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Agentes da Adepará monitoram mosca-da-carambola no arquipélago do Marajó

Inseto é maior ameaça à fruticultura nacional e já ocorreu em Melgaço, Breves, Portel e Curralinho

Por Manuela Oliveira (FAPESPA)
06/05/2021 18h39

A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) realiza até esta sexta-feira (07) trabalho de Educação Sanitária sobre a mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae), no arquipélago do Marajó. A ação inclui visitas a terminais hidroviários, embarcações, estabelecimentos comerciais, feiras, órgãos estaduais, escolas, residências e universidades.Por meio de distribuição de material informativo, a equipe explica a importância do monitoramento da praga, riscos do transporte de frutos hospedeiros e identificação do inseto, que é considerado a maior ameaça à fruticultura nacional, e no passado, houve ocorrência nos municípios de Melgaço, Breves, Portel e Curralinho. 

"Hoje fizemos uma panfletagem na embarcação Astro Rei com destino a Anajás com 40 passageiros que foram orientados sobre como identificar o inseto, a importância de se manter o monitoramento e a parceria com a comunidade. Assim, o trabalho de Educação Sanitária continuada é imprescindível”, informa o fiscal estadual agropecuário Vandeilson Belfort Moura, que atua junto ao técnico Edson Xavier Neves.

A lei estadual nº 7.392/2010 prevê penalidades para quem transportar ou vender frutos hospedeiros com a presença do inseto, resultando em apreensão e destruição das frutas, além de multa para quem as transporta ou comercializa.

O monitoramento regular prossegue mesmo durante a pandemia, por meio do Programa Nacional de Erradicação da Mosca-da-Carambola (PNEMC). Se a não ocorrência da praga permanecer, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) pode alterar o status da região de “área sob quarentena” para “área erradicada”.

As ações do PNEMC se dão em quatro frentes: monitoramento, combate, educação sanitária e a fiscalização do trânsito agropecuário. Sem esta rotina, a praga poderia disseminar- se, o que levaria todo o mercado nacional de exportação de frutos in natura se tornar alvo de restrições.

Armadilhas instaladas em todos os municípios do arquipélago são monitoradas a cada 15 dias. Para identificar a presença do foco da mosca são utilizados dois equipamentos: a Jackson, que captura machos, e a McPhail, que captura machos e fêmeas. Ambas são identificadas e georreferenciadas para possibilitar o monitoramento. “Mesmo não sendo detectada a mosca aqui na região há meses, continuamos com este trabalho de monitoramento de forma regular”, informa o gerente regional do Marajó, Wanderlei Oliveira.

Para garantir o sucesso do Programa, a Agência de Defesa também realiza o trabalho de Educação Sanitária Continuada junto aos moradores e produtores com ações educativas, incluindo a visita de técnicos da Adepará para tratar sobre ações de combate e prevenção, legislação vigente, trânsito de frutos hospedeiros, danos econômicos e os problemas sociais gerados pela praga. 

"A Educação Sanitária é um processo contínuo de conscientização e mudança de comportamento necessário para que a população marajoara possa identificar a mosca-da-carambola, não destruir ou mexer nas armadilhas instaladas no município, acionar a Adepará, e não transportar os frutos hospedeiros, a fim de evitar a entrada novamente da praga no município, pois com a comunidade informada a praga será erradicada", explica Vandeilson Belfort.

A mosca-da-carambola ataca mais de 30 espécies diferentes de frutas, incluindo laranja e tangerina. A presença da mosca afeta diretamente a economia, uma vez que os produtores da região atingida pela praga ficam impedidos de comercializar para outras localidades.

Comercialização – A Defesa Sanitária Vegetal é responsável por assegurar a sanidade dos vegetais e garantir mercado. As ações de prevenção minimizam os riscos de introdução e disseminação de pragas quarentenárias e de importância econômica com risco potencial para a agricultura estadual. 

A certificação fitossanitária realizada na Unidade Produtiva garante a sanidade dessa produção, buscando a criação de áreas livres das pragas que são restritivas para o mercado nacional e internacional.

“Além da sanidade nas lavouras, a Agência garante também qualidade dos frutos, assim é possível agregar valor ao produto, tornando o nosso agronegócio mais competitivo e abrindo novos mercados. Dessa forma, desenvolvemos toda uma cadeia produtiva, gerando novos empregos e renda para a população e contribuindo para o desenvolvimento do nosso Estado”, destaca a diretora de Defesa e Inspeção Vegetal, engenheira agrônoma Lucionila Pimentel.

Dentre os principais programas de defesa vegetal destacam-se o de erradicação da mosca-da-carambola, prevenção e controle de pragas dos citros, da banana, do cacaueiro, do abacaxi, da soja, pimenta-do-reino e das pastagens.