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Emater inicia Unidade Demonstrativa de piscicultura familiar em Inhangapi

Espaço recebe diversas metodologias para a criação de peixes e serve de modelo para outros pequenos produtores interessados na atividade econômica

Por Etiene Andrade (EMATER)
11/02/2021 14h29

Maria Feitosa alimenta os peixes em sua propriedade, que é também a 1ª Unidade Demonstrativa de Piscicultura Familiar em Inhangapi A propriedade rural familiar de dona Maria Feitosa e seu José da Silva, distante dois km do centro de Inhangapi, na região nordeste estadual, foi a escolhida para receber a primeira Unidade Demonstrativa de Piscicultura Familiar (UDPF) do município. Um espaço onde serão aplicadas diversas metodologias para a criação de peixes e servirá de exemplo para outros pequenos produtores interessados na atividade econômica. A implantação da UDPF é uma ação do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater).

"Nós vamos dividir esse processo em duas fases, essa é a primeira fase que vai culminar na despesca total até o mês de dezembro, e em 2022, vamos fazer a segunda etapa com o sistema de esvaziamento, que se chama de ‘munge’ e em cada etapa nós vamos trazer pessoas interessadas na piscicultura para ver como se dá o processo in loco”, informou o médico veterinário da Emater, Kenji Oikawa.

Esta semana, foi realizado o "povoamento", momento em o tanque recebeu os primeiros 2.500 alevinos e a família de dona Maria Raimunda Feitosa as orientações sobre como povoar o viveiro de barragem com o cuidado do equilíbrio da temperatura da água do recipiente, em que foram transportados e da água do tanque, para que os peixes não sofressem choque térmico, o que poderia matar os alevinos.

A família Feitosa também foi orientada sobre o tipo, quantidade e a regularidade da alimentação necessária diariamente para os peixes, e os cuidados para manter possíveis predadores longe do tanque.

Cada passo foi explicado de forma simplificada para a compreensão de todos, para se evitar os erros cometidos em tentativas passadas, quando a família tentou criar peixes sem nenhuma orientação técnica.

“Eu espero que com a ajuda da Emater, a gente tenha um resultado bom. Nós tentamos criar peixes, antigamente, mas não deu certo, porque a gente não sabia. Mas hoje já estamos aprendendo”, conta o agricultor José.

Equipe da Emater orienta os agricultores familiares sobre os cuidados do cultivo de peixes, desde o equilíbrio da temperatura da água Para dona Maria, a capacitação para piscicultura vai possibilitar um incremento para a renda da família, que vive da agricultura e extrativismo de açaí. “A gente acredita que vai dar certo e que o peixe vai ser mais um ganho para gente e que a unidade também vai ajudar a comunidade aqui do município a ter alternativa para trabalhar”.

A instalação da Unidade Demonstrativa de Piscicultura Familiar é uma realização da Emater, em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) e a Prefeitura de Inhangapi, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Inhangapi (Semmai).

“É um importante incentivo para o agricultor, que está recebendo uma assistência especializada do Estado e de forma gratuita. Aqui em Inhangapi, o trabalho da Emater é um diferencial, pois os técnicos vão onde o produtor está, e isso é muito importante para gerar renda aos moradores e, consequentemente, para o desenvolvimento do município”, afirmou o agente ambiental de Inhangapi, Pedro Monteiro.

A ação é um desdobramento do Programa em Defesa da Amazônia Pró-Pirá, implantado em 2003, com atuações nas vertentes econômica, com a produção de peixes; ambiental, com a utilização racional dos recursos hídricos existentes na propriedade; e a educacional, levando a escolas a importância do plâncton para vida no planeta.

A UDPF está sob a responsabilidade do Escritório Local da Emater em Inhangapi, que é um dos 19 escritórios locais vinculados ao Escritório Regional da Emater em Castanhal.

A expectativa é que ao final de dois anos, os resultados obtidos na UDPF sejam apresentados no primeiro encontro de produtores e extensionistas em piscicultura familiar da região nordeste paraense.