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JUSTIÇA E DIREITOS HUMANOS

Webnário dá início aos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres

Edição 2020 alerta para o aumento da violência contra mulheres, desde abril, quando iniciou o isolamento social imposto pela pandemia

Por Gerlando Klinger (SEJU)
25/11/2020 16h17

Um webnário realizado nesta quarta-feira (25) marcou o início das atividades da campanha dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres."As mulheres são detentoras de direitos e essa política é uma política de direitos humanos”, coordenadora da Sejudh, Márcia Jorge

No Pará, a campanha é idealizada pela Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) e conta com a parceria de diversos órgãos, como a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), Procuradoria da Mulher da Assembleia Legislativa do Pará, Ministério Público e Defensoria Pública, além de representantes de diversos municípios das regiões do Pará. 

Com o tema “Violência doméstica e sexual contra mulheres e meninas: não à cultura do estupro”, a edição 2020 alerta para o aumento da violência contra mulheres, desde abril, quando iniciou o isolamento social imposto pela pandemia.

De acordo com dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, a quantidade de denúncias de violência contra a mulher cresceu 40%, em relação ao mesmo período do ano passado. Em março, quando a quarentena começou, o número de denúncias ao disque 180 tinha avançado quase 18% e, em fevereiro, 13,5.

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) revelou um aumento de 431% em casos de briga entre casais, que foram relatados nas redes sociais por pessoas que presenciaram o fato. 

A responsável pela Coordenadoria de Integração de Políticas para Mulheres (CIPM), Márcia Jorge, afirmou na abertura do evento da Sejudh, nesta quarta-feira, que a campanha além de alertar sobre a violência de gênero, tem o caráter informativo.

“As mulheres são detentoras de direitos e essa campanha vem somar a esse trabalho para as mulheres vítimas de violência doméstica, porque essa política é também uma política de direitos humanos”, afirmou a coordenadora Márcia Jorge. 

Representando o secretário de Justiça e Direitos Humanos do Pará, Alberto Teixeira, a chefe de gabinete da Sejudh, Claudilene Maia, disse que a Secretaria está à disposição de todos os órgãos que atuam na defesa dos direitos das mulheres. “A campanha tem o condão de despertar o empoderamento das mulheres”. 

DIA INTERNACIONAL DA NÃO VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Anualmente, a campanha dos 16 dias de ativismo é iniciada sempre no Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher, celebrado sempre em 25 de novembro, conforme designado em 1999 pela Organização das Nações Unidas (ONU).

A data homenageia as irmãs Patria, Maria Teresa e Minerva Maribal que foram torturadas e assassinadas, em 1960, a mando do ditador dominicano, Rafael Trujillo. As irmãs eram conhecidas por "Las Mariposas" e lutavam por soluções para problemas sociais no país caribenho.

Dados da Organização das Nações Unidades afirmam que mais de 70% de todas as mulheres do planeta já sofreram ou sofrerão algum tipo de violência em, pelo menos, um momento de suas vidas, independente de nacionalidade, cultura, religião ou condição social.

A data iniciada neste 25 de novembro congrega uma série de celebrações até o dia 10 de dezembro, quando se celebra a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Neste período, outras datas comemorativas que incluem o Dia Mundial de Combate a AIDS, em 1º de dezembro; o Massacre de Mulheres de Montreal, em 6 de dezembro e, por fim, Dia Internacional dos Direitos Humanos, em 10 de dezembro.