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Santa Casa do Pará oferece o maior serviço público de neonatologia da região Norte

Hospital interna cerca de 2.500 pacientes ao ano em seus 60 leitos de UTI neonatal, 60 leitos de UCI convencional e 20 leitos de UCI canguru

Por Helder Ribeiro (SANTA CASA)
02/03/2021 15h31

Com a oferta de 60 leitos de UTI neonatal, 60 leitos de UCI convencional e 20 leitos de UCI canguru, a Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará interna cerca de 2,5 mil pacientes ao ano, o que faz dela a unidade que mais oferece serviço de neonatologia em toda a Região Norte e uma das maiores do país.

A médica e gerente da Neonatologia da Santa Casa do Pará, Salma Saraty, explicou que o perfil de atendimento do serviço de neonatologia é para recém-nascidos de risco (que são os prematuros de muito baixo peso e de extremo baixo peso, assim como os que nasceram com má formação neurológica, abdominal ou torácica) e crianças com asfixia perinatal grave.

Dra. Selma Saraty“A qualidade da assistência prestada na neonatologia têm impacto direto na diminuição da taxa de mortalidade de recém-nascidos na instituição, por isso, continuamos participando ativamente das estratégias do Ministério da Saúde como a Iniciativa Hospital Amigo da Criança, o QualiNeo e o Método Canguru, onde fazemos a manipulação mínima dos prematuros e o controle de estresse por meio da redução de ruídos e da iluminação, além da presença constante da mãe, que participa dos cuidados e coloca o bebê em posição canguru, o que contribui para ganho de peso. Esse modelo de assistência vem nos proporcionando redução na mortalidade neonatal em nossa unidade”, destacou a médica.

“Há dois anos, implantamos o centro de tratamento de asfixia perinatal grave com encefalopatia hipóxico-isquêmica, onde fazemos o tratamento com hipotermia terapêutica. Várias crianças já fizeram esse tratamento, que serve como proteção cerebral evitando morte ou sequelas causadas pela lesão cerebral”, complementou a medica. 

A médica reforçou também a importância do aleitamento materno para o ganho de peso e melhora da imunidade dos prematuros, e disse que o diferencial do serviço de neonatologia da instituição é a assistência humanizada com acolhimento da família, onde a mãe e o pai permanecem na unidade. “As crianças graves ficam na UTI, as estáveis na UCI e aquelas que não precisam de tratamento vão para Unidade Canguru ficar junto da mãe e ganhar peso. Nosso processo de trabalho é pautado na assistência humanizada com acolhimento familiar, mas devido a pandemia houve uma restrição no horário do pai, porém a mãe permanece o tempo todo com o bebê e muitas vezes elas fazem ordenha à beira do leito para dar o próprio leite para o seu bebê. Quando a mãe não está na unidade recorremos ao banco de leite, mas a gente sempre prioriza o leite humano e de preferência da própria mãe que é mais eficaz para o ganho de peso da crianças, que precisa pensar 1.700g para iniciar o processo de desospitalização onde fica até atingir o peso de 2500g, que é quando ele sai definitivamente de alta e é orientado a se matricular no posto de saúde.”

Vivian Alves Valente, 36 anos, que mora em Mosqueiro, conta que teve que fazer uma cesariana de emergência e como sua bebê nasceu com baixo peso, precisou passar pela UTI, UCI e unidade canguru, mas teve que voltar para a UCI devido complicações. “As minhas plaquetas baixaram muito e eu corria o risco de hemorragia e de ter problema com cicatrização e por causa disso tiveram que fazer uma cesária e tirar o meu bebê prematuramente. Ele nasceu pesando 1.450g e teve que ficar dez dias na UTI, três na UCI e depois fomos para a unidade canguru onde ficamos por cerca de três semanas e hoje ele está com  1.600g”. Vivian disse que apesar das complicações está feliz por estar sendo tão bem assistida na Santa Casa. “Para mim está sendo ótimo. Todas as intercorrências que o meu bebê teve os servidores sempre estiveram dispostos a atender, e graças a Deus ele sempre tem sido socorrido rapidamente, e os médicos estão sempre disponíveis para dar informações e auxiliar a gente. Agora ele está em observação e vai fazer exames para descobrir porque ele tá assim”.

Vivian Alves Valente, fazendo o contato pele a pele com seu bebê, na Unidade Canguru da Santa Casa do Pará

Tiffany Vitória Silva Veras, 18, mora no bairro da Guanabara, em Ananindeua, e conta que sua filha já passou por todas as etapas de que um prematuro passa para ganhar peso, e hoje veio só trazer ela para tomar uma vacina. “Assim que ela nasceu, foi direto à UTI e passou vinte três dias lá, depois passou mais seis dias na UCI e finalmente pode ir para a unidade canguru onde chegou com 1.344 g e saiu com 1.644g. Lá tive uma experiência muito boa, conheci vários profissionais, todos de excelente qualidade, que me ensinaram os cuidados que a gente tem que ter com o prematuro, a forma correta de amamentar, como trocar fralda e outras coisas, foi muito bom o atendimento que recebi, me sinto grata. Hoje a minha bebê já está de alta daqui do ambulatório do prematuro. Só vim fazer a vacina para fortalecer o pulmãozinho dela. Todos sempre foram muito atenciosos durante a internação da minha filha, e não foi diferente quando ela estava sendo acompanhada aqui no ambulatório, eles foram muito atenciosos e sempre reforçaram os cuidados que devemos ter.”