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Sespa faz levantamento entomológico preventivo contra a leishmaniose, em Breves

Município marajoara não registra caso da doença desde o ano de 2019, e trabalho é estritamente de prevenção

Por Melina Marcelino (SESPA)
28/05/2021 16h30

Equipe de Entomologia do Departamento de Endemias põe armadilhas para captura de eventuais insetos transmissores da leishmanioseA equipe estadual de Entomologia do Departamento de Endemias da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) executou em Breves, no arquipélago do Marajó, um levantamento entomológico para a captura de insetos transmissores da leishmaniose visceral. A ação começou no dia 19 de maio e terminou nesta sexta-feira (28). Nenhum caso da doença foi registrado no município de Breves em 2019, em 2020, e até o momento, em 2021, mas a Sespa monitora a região de Breves, considerada uma região endêmica. 

A leishmaniose visceral é transmitida pela picada da  fêmea do mosquito-palha (Lutzomya longipalpis) quando esta pica cães infectados e, posteriormente, pica humanos. Esse tipo de leishmaniose afeta os órgãos internos, geralmente baço, fígado e medula óssea. Os sintomas podem incluir febre, perda de peso e inchaço do baço ou fígado. Existem medicamentos para eliminar os parasitas. Se não forem tratados, os casos graves costumam ser fatais.

Segundo a Coordenadora de Entomologia da Sespa, Bárbara Almeida, a realização de um levantamento e coleta de amostras para verificar a presença deste vetor no município é imprescindível para prevenção da doença além de dar suporte e subsidiar a tomada de decisões da prefeitura municipal, que atua diretamente com o agravo.

“No programa de controle da leishmaniose visceral a vigilância entomológica se destaca pela importância em comprovar a presença ou ausência do vetor no município, estabelecendo assim um indicador primário do risco de transmissão da doença. Além disso, detecta o índice de infestação desse vetor no ambiente domiciliar e a sua distribuição especial nas localidades estudadas, classificando a área como endêmica e oportunizando o direcionamento das ações de controle.”

A metodologia de captura é realizada através de colocação de armadilhas intradomicílio e no peridomicílio às 18h e retirada às 6h da manhã em pontos estratégicos da cidade, seja na zona urbana ou rural. 

Em seguida, os insetos capturados são analisados nos laboratório de entomologia em Belém para identificar quais as espécies existentes no município e os responsáveis na transmissão da doença. Além de detectar qual vetor predominante naquela área (afinal há várias espécies de insetos) e isso gera um relatório técnico, enviado para a coordenação de Leishmaniose Estadual e para o município, o que irá embasar medidas de enfrentamento e combate que devem ser feitas pelos entes públicos municipais. A função da Sespa, nesse caso, é monitorar, supervisionar e oferecer apoio técnico ao município.