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COMBATE À PANDEMIA

Mais de 3.700 pacientes de Covid-19 já receberam alta no Hospital de Campanha de Belém

Hoje, a taxa de ocupação da unidade está em 70%, mostrando a necessidade de manutenção das medidas que evitam a infecção pelo novo coronavírus

Por Fabiana Otero (SEDEME)
13/04/2021 18h57

O reencontro com a família mostra toda a emoção de Carlos Eduardo Souza ao deixar o Hospital de Campanha“É um dia de renascimento e renovação. Tem muita coisa ainda para ser vivida”, afirmou Carlos Eduardo Souza, 42 anos, que recebeu alta médica nesta terça-feira (13) após seis dias de internação no Hospital de Campanha de Belém, que funciona há mais de um ano no Hangar - Centro de Convenções da Amazônia. Emocionado, Carlos Eduardo contou que foi infectado pelo novo coronavírus logo no primeiro mês no novo emprego, como conferente em um supermercado.

Com quadro de obesidade e asmático, ele precisou procurar atendimento médico depois de sentir muita falta de ar.  Foi internado de imediato na ala da enfermaria para garantir o tratamento adequado, incluindo oxigênio para manter a respiração regular. Carlos Eduardo Souza toca o sino do Hospital, símbolo da renovação da vida após a internação

Casado há 15 anos e com dois filhos, Carlos Eduardo destacou a qualidade do atendimento oferecido pela equipe multidisciplinar do Hospital, que desde o início deu toda a atenção necessária nos dias difíceis que enfrentou até a total recuperação. “No primeiro dia me deram um cobertor. Eu estava nervoso, mas graças a Deus tive anjos da guarda que estavam ao meu lado. Todos são muito abençoados, desde os copeiros até os médicos”, ressaltou, acrescentando que terá acompanhamento médico para continuar a recuperação em casa.Os agradecimentos dos pacientes à equipe profissional do Hospital de Campanha se multiplicam

A doméstica Selma Lúcia Gomes, 54 anos, é outra paciente que recebeu alta após mais de 23 dias de internação na enfermaria do Hospital de Campanha. Hipertensa e com quadro de obesidade, ela sentiu falta de ar e precisou de atendimento médico para recuperar totalmente os pulmões, que ficaram 75% comprometidos pela Covid-19. “O atendimento foi tudo de bom. Quero só agradecer a todos profissionais que me trataram bem, desde aqueles que me deram remédio e até banho. Tenho muita gratidão”, disse Selma Lúcia.

De acordo com os dados levantados pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), até às 09h20 desta terça-feira 5.571 pacientes haviam sido atendidos, dos quais 287 foram transferidos, 3.799 receberam alta médica e 1.485 faleceram no Hospital de Campanha de Belém. A Sespa também informou que 293 pacientes estão sendo atendidos neste momento, sendo 139 em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).Selma Lúcia retornou ao ambiente familiar após mais de 23 dias de internação

Ainda de acordo com o balanço da Secretaria, a taxa de ocupação do Hospital é de 70%, enquanto a taxa de ocupação dos leitos clínicos está em 59%, e a de UTI em 86%.

Prevenção contínua - O titular da Sespa, Rômulo Rodovalho, destacou a necessidade de reforçar os cuidados para prevenção da doença. “O Hospital de Campanha no Hangar é referência para o atendimento de pacientes com Covid-19 em todo o Estado, por isso sabemos que o nosso trabalho é árduo e ainda há muito a ser feito. No entanto, sempre pedimos que a população também faça sua parte. É necessário que todos usem máscara e álcool em gel, mantenham o distanciamento social e sempre higienizem as mãos. Somente assim vamos continuar diminuindo os índices da pandemia no Estado”, enfatizou o secretário.Selma Lúcia Gomes está entre os mais de 3.700 pacientes que venceram a Covid no Hospital de Campanha

De acordo com a gestora do Hospital de Campanha, Bárbara Freire, a unidade conta atualmente com 160 leitos de UTI, sendo 139 ocupados por pacientes infectados pelo novo coronavírus com idades variando entre 24 e 101 anos. Dos internados, 55% têm mais de 60 anos, e 45% estão na faixa etária de 24 a 59 anos.

“É fundamental que as pessoas continuem se cuidando e mantendo as medidas de proteção, para assim diminuirmos o número de casos e de internações. Nossas maiores armas permanecem sendo o uso adequado da máscara, higienização das mãos e o distanciamento social. Se cada um fizer a sua parte venceremos, juntos, essa batalha”, reiterou a gestora.