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CADEIA DO CACAU

Pesquisadores paraenses recebem capacitação em análise sensorial para cacau e chocolate

A técnica é considerada uma importante ferramenta de qualificação de cacau e chocolate finos competitivos no mercado

Por Juliane Frazão (PCTGuamá)
14/11/2020 19h10

Pesquisadores aprendem a análise sensorial do cacau, permitindo que o laboratório trabalhe desde a análise da semente até o chocolateNos últimos dias 11 e 12, pesquisadores do Centro de Valorização de Compostos Bioativos da Amazônia (CVACBA), laboratório da Universidade Federal do Pará (UFPA) instalado no Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá, em Belém, receberam uma capacitação focada na análise sensorial do cacau, ministrada por Adriana Reis, doutora em biotecnologia e gerente de qualidade do Centro de Inovação do Cacau (CIC), de Ilhéus, na Bahia, laboratório considerado referência nacional neste tipo de análise.

A ação integra a estruturação do Laboratório de Análise Sensorial do Cacau (Labsenso), o primeiro do tipo na Amazônia, previsto para ser inaugurado ainda este ano no CVACBA. Construído com recursos do Fundo de Desenvolvimento da Cacauicultura do Pará (Funcacau), o Labsenso emitirá certificações que atestem características como cheiro, odor, cor e textura dos produtos, além das exigidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o que permite que produtores de boas amêndoas possam conseguir preços mais justos por seus produtos no mercado internacional.

“Esta capacitação é uma etapa crucial, uma parceria muito importante que vai fortalecer o nosso laboratório. O CVACBA já faz a caracterização física e físico-química das amêndoas, agora com a análise sensorial, podemos trabalhar desde a amêndoa até o chocolate (bean to bar)”, explica o pesquisador e coordenador do Labsenso, professor doutor, Jesus Souza.

Gerente do Centro de Inovação do Cacau (CIC), de Ilhéus, Adriana Reis destaca a importância desse tipo de serviço para a valorização da produção do estado do Pará. “A parceria do CIC com o CVACBA fortalece a cadeia de cacau brasileira porque a gente começa a transferir e a deixar tecnologia dentro do estado do Pará, grande produtor nacional de amêndoas, com todo o potencial para ganhar cada vez mais o mercado internacional”.

A pesquisadora acrescenta que a capacitação de novos  profissionais neste tipo de análise contribui para o aumento da competitividade da cacauicultura no Brasil. “A gente está entrando em uma nova fase dentro do Brasil de qualificar os materiais genéticos, lotes que realmente tenham potenciais para se transformar em chocolate. Precisamos de mais profissionais que se qualifiquem nesse tipo de metodologia de avaliação sensorial de cacau ou chocolate para que a gente possa realmente ajudar os produtores de cacau do Brasil, principalmente os do Pará, a agregar valor, a ganhar prêmios internacionais. A análise sensorial é uma ferramenta que empodera o país e nos coloca dentro de uma nova condição no mercado internacional, com foco no aroma e no sabor”.Análise das amêndoas seleciona as melhores para a produção

Integração – A convite do CVACBA, pesquisadores do Instituto Federal do Pará (IFPA) e das Universidades do Estado do Pará (Uepa) e Federal Rural da Amazônia (Ufra), também participaram da capacitação, com vistas a parcerias futuras para fazer a integração entre pesquisadores destas instituições e pesquisas desenvolvidas no CVACBA.