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VACINAÇÃO

Aftosa: Adepará alerta produtores do Marajó para o prazo final da notificação

Por Manuela Oliveira (FAPESPA)
21/10/2020 18h18

No próximo dia 30, termina o prazo para a notificação contra a febre aftosa de bovinos e bubalinos de todas as idades, no arquipélago do Marajó. A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) alerta os produtores sobre o prazo final e informa que quem passar da data será notificado. 

A campanha de vacinação contra a febre aftosa no arquipélago do Marajó tem um período de imunização de 60 dias, que se dá entre o dia 15 de agosto e vai até o dia 15 de outubro, prazo para comprar a vacina do rebanho. Após a vacinação, os produtores têm até dia 30 de outubro para notificação da vacinação.

“A notificação é a informação para a Adepará de que o rebanho daquele produtor está vacinado e em dia com as obrigações. Devem ser imunizados bovinos e bubalinos de todas as idades. Após a imunização, é obrigatório fazer a comunicação à Adepará, podendo o produtor ser penalizado, caso os prazos não sejam cumpridos”, detalha Joélia Guerra, gerente do Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa.

O produtor rural é o responsável pela vacinação do seu rebanho e deve adquirir a vacina dentro do prazo regulamentar da etapa em uma revenda cadastrada pela Adepará. Após a compra da vacina, o produtor precisa ir ao escritório da Agência comprovar a vacinação.

A atual campanha tem como alvo 15 municípios do arquipélago do Marajó, conhecido pelo grande rebanho de bubalinos, com mais de 300 mil búfalos. Em 2019, a Adepará teve uma cobertura vacinal na etapa do Marajó de 98,2%. Atualmente, os 15 municípios somam 252.554 bovinos e 384.318 bubalinos, totalizando 636.873 de animais.

Certificação - Para comprovar a vacinação, é necessário apresentar, além da nota fiscal de aquisição da vacina, a relação do rebanho, com a quantidade de animais, faixa etária e espécie trabalhada. O produtor que não notificar a vacinação estará sujeito à multa, cujo valor pode variar de acordo com a quantidade de animais.

“Desta forma, para que o produtor não seja autuado e possamos ter garantias sanitárias do rebanho do Marajó, ratificamos a importância dos produtores manterem suas obrigações em dia junto a Adepará”, reitera a gerente.

Pará livre da Aftosa

Em maio de 2017, o Pará deu um passo importante na garantia da qualidade da carne paraense e na eficácia da preservação da sanidade dos animais. O Estado recebeu o reconhecimento internacional de área 100% livre da febre aftosa, durante a programação da 86ª Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Paris, na França. A entrega ocorreu em conjunto com outros Estados brasileiros que também alcançaram a certificação, como Amapá, Amazonas e Roraima.

O Plano Estratégico do Programa Nacional de Febre Aftosa (PNEFA) objetiva criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre de aftosa e ampliar as zonas de status livre da doença sem vacinação. Para realizar a transição dos status sanitários, foram considerados critérios técnicos e estratégicos. A união dos esforços públicos e privados, a infraestrutura dos serviços veterinários e os fundamentos técnicos são a base para a conquista.

O objetivo agora é que o Brasil possa retirar a vacinação contra a febre aftosa de todos os estados brasileiros e o Pará não está medindo esforços para ser pioneiro nesta meta: “O Pará está pronto para chegar ao status de livre da aftosa sem vacinação. Para isso, a Adepará está empenhada em alcançar esse objetivo. Temos apoio do setor produtivo na construção e execução dessas atividades. É um trabalho conjunto em prol de um único objetivo”, explica o diretor geral da Adepará, Jamir Macedo.