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Fórum discute ações de combate ao trabalho infantil no Pará

Por Redação - Agência PA (SECOM)
21/02/2017 00h00

A integração das ações voltadas ao combate do trabalho infantil no Pará foi o assunto de reunião, ocorrida nesta terça-feira (21), do Fórum Paraense de Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalho do Adolescente. O encontro ocorreu na Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster) e teve a presença de representantes de diversos órgãos membros do fórum.

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 8ª Região apresentou a preliminar de levantamento sobre o trabalho infantil, feito junto aos alunos de escolas públicas municipais e estaduais do Pará, que será lançado no dia 31 de março. Segundo a desembargadora Maria Zuila Dutra, foi aplicado um questionário com 17 perguntas para alunos de escolas públicas de 32 municípios paraenses para conhecer a realidade deles e direcionar as ações da comissão de combate ao trabalho infantil de forma mais direta para os problemas detectados.

A pesquisa foi feita com 216.518 alunos, com idade entre 6 e 16 anos, e mostrou que o trabalho infantil ainda está muito presente no dia a dia de crianças e adolescentes paraenses. Segundo os dados, 70,5% dos estudantes entrevistados afirmaram que têm prejuízo na escola devido ao trabalho e que 74,5% trabalham com vendas, roça, bicos, construção civil e no lixão. O que mais chama atenção é que todas as atividades relatadas estão entre as piores formas de trabalho infantil.

“O resultado já está orientando nossas ações. Identificamos que 64% dos alunos de escolas públicas querem uma escola para melhorar de vida. Por isso, já estamos atuando nas escolas. Criamos o projeto acadêmico Padrinho Cidadão para buscar voluntários que, juntamente conosco, vão até as escolas identificar os alunos que estão em situação de vulnerabilidade social, para então fazer um trabalho que contribua na melhoria da situação deles. Depois da pesquisa, com esse projeto, já inserimos mais de 200 adolescentes só na aprendizagem”, disse a desembargadora.

Para a coordenadora de Proteção Social Especial de Média Complexidade da Seaster, Norma Barbosa, o levantamento é fundamental para direcionar as estratégias de combate ao trabalho infantil dos órgãos que têm ações voltadas para a problemática. “Com o pouco que foi apresentado, já sabemos para onde direcionar as ações, e o fórum é um espaço de discussão fundamental para integrá-las”, ressaltou.

Durante a reunião, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) apresentou as ações da secretaria em 2016 voltadas ao combate do trabalho infantil no espaço escolar e que geraram resultados positivos. A Seaster também fez breve apresentação sobre o que foi tratado na reunião do Fórum Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil, em Brasília.