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CRIANÇA FELIZ

Profissionais do Pará e Tocantins debatem cuidados para a primeira infância

Por Redação - Agência PA (SECOM)
13/02/2017 00h00

Com a participação de técnicos de secretarias estaduais dos estados do Pará e Tocantins começou nesta segunda-feira (13), em Belém, a capacitação para Multiplicadores do Programa Criança Feliz, promovida pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA) e pela Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster). A capacitação terá como base o manual “Cuidados para o Desenvolvimento da Criança”, que descreve o método elaborado pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para multiplicadores de conhecimentos voltados para a primeira infância em todo o planeta.

Entre os 144 municípios paraenses, 89 já aderiram ao Programa Criança Feliz, instituído pelo governo federal no final do ano passado com o objetivo de fortalecer as políticas públicas para a primeira infância e promover o desenvolvimento infantil. Serão priorizadas gestantes e crianças de até 3 anos de idade, beneficiárias do Programa Bolsa Família, e crianças de até 6 anos que recebem o Benefício de Prestação Continuada.

A programação, realizada durante 10 dias, terá aulas teóricas e práticas, além de visitas a Centros de Referência de Assistência Social (Cras), creches e unidades de saúde, para aplicação dos conhecimentos adquiridos. “Durante essa formação vamos repassar as orientações sobre os cuidados para o desenvolvimento da criança. Esse curso é fundamental para que os técnicos estaduais possam trabalhar com os visitadores e supervisores no município, para que se concretize a questão da visitação, que é o ponto-chave da metodologia desse programa. Vamos trabalhar para que essas pessoas, quando saírem daqui, tenham o máximo de potencial para fazer isso de forma bastante exitosa, ajustando a metodologia à realidade de cada município”, explicou a instrutora do curso, Carmen Brito, do Instituto Alfa e Beto.

Competências fundamentais - “A primeira infância é que vai dar toda a prerrogativa para uma área educacional saudável. É no início da vida, quando o cérebro está se formando, que a criança desenvolve a maior parte das competências fundamentais. Uma criança pobre acompanhada e estimulada da maneira correta chegará à idade escolar mais preparada, com melhores condições para apreender e sair da situação de vulnerabilidade social. Então, esse programa tem, sim, uma capacidade muito importante de reflexão”, destacou a titular da Seaster, Ana Cunha.

Segundo a representante do MDSA, Luana Nunes, o diferencial do programa é a intersetorialidade. “O foco é acompanhar essa criança de forma articulada com as políticas de saúde, assistência social, educação, direitos humanos e cultura, de modo que possamos estimular essa criança nos primeiros anos de vida”, reiterou.

O médico Hélio Franco, assessor da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), destacou a importância de políticas públicas voltadas para a primeira infância. “Temos um alto número de mortalidade infantil relacionada à prematuridade. Outra questão é a insegurança alimentar em que essas crianças estão inseridas. Trabalhar de forma intersetorial é fundamental para cuidarmos efetivamente da criança”, ressaltou.

“A nossa expectativa para esse curso é grande, porque o conhecimento que vamos adquirir aqui é que vai chegar aos nossos usuários. Estamos aqui para aprender e tirar dúvidas sobre a metodologia do programa, para podermos implantar de forma efetiva no nosso estado”, disse Lorrany Burjack, representante da Secretaria de Assistência Social do Tocantins.