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Sedap promove Dia de Campo e leva orientações aos produtores de mandioca

Pelo menos 95% dos cultivos e das unidades de processamento da mandioca ocorrem nas áreas de agricultura familiar

Por Camila Botelho (SEDAP)
31/10/2020 12h07

É quase impossível imaginar a farinha de mandioca fora do prato dos paraenses. O produto tem uma grande importância não apenas econômica mas também social no Estado. Apesar do Pará ser o maior produtor da mandioca no Brasil, ainda necessita de aperfeiçoamento em seus processos de cultivo e processamento do produto. Ampliar as capacitações em boas práticas de produção e beneficiamento da mandiocultura foi um dos objetivos do Dia do Campo, realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), através da Diretoria de Agricultura Familiar (Dafa), no último dia 29, na comunidade de Tracuateua, no município de Bujaru. 

A organização dos agricultores familiares em relação ao processo produtivo e comercialização da mandioca está prevista no Plano Estratégico de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas coordenado pela Sedap. No caso específico das comunidades de Bujaru, como explicou a engenheira agrônoma Heloísa Figueiredo, que é a coordenadora da cadeia da mandiocultura, um dos objetivos do Dia de Campo em Bujaru foi de levar orientações aos produtores sobre a importância do trabalho mecanizado, já que a mandiocultura nessas comunidades ainda é muito braçal com queima e corte. “Ainda temos comunidades com o plantio sem ordenamento e terrenos cheios de estacas, por exemplo, e não alinhados. Com isso, não se alcança um bom aproveitamento da área. O uso da mecanização facilita na hora de arar a terra. A incorporação do calcário e plantio mecanizado dão um aumento de produtividade porque proporcionam um bom aproveitamento da área”, observou.

Ao todo, 75 pessoas participaram da programação, entre produtores e técnicos da Sedap, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) e da Secretaria Municipal de Agricultura de Bujaru. O titular da Sedap, Hugo Suenaga esteve presente à programação e ressaltou a importância da parceria na realização do trabalho de orientação que está sendo repassado aos produtores das comunidades abrangidas. O secretário ressaltou o trabalho que o governo do Estado desenvolve para que a mandioca se destaque cada vez mais, já que a farinha, como observou, faz parte da base alimentar do paraense. 

O secretário ressaltou que a meta da Sedap é elevar, através dos investimentos em fomento e capacitação, a produção média do Estado. Na região de Bujaru, por exemplo, a média produzida é de 14 toneladas por hectare quando é possível se chegar a 50 toneladas. 

Postos de Trabalho - Além de ser uma das principais fontes de alimento dos paraenses, a mandioca promove a maior ocupação no meio rural do Estado, de acordo com o levantamento do Núcleo de Planejamento/Estatísticas da Sedap (Nuplan). 

Incluindo apenas os processos produtivos e de beneficiamento da mandioca, o setor gera aproximadamente 250 mil postos de trabalho, contribuindo significativamente para a geração de renda e permanência do trabalhador rural no campo.

O Estado do Pará, de acordo com os dados do Nuplan/Estatísticas da Sedap, está em primeiro lugar no ranking nacional de produtores de mandioca. Em 2019, segundo o levantamento, a produção total de mandioca foi de 3.711.214 toneladas. A região que se produz mais mandioca fica no Acará, com 8,16% da produção. Para o ano de 2020, a estimativa de produção é de 3.817.734 de mandioca in natura, totalizando 20% da produção nacional. A safra da mandioca ocorre em dois períodos: dezembro a janeiro e maio e junho que é o início e o fim do período chuvoso.

O cultivo e processamento da mandioca se destacam no Pará como uma das principais atividades do setor agrícola e é a principal desenvolvida pela agricultura familiar. Essa atividade tem nas propriedades familiares rurais o seu sustentáculo, pois 95% dos cultivos e das unidades de processamento estão dentro desse importante segmento produtivo do Estado. 

Texto: Rose Barbosa/Ascom Sedap