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Pará 2030 incentiva exportação entre empresas paraenses

Por Redação - Agência PA (SECOM)
18/02/2017 00h00

"Eu quero agradecer ao Governo do Estado por todo esse apoio. Nós, empresários, temos de dar retorno produzindo, não podemos desperdiçar essa oportunidade'', enfatizou o presidente da empresa de pescado Ecomar, Fernando Ferreira, após a reunião com o coordenador de Desenvolvimento de Negócios da Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC), Armínio Calonga Jr, promovida pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) na quinta-feira, 16, em Belém. A sede da Ecomar fica no município de Vigia, no nordeste paraense. O grupo já exporta para os Estados Unidos, tem 1.400 funcionários diretos e agora quer chegar ao Canadá.

Durante três dias, a Sedeme realizou reuniões executivas para discutir estratégias de internacionalização para empresas do Estado. O evento encerrou nesta sexta-feira, 17, com a assinatura de um Memorando de Intenções com a CCBC, Secretaria de Estado de Turismo (Setur) e a Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec).

A iniciativa faz parte do programa Pará 2030, lançado em julho de 2016 pelo Governo Estadual, que objetiva, entre outras metas, promover a abertura de novos mercados para os produtos verticalizados.

O diretor de novos negócios da Câmara Comercial do Canadá, Armínio Calonga Jr, falou sobre as estratégias de entrada no mercado exterior, adaptação dos produtos ao mercado canadense, importância da formulação correta do preço para exportação, importância da embalagem e da confecção de rótulos nos idiomas estrangeiros e logística de entrega do produto.

Calonga destacou, ainda, a necessidade de se criar uma narrativa específica para cada produto que se pretende exportar. A história dos produtos - ou seja, como e por quem são desenvolvidos, e os retornos que possibilitam para as comunidades que os produzem - consiste em fator capaz de gerar grandes ganhos de competitividade em mercados desenvolvidos. Ele enfatizou ainda que os consumidores canadenses são conscientes, bem informados e tendem a preferir produtos construídos em base sustentável, inclusive o Canadá costuma criar prêmios para esses produtos.

"Não é fácil exportar, mas não é impossível'', afirmou Armínio Calonga Jr. Ele observou que o Brasil ainda exporta pouco com relação ao que produz. Do total de 6 milhões de CNPJs de empresas nacionais, disse o especialista, apenas 9.600 encontram-se atualmente habilitadas a acessar o mercado internacional.

Chefe e dono de restaurante em Belém, Fabio Sicília, vice-presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – Seccional Pará (Abrasel/PA), classificou o conteúdo da reunião como de ''alto padrão''. "Essa iniciativa do Estado é de extrema importância'', disse o empresário. 

Para Luciana Ferreira, proprietária da empresa Nayah – Sabores da Amazônia, o encontro realizado pela Sedeme foi positivo. A Nayah é uma empresa residente do Programa de Incubadora de Empresas da Universidade Federal do Pará (Ufpa) e produz chocolate em barra a partir do cacau fornecido por famílias de pequenos agricultores da ilha do Combu, do outro lado da universidade. "Quando se é pequeno, todo o apoio é bem-vindo'', disse Luciana Ferreira.

Leoncio Yoshio Yamaguchi e Rafaela de Cássia Alves, respectivamente, diretores da Amazon Export (empresa de pescado) e da Petruz Fruity (empresa de açaí), também estão dispostos a levar seus produtos 100% paraenses ao Canadá. "É uma nova porta que se abre para nós. A porta de um novo País'', disse Yoshio.

"Esse incentivo do Governo do Estado é essencial. A Petruz já tem uma caminhada como exportadora, ainda assim, esse diálogo, esse apoio é importante. Essas ações facilitam nossa trajetória, a gente sabe muito pouco ainda sobre o mercado internacional e essa ajuda é ótima. Queremos ir ao Canadá'', concluiu Rafaela Alves.