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Doação de sangue ajuda recuperação de pacientes de Covid-19

Fundação Hemopa convoca voluntários a comparecerem às unidades de coleta distribuídas no terriório paraense, para seguir com a missão de salvar vidas

Por Anna Cristina Campos (HEMOPA)
13/04/2021 13h29

O professor Brasilino Assaid, 61 anos, está internado no Hospital de Clínicas Gaspar Viana, com o quadro mais grave da Covid-19. A irmã dele, Amarildes Ferreira conta que, ele sentiu calafrios, febre e tosse, mas desconfiou apenas de uma gripe. “É importante destacar que não acreditar, negar a contaminação é um dos comportamentos iniciais comuns entre os infectados, o que pode adiar a busca por tratamento adequado”. 

Transfusão de sangue pode ser determinante para a recuperação de pacientes com casos graves da Covid-19No sexto dia de sintomas aparentes, o professor foi intubado e apresentou diversas complicações por causa da infecção. Entre elas, anemia, o que surgiu a necessidade de transfusão sanguínea. “Diante dessa realidade, resolvemos fazer um pedido de doação de sangue em nome do professor Assaid. O atendimento a esse pedido foi excepcional: familiares, amigos, alunos, colegas professores e cidadãos solidários compareceram ao Hemopa para realizar um dos mais lindos gestos que o ser humano pode realizar: doar o seu próprio sangue para salvar outras vidas, fragilizadas e em risco de sucumbir com a falta desse precioso líquido. O resultado das doações está ajudando o meu irmão e ajudará também outras pessoas que estão hospitalizadas e que nem sequer conhecemos”, ressaltou Amarildes.

Está cada vez mais frequente a necessidade de transfusão em pacientes de Covid-19, na rede Hospitalar. Só este ano, o Hospital de Clínicas Gaspar Viana solicitou hemocomponentes ao Hemopa para 11 pacientes. 

A Covid-19 leva à algumas complicações e alterações nos exames de sangue  conforme suas fases evolutivas. “As complicações mais observadas têm relação com quadros de infecção grave. Além da infecção pelo vírus, há uma baixa imunidade que pode levar a infecção bacteriana associada”, explicou Dra. Cátia Valente, gerente de Hematologia Clínica da Fundação Hemopa, em Belém. 

O quadro infeccioso também pode mudar a contagem de plaquetas. Se apresentar a diminuição da quantidade deste hemocomponente no organismo do paciente com Covid-19, pode ser necessária a transfusão de bolsas de plaquetas. E ainda, por se tratar de uma doença de alto grau infeccioso, a Covid-19 também pode causar um quadro de anemia, como aconteceu com o professor Assaid, levando a necessidade também de transfusão de bolsas de hemácias. 

“A transfusão de sangue, muitas vezes, como no tratamento de casos graves de COVID19, pode ser determinante para a recuperação de pacientes como meu irmão, que hoje, embora ainda em estado considerado grave, apresenta pequenas melhoras progressivas que, acreditamos, levarão à sua completa recuperação”, finalizou Amarildes que se diz agradecida por todas as doações e pelo atendimento humanizado que o irmão está recebendo no HC. O professor Assaid não está mais intubado. Consciente, ele segue em recuperação na UTI Coronariana do Hospital de Clínicas. 

No combate ao coronavírus

Para continuar com a missão de salvar vidas de pacientes hematológicos, com câncer, entre outras doenças e agora a covid-19, a Fundação Hemopa convoca os voluntários da doação de sangue a comparecerem às unidades de coleta de todo o estado.

“As unidades registraram uma média de 50% de redução no número de comparecimento de doadores de sangue. E conseguintemente, os estoques estão baixos. Precisamos continuar na luta e para isso, os voluntários da doação de sangue são essenciais. É com o gesto de generosidade de cada indivíduo que doa sangue que centenas de pessoas podem receber as transfusões”, destacou o presidente da Fundação, Paulo Bezerra.

Ana Beatriz Souza, 21 anos, fez a primeira doação nesta segunda-feira (12), no Hemocentro, em Belém. Ela e mais 25 alunos do curso de técnica de enfermagem da Faculdade Intelectual da Amazônia (FIAMA), compareceram ao Hemopa para fazer a doação de sangue. “Eu tinha vontade de ser uma doadora, vendo os meus parentes e amigo. Então venci o nervosismo e consegui doar, pois sei também que muitas pessoas vão ser beneficiadas por essa atitude”, destacou a futura profissional da área da saúde.

A doação de sangue é um ato de generosidade que deve ser encarado como uma ação de responsabilidade social, visto que o sangue é insubstituível e vital para o ser humano, principalmente para pacientes que precisam de transfusão. Uma bolsa de sangue pode beneficiar até 4 pessoas. 

Quem pode doar

O cidadão que deseja fazer a doação de sangue precisar seguir os critérios básicos:

•                   Ter entre 16 e 69 anos (menores de idade devem estar acompanhados do responsável legal);

•                   Pesar mais de 50 kg

•                   Estar em boas condições de saúde.

 

No momento do cadastro, é obrigatório apresentar um documento de identificação oficial, original e com foto (RG, CNH, passaporte ou carteira de trabalho).

Quem teve Covid-19 também pode voltar a doar sangue, só precisa esperar 30 dias após a cura. Quem teve contato com pessoas que tiveram a doença deve esperar 14 dias após o último contato.

Para quem recebeu a vacina Coronavac/Butantã, são 48 horas de inaptidão para doação de sangue, após cada dose. Já a vacina AstraZeneca/Fiocruz, são 7 dias após cada dose. Se o candidato à doação de sangue não souber qual imunização fez, só poderá voltar a doar sangue, após 7 dias.

“A gente está passando por um momento muito difícil e qualquer ajuda e muito necessária Se odos estivessem essa iniciativa, seria bem melhor

 

Existem 9 unidades de coleta de sangue em todo o Pará:

•         Hemocentro Belém - Travessa Padre Eutíquio, 2109. Bairro Batista Campos. Atendimento: Segunda a sábado, 7h30 às 17h. Contato: 0800 280 8118 – agendamento da doação

•         Posto de coleta do Castanheira – Rodovia Br 316 – KM 0 – andar térreo do pórtico Belém. Atendimento: Segunda a sábado, 7h30 às 17h.

•         Posto de coleta do Pátio Belém - FECHADO POR TEMPO INDETERMINADO

•         Hemocentro Castanhal -  Tv. Floriano Peixoto, Alameda Rita de Cássia, Conj. Maria Alice, B-2 e B-3. Atendimento de segunda a sexta – 7h às 12h30. Contato: (91) 3412-4400 / 4404

•         Hemocentro de Santarém - Avenida Frei Vicente, 696, entre as Alameda 30 e 31 (Aeroporto Velho). Atendimento: Segunda a sexta, de 7h às 13h. Contato: (93) 3524-7550

•         Hemocentro de Marabá - Rod. Transamazônica, Quadra 12, S/N (Agrópoli do Incra). Atendimento: Segunda a sexta, de 7h às 13h. Contato: (94) 3312-9150 / 99234-0264 (WhatsApp)

•         Hemonúcleo de Abaetetuba - Avenida Santos Dumont, S/N (São Lourenço). Atendimento: segunda a sexta, das 7h às 12h30. Contato: (91) 98568-3396.

•         Hemonúcleo de Altamira - Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, S/N (Esplanada do Xingu). Atendimento: segunda a sexta, das 7h às 12h30. Contato: (93) 98415-6282.

•         Hemonúcleo de Capanema - Rodovia BR 308, Km 0, S/N (São Cristóvão). Atendimento: segunda a sexta, das 7h às 12h30. Contato: (91) 98568-3339.

•         Hemonúcleo de Redenção - Avenida Santa Tereza, S/N (Centro). Atendimento: segunda a sexta, das 7h30 às 12h30. Contato: (94) 98414-3955.

•         Hemonúcleo de Tucuruí - Avenida Veridiano Cardoso, S/N, BR 422 (Santa Mônica). Atendimento: segunda a sexta, das 7h30 às 12h30. Contato: (94) 98415-9006.