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Mães do TerPaz contam histórias de vida e superação no Dia das Mães

Por Elizabeth Teixeira (SEAC)
09/05/2021 10h58

Ao longo de quase dois anos do início das ações do programa Territórios pela Paz, do Governo do Estado, acompanhamos várias histórias de dedicação, superação e lutas de mães. Uma delas é da autônoma Tatiane Martins, de 43 anos. "Sempre sonhei em ser mãe, meu primeiro filho nasceu quando eu tinha 25 anos, tive várias complicações, ele nasceu prematuro e não resistiu, foi um sofrimento sem tamanho, mas não desisti desse sonho, e depois de dois anos eu tive a Graziela, que hoje tem 19 anos, que é universitária e cursa Direito. Depois dela ainda tive mais dois filhos que também não resistiram. Ao todo tive quatro filhos, mas o destino me permitiu ficar só com uma", contou.

Tatiane Martins e a filhaAlém de perder os outros filhos, a filha de Tatiane foi diagnosticada com a doença de Von Willebrand, que é o distúrbio de sangramento causado por baixos níveis de proteína de coagulação no sangue. Os sintomas podem incluir hemorragias nasais recorrentes e prolongadas, sangramento das gengivas, aumento do fluxo menstrual e sangramento excessivo de um corte. "Minha filha precisa de muitos cuidados, tanto na alimentação, como nas questões de ferimentos, é uma luta constante, quando eu descobri, meu mundo desabou, mas busquei força, e hoje eu e a minha família já conseguimos lidar com a doença e conseguimos vencer todas as dificuldades", afirmou.

A Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac) é responsável pela articulação do programa TerPaz, que consiste na rede de políticas públicas de inclusão social que 36 secretarias, fundações e órgãos da administração direta e indireta desenvolvem por meio de projetos organizados em áreas temáticas: Capacitação técnica e profissional, educação básica, arte e cultura, Emprego e renda, microcrédito e empreendedorismo, economia solidária, habitação, regularização fundiária e urbanização, saúde, esporte/lazer, assistência social, Tecnologia e inclusão digital, Meio ambiente e sustentabilidade e Mediação de conflitos e prevenção a violência. Uma das prioridades é o atendimento a essas mulheres mães, provedoras do lar.

"Sempre gostei de trabalho voluntário, por isso, sou uma liderança aqui da minha comunidade. O TerPaz, é muito importante para a população. Fico muito feliz em participar das ações realizadas aqui no bairro. Minha filha de 10 anos também sempre me acompanha. Ela nasceu prematura e ficou internada na UTI por quase 1 mês, mas graças a Deus ela se recuperou. Me orgulho de estar conseguindo criar ela sozinha e hoje somos inseparáveis", afirmou a advogada, Cileny da Silva. 

Cileny da Silva e a filha

O programa TerPaz atende sete territórios da Região Metropolitana de Belém, são eles: Cabanagem, Benguí, Jurunas, Guamá, Terra Firme, em Belém, no Icuí Guajará, em Ananindeua e em Nova União em Marituba.

"Tenho uma filha de 24 anos, que está formada. Eu tinha apenas 19 anos quando ela nasceu, por isso, acabei parando de estudar. Depois de oito anos, retornei os estudos e conclui o ensino médio. Atualmente, trabalho como cuidadora de idosos. Já usufrui de várias ações do TerPaz, como consultas médicas, com encaminhamentos para exames que não conseguia com facilidade. O surgimento do programa foi umas das melhores coisas que aconteceram aqui no meu bairro, só tenho gratidão. Também consegui fazer meu tratamento da coluna, através de fisioterapia, encaminhado durante uma ação de saúde do programa. Vendo todo o trabalho realizado pelo TerPaz, resolvi me voluntariar e, para mim, isso é muito gratificante’’, afirmou a cuidadora de idosos Aldilene Ferreira.

A autônoma Maria de Nazaré Ferreira, de 62 anos, é mãe e avó e sempre lutou muito para dar sustento para sua família. "Meu primeiro filho nasceu quando eu tinha 21 anos. Após o parto, tive várias complicações e por pouco não perdi a vida, mas graças a Deus consegui me recuperar. Depois ainda tive mais dois filhos. Meu ex-companheiro era alcoólatra e por várias vezes me agrediu, até nos separarmos”, disse a autônoma.

Nazaré Ferreira e os filhos

Ela conta emocionada que trabalhou em vários locais para criar seus filhos. “Mesmo com tantas dificuldades consegui criá-los, trabalhando como doméstica, depois fui vender café no Ver-o-Peso e trabalhei como feirante junto com meus filhos. Hoje estou com 62 anos e me orgulho da minha trajetória. Por isso, eu vejo que o trabalho exercido pelo TerPaz está sendo de extrema importância, porque está ajudando quem precisa. Eu já fui beneficiada por várias vezes, uma delas foi quanto tirei a segunda via da minha certidão de nascimento, o que veio em boa hora, já que eu não tinha como pagar", ressaltou. 

O programa Territórios pela Paz também está mudando a vida de outras mães, como a da estudante Ana Julia Farias, que atualmente faz o curso de Técnico em Enfermagem oferecido pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC).

"Fui mãe aos 17 anos e por conta da gravidez parei os meus estudos e tive que criar o meu filho sozinha. Depois de alguns anos, me casei novamente e tive mais dois filhos. Hoje, tenho 32 anos, estou feliz com o meu marido e filhos, voltei a estudar, terminei o ensino médio e estou fazendo curso Técnico de Enfermagem. Agradeço muito a ajuda do Governo, já que o projeto TerPaz trouxe muitos benefícios para a comunidade, com ações voltadas para a população mais carente, como emissão de documentos, acompanhamentos de saúde, para a Covid-19, atendimento médico e segurança também... O que fez com que houvesse uma diminuição da criminalidade", ressaltou.