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Meio Ambiente: Seduc firma parceria com cooperativas de materiais recicláveis

O acordo visa implementar ações de coleta seletiva nas escolas da rede estadual, em diversos municípios paraenses.

Por Governo do Pará (SECOM)
21/06/2021 12h21

Desde 1974, o Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado em 5 de junho. A data tem como objetivo, incentivar entidades governamentais, instituições privadas, personalidades dos mais diversos segmentos e membros da sociedade civil organizada, a concentrarem seus esforços em ações que estimulem cada vez mais a preservação ambiental.

Neste sentido, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), promoveu, na última sexta-feira (18), o 1º Encontro com as Associações e Cooperativas de Catadores de Materiais Recicláveis e Reaproveitáveis. Durante a reunião, foi celebrado a adesão ao Procedimento de Manifestação de Interesse Social (PMIS), entre a Seduc e as organizações não-governamentais.

De acordo com o levantamento da Coordenadoria de Ações Educacionais Complementares (Caec), mensalmente, só no prédio-sede da Seduc, é recolhido cerca de uma tonelada de materiais recicláveis como, papel, papelão e plástico, que são destinados à Cooperativa de Trabalho dos Profissionais do Aurá (Cootpa). Além de garantirem uma oportunidade de emprego, os profissionais que atuam nessa iniciativa, geram renda para a subsistência das suas famílias. Vale ressaltar que, essa ação, é realizada desde 2011, de maneira piloto nas escolas e, neste último encontro, foi devidamente oficializada a ampliação do projeto de coleta seletiva para as escolas públicas estaduais.

A coordenadora da Caec, Giovana Costa, fala da importância do momento.Segundo a coordenadora da Caec, Giovana Costa, este é um momento muito importante para a Seduc, pois o engajamento das Unidades Seduc nas Escolas (USEs), localizadas na Região Metropolitana de Belém e também das Unidades Regionais de Educação (UREs), situadas no interior do estado, evidencia a vontade de propagar ações de sustentabilidade dentro das escolas estaduais do Pará. Por fim, a dirigente enfatiza que não há como falar de educação e deixar de fora a preservação ambiental.

“Esta parceria é muito salutar para ambas as partes, pois é uma ação de longo prazo. A gente espera que com essa iniciativa, possamos ver, daqui a dez anos, outra realidade; com menos resíduos, mais conscientização e podendo celebrar os resultados de todo o trabalho desempenhado. Espero que esta ação possa ser ampliada para todas as demais escolas da rede estadual e também, nos espaços de aprendizagem das demais redes de ensino”, pontuou Giovana Costa.

O reaproveitamento e a destinação correta do lixo orgânico, também pode significar uma esperança para a questão dos resíduos sólidos. Com a reciclagem, aumenta a perspectiva financeira das entidades que trabalham nesse público-alvo e com os materiais orgânicos, a expansão tem ocorrido de maneira célere e efetiva, como explica o embaixador do Instituto Lixo Zero no Pará, Heber Cavalheiro.

“Nesta ação, todos são beneficiados. A cidade, os catadores, a própria instituição que vai dar uma destinação correta aos materiais, entre outros. O lixo orgânico, por exemplo, tem como ser reaproveitado e virar biofertilizante que, além de ser sustentável, é menos agressivo ao meio ambiente. Por fim, só tenho a agradecer o convite da Seduc e espero que essa parceria seja ampliada para outras associações de catadores; aquelas que querem o melhor para o nosso estado”, disse o representante. 

O analista da Organização de Cooperativas Brasileiras no Pará, Edilson Oliveira, destacou que, “esse encontro tem um olhar muito positivo, pois mostra que estamos nos adaptando aos diversos setores, como a educação, a formação e a informação.  No momento em que um órgão do Governo do Estado está buscando parceria com as cooperativas, é uma forma de legitimar e dar a devida importância que elas têm na geração de emprego e renda. Não podemos ver a educação propriamente dita, sem a conscientização ambiental, muito menos sem nos preocuparmos com o meio ambiente e o futuro. Estamos aumentando o leque de oportunidades junto ao comércio, diminuindo o gargalo do lixo e beneficiando diretamente os catadores de lixo, profissionais estes, que têm a habilidade de separar os materiais recicláveis”.

Fagner Feitosa, também participou do encontro.O consultor jurídico da Seduc, Fagner Feitosa, ressaltou que atualmente, no Brasil, há cerca de 330 mil trabalhadores nesse segmento sustentável e com potencial de ser duplicado brevemente. O servidor ainda frisou que, a partir desse chamamento das instituições, houve uma multiplicação nas parcerias que a secretaria tinha com esses entes sociais. Anteriormente à esse momento, a coleta seletiva só ocorria no prédio-sede da Seduc e agora, será ampliada para as escolas da Região Metropolitana de Belém e de outras localidades do estado.

“A interação dos nossos gestores de USEs e UREs, juntamente com as associações e cooperativas de materiais recicláveis, ligam dois elos de uma cadeia, que vai começar a funcionar trazendo resultados positivos para o meio ambiente, para as famílias envolvidas na questão da empregabilidade e, também, para o Governo do Estado, através da Seduc, que está cumprindo brilhantemente esse papel de levar a educação ambiental e praticá-la nas escolas”, afirmou Fagner Feitosa.

Texto: Vinícius Leal, com a colaboração de Wavá Bandeira (Ascom/Seduc).