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AGRICULTURA E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

Emater orienta plantio de espécie que alimenta fase de larvas das belas borboletas do Mangal

A expectativa é de que em três meses as plantas já estejam produzindo uma quantidade de folhas suficientes para a alimentação das larvas de borboletas Julia

Por Etiene Andrade (EMATER)
27/01/2021 15h14

A borboleta Dryas iulia, conhecida como Julia, na fase de larva se alimenta das folhas do maracujá-do-mato, plantado pela EmaterToda borboleta precisa antes passar pela fase de larva. E um dos desafios da equipe responsável pelo borboletário do Mangal das Garças é garantir o alimento adequado para a lagarta que dá origem a espécie Dryas iulia, conhecida como borboleta Julia. É que a lagarta só se alimenta das folhas do maracujá-do-mato (Passiflora foetida), uma espécie nativa. E diante da dificuldade de se cultivar a espécie no Mangar das Garças, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) foi acionada para orientar o plantio do maracujá do mato no parque.

“Na nossa primeira visita, identificamos que a forma como estava sendo feito o preparado da cova para o plantio da espécie poderia estar comprometendo o desenvolvimento das mudas que eles plantaram. Lá é uma área toda aterrada, então a resistência desse aterro para o desenvolvimento do sistema radicular das culturas é um fator limitante. Agora fizemos o plantio da cultura com critérios técnicos que a gente acredita que vão responder positivamente, futuramente suprindo parte da demanda que eles necessitam de folha para a alimentação das larvas de borboleta”, considera o engenheiro agrônomo, Valdeides Lima.

O plantio do maracujá-do-mato, orientado pela Emater, foi feito em covas de cerca de 90 cm, com adição de adubos e terra pretaNa orientação dada à equipe, que atua no borboletário e outros espaços do Parque Mangal das Garças, o plantio foi feito em covas de aproximadamente 90 cm, com adição de adubos e terra preta. Inicialmente foram plantadas seis mudas e posteriormente serão plantadas outras seis.

“A assessoria da Emater foi determinante para que o Mangal das Garças conseguisse descobrir onde estava a falha no plantio da cultura. Já havíamos tentado de muitas formas, mas sem sucesso. Agora estamos bastante confiantes”, afirmou o biólogo do Mangal das Garças, Basílio Guerreiro.

A expectativa é de que em três meses as plantas já estejam produzindo uma quantidade de folhas suficientes para a alimentação das larvas de borboletas Julia, uma das quatro espécies fixas do plantel do borboletário, considerado o maior borboletário público do Brasil e um dos maiores da América Latina.