leocádia Siqueira.

Produtores da região conheceram de perto o plantio do milho BRSol da ManhãNo intercâmbio, agricultores da região conheceram de perto a experiência dela com o plantio do milho BRSol da Manhã, e puderam se atualizar quanto a práticas de plantio, escolha de área, preparo de solo, semeadura, seleção de sementes e controle de pragas e doenças. Além do bom potencial produtivo, a cultivar reúne características de boa tolerância às adversidades climáticas, como excesso ou falta de chuvas ou variações de temperatura; resistência ao acamamento; quebramento do colmo e tolerâncias às pragas e doenças.

“Tudo isso contribui para uma produtividade maior. No caso da Leocádia, ela ainda utilizou adubação orgânica e, em 70 dias, começou a colher o milho. Foi uma experiência que deu certo e a semente de boa qualidade contribuiu para isso”, comentou Alda Remédio, engenheira agrônoma e chefe do escritório local de Marituba. Ainda de acordo com Alda, a agricultora agora recebe apoio para comercializar a produção “não só do milho, mas também das hortaliças que cultiva em sua propriedade”.  

Em outra oportunidade, a agricultora já foi contemplada com projeto de crédito via Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). 

Sementes da cultivar foram entregues, em junho, pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap)Maria Leocádia Siqueira considera como ‘gratificante’ receber agricultores em sua propriedade para mostrar sua relação com a agricultura familiar. “Criei meus filhos trabalhando diretamente com a produção de hortaliças folhosas e frutíferas. Já fui beneficiada com projeto de crédito viabilizado pela Emater e isso contribuiu significativamente para o aumento da minha produção. Espero que o intercâmbio funcione como incentivo para que outros agricultores da região repliquem o trabalho desenvolvido em minha propriedade, especificamente com a experiência do milho BRSol da Manhã”, explica.

Para Lucas Vieira, secretário adjunto da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), “ações de intercâmbio, dia de campo e feiras, são importantes porque promovem a troca de conhecimentos, de ideias e de experiências exitosas, contribuindo ainda mais para o desenvolvimento da agricultura familiar no estado do Pará”.

Participaram da ação, Edna Santos, coordenadora do Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (Sebrae) em Marituba e representantes da Secretaria Municipal de Desenvolvimento da Agricultura, Aquicultura, Abastecimento e Pesca (Sedap).