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Adepará segue com suas atividades regulares mesmo com a pandemia

Por Manuela Oliveira (FAPESPA)
09/04/2021 15h13

Mesmo nestes tempos de pandemia, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) prossegue com suas tarefas regulares, já que os trabalhos no campo são indispensáveis para a vida diária das pessoas que residem na cidade. Entre as atividades permanentes estão os Programas de: Erradicação da Febre Aftosa, Erradicação da Mosca da Carambola, o Programa da Raiva de Herbívoros e o da Peste Suína Clássica. 

Entre os trabalhos regulares da Secretária, está o de monitoramento da doença de mormo, realizada por meio do Programa Estadual de Sanidade Equina (PESE). Por ser uma zoonose, ou seja, doença que pode ser transmitida para o homem, os casos positivos são informados para a secretaria municipal de saúde. 

As propriedades, onde há casos suspeitos da doença são interditadas, ficando suspensa a entrada e saída de equídeos (cavalos, jumentos e burros), se houver confirmação de positivo após exame complementar o animal será eutanasiado, a propriedade  só será desinterditada  após dois exames negativos consecutivos no intervalo de 21 e 30 dias de toda tropa, conforme estabelece a Instrução Normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) nº 06/2018. 

No que diz respeito aos suínos, os atendimentos a suspeita e focos de doenças como suspeita de doença hemorrágica, vesicular ou nervosa dos suínos seguem as orientações sobre a manutenção das atividades essenciais de saúde animal durante a emergência em saúde pública devido à pandemia da ,919.

Na sanidade dos equídeos, os atendimentos a suspeita e focos de doenças como Mormo, que é uma zoonose infectocontagiosa causada pela bactéria Burkholderia mallei que acomete primeiro os equídeos (cavalos, burros e mulas) e pode ser transmitida eventualmente a outros animais e ao ser humano. 
A Agência informa que entre 2020 e 2021 monitorou 26 suspeitas e focos da doença de mormo, em 19 cidades paraenses. Não houve casos confirmados em 2019. Entre as 26 propriedades rurais que apresentaram foco da doença, 10 já foram saneadas e desinterditadas. Outras dezesseis permanecem em processo de saneamento pelo serviço veterinário da Adepara. O período de incubação da doença pode chegar a seis meses.

"O período de incubação da doença varia de 6 dias a vários meses, na dependência do estado imunológico, do nível de stress e das condições sanitárias do animal ou do grupo de acordo com sua finalidade (esporte, lazer, ou trabalho). Os eqüídeos são as espécies mais sensíveis, sendo os asininos e os muares mais susceptíveis do que equinos. Eqüinos infectados e sem lesões aparentes são os reservatórios da doença no plantel. Por isso é necessário realizar a coleta de material para exame em toda a tropa da propriedade. Enquanto houver casos positivos, a propriedade segue interditada", detalha a gerente do Programa de Sanidade Equina, Elaine Serrão. 

Mormo- Mormo ou Lamparão é uma doença infecciosa causada pela bactéria Burkholderia mallei mais frequente em cavalos, jumentos e burros, mas podendo também ser contraída pelo homem. É uma infecção transmitida por secreções nasais, orais, oculares, fezes e urina de animais infectados. 
A bactéria entra no organismo através da pele e das mucosas dos olhos e nariz.  Casos esporádicos podem ocorrer principalmente em atividades profissionais relacionadas ao manejo desses animais ou manipulação de amostras contaminadas, infectando médicos veterinários, tratadores de equinos, funcionários de abatedouros e laboratoristas. 

Os profissionais expostos e pessoas que têm contato com animais suspeitos ou com equipamentos contaminados devem usar equipamentos de proteção individual, tais como luva, máscara, óculos e avental. 

No cavalo, os principais sintomas são nódulos nas narinas, corrimento purulento, pneumonia, febre e emagrecimento. No ser humano, os sintomas gerais são febre, dores musculares, dor no peito, rigidez muscular e cefaleia (dor de cabeça). Podem ainda ocorrer lacrimejamento excessivo, sensibilidade à luz e diarreia. 

Não há tratamento ou vacinas para animais confirmados positivos, por isso eles devem ser sacrificados e as propriedades interditadas até que sejam atestadas como livres de mormo pelo Serviço Veterinário Oficial. 

Para evitar a disseminação da doença, a Adepará orienta que todos os estabelecimentos de criação de equídeos como haras, hípicas e hipódromos e criadores de área urbana e rural estejam cadastrados na Agência e que as pessoas que lidem com os animais utilizem Equipamentos de Proteção Individual (EPI) 
“Além disso, ao transportar os animais, o produtor deve ter em mãos a Guia de Trânsito Animal (GTA) de acordo com a finalidade do deslocamento; os exames negativos de Anemia Infecciosa Equina (AIE) e Mormo, juntamente com atestado de vacinação contra a influenza equina e participar apenas de eventos fiscalizados pela Adepará. É responsabilidade do produtor o controle da entrada de animais em sua propriedade, o ideal é que ele só permita o ingresso de animais com GTA e após a apresentação dos exames”, reforça a fiscal agropecuária. 

Em caso de suspeita de doença em animais, o proprietário deve fazer a notificação imediata ao Serviço Veterinário Oficial. A notificação pode ser feita presencialmente, na unidade Adepará mais próxima, ou por meio eletrônico através do Sisbravet. Os endereços e telefones, bem como o link para a notificação de doenças, estão disponíveis no site da Adepará. A notificação é de fundamental importância para a proteção da pecuária nacional e da saúde pública.