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Adepará inicia campanha de vacinação contra febre aftosa

Por Manuela Oliveira (FAPESPA)
03/11/2020 15h10

Cerca de 9,5 milhões de bovinos e bubalinos devem ser vacinados na segunda etapa de Campanha de Vacinação Contra a Febre Aftosa em 127 municípios do estado do Pará. Essa etapa abrangerá todo o território paraense, com exceção do Arquipélago do Marajó e dos municípios de Faro e Terra Santa, na região oeste. A Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) informa que esta fase da campanha será realizada no período de 1º a 30 de novembro e serão vacinados animais, com idade entre zero e dois anos.

A segunda etapa da Campanha já faz parte do planejamento estratégico do Mapa para retirada da vacinação do Pará, que é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal como Estado livre da febre aftosa com vacinação desde 2014. Nesta etapa será vacinado apenas o rebanho de 0 a 24 meses de idade. Os animais com mais de dois anos já possuem pelo menos quatro vacinações, o que lhes confere alta imunidade, sendo reforçada, anualmente, na etapa de maio, que agrega bovinos e bubalinos de todas as idades.

O produtor é o responsável pela vacinação e terá até o dia 15 de dezembro para fazer a comunicação da vacina nos escritórios da Adepará. As vacinas devem ser adquiridas em estabelecimentos cadastrados pela Agência e o produtor deve exigir a nota fiscal para apresentá-la na Adepará, comprovando que vacinou e atualizando seu cadastro. 

O estado do Pará sempre ultrapassa a meta estipulada pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que é de 90% de proteção em animais e propriedades, para áreas livres de febre aftosa com vacinação. “Os registros das campanhas anteriores nos mostram que regularmente alcançamos a meta e que normalmente os índices estão acima de 98%. Nesta etapa esperamos vacinar um total de 9.490.881 animais.”, informa a gerente do Programa Estadual de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa, Joélia Guerra.

Qualidade - Hoje, o Pará tem cadastrado o número de 22.371.788 milhões de cabeças de gado. Mais de 60% de todo o rebanho paraense tem idade acima de dois anos, em aproximadamente 103 mil propriedades.

Em maio de 2017, o Pará deu um passo importante na garantia da qualidade da carne paraense e na eficácia da preservação da sanidade dos animais, quando o Estado recebeu o reconhecimento internacional de área 100% livre da febre aftosa, durante a programação da 86ª Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Paris, na França. A entrega ocorreu em conjunto com outros Estados brasileiros que também alcançaram a certificação, como Amapá, Amazonas e Roraima.

“Somos um estado livre de febre aftosa com vacinação, e não podemos deixar de atender essa exigência para que não percamos os mercados que já conquistamos e assim podermos continuar alavancando nossa economia. Desta forma, para que o produtor não seja autuado e possamos ter garantias sanitárias do rebanho do Marajó, ratificamos a importância dos produtores manterem suas obrigações em dia junto a Adepará”, reitera a gerente.

O Plano Estratégico do Programa Nacional de Febre Aftosa (PNEFA) objetiva criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre de aftosa e ampliar as zonas de status livre da doença sem vacinação. Para realizar a transição dos status sanitários, foram considerados critérios técnicos e estratégicos. A união dos esforços públicos e privados, a infraestrutura dos serviços veterinários e os fundamentos técnicos são a base para a conquista. O objetivo agora é que o Brasil possa retirar a vacinação contra a febre aftosa de todos os estados brasileiros.

“É fundamental cumprimos com o calendários preconizado para a etapa de vacinação, objetivando a manutenção da sanidade do nosso rebanho. Sempre importante ressaltar que o produtor rural deve adquirir sua vacina em uma revenda cadastrada junto a Adepará, vacinar seu rebanho e posteriormente realizar a notificação da vacina portando a nota fiscal de compra e quantitativo do rebanho, explica o diretor geral da Adepará, Jamir Macedo.

Para comprovar a vacinação, é necessário apresentar, além da nota fiscal de aquisição da vacina, a relação do rebanho, com a quantidade de animais, faixa etária e espécie trabalhada. O produtor que não notificar a vacinação estará sujeito à multa, cujo valor pode variar de acordo com a quantidade de animais.