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SAÚDE PÚBLICA

No 'Setembro Amarelo', Hospital Metropolitano promove debate sobre prevenção ao suicídio

A programação inclui rodas de conversa, com orientações de médicos e psicólogos da unidade

Por Governo do Pará (SECOM)
14/09/2021 22h47

Como parte da mobilização nacional de prevenção ao suicídio, nesta semana o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua (Região Metropolitana de Belém), preparou uma programação para inserir na campanha funcionários, pacientes e acompanhantes. Com o tema “Setembro Amarelo – Mês de Valorização à Vida!”, o objetivo é reunir todos no debate sobre o suicídio, a fim de conscientizar para a importância da vida. Os médicos e psicólogos abordam sinais que podem levar a pessoa a atentar contra a própria vida, além de informar sobre como ajudar e buscar apoio psicológico.

Hospital Metropolitano adere às ações do 'Setembro Amarelo'As palestras foram organizadas pela equipe do Setor Psicossocial do HMUE, e serão realizadas entre os dias 15 e 17 de setembro, pela manhã e à tarde. De acordo com a coordenadora do Setor, Jucielem Farias, o assunto deve ser mais debatido pela sociedade. “Nosso principal objetivo é ampliar a discussão sobre a prevenção do suicídio e sensibilizar as pessoas para falar sobre o assunto, porque quanto mais esse tema circular, mais as pessoas que precisam de ajuda vão conseguir acessar os serviços de apoio”, informou.

Preconceito - De acordo com a psicóloga Jéssica Leonardo, a depressão ainda envolve muito preconceito. "Quando falamos de depressão, por exemplo, ainda é um grande tabu no meio da população. O que essas pessoas não entendem é que, geralmente, a depressão vem acompanhada do suicídio”, alertou.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. E entre os transtornos, em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.

A situação se agravou durante a pandemia de Covid-19, principalmente entre os jovens. Ainda de acordo com a OMS, 39% das pessoas entre 18 e 24 anos estão com a saúde mental ruim por conta da crise sanitária mundial.Ouvir, acolher e estar atento aos sinais ajudam a evitar casos de suicídio

Atenção aos sinais - A psicóloga Jéssica Leonardo faz um alerta para os possíveis sinais da depressão que podem levar ao suicídio. São eles: sem autocuidado, desânimo, falta de apetite e isolamento; automutilação; mudanças repentinas de comportamento; expressões de ideias e intenções suicidas ficam frequentes, como “vou desaparecer”, “queria dormir e não acordar mais”; oscilação de humor; sono excessivo ou insônia; insinuação de cansaço com a própria vida. A pessoa não faz planos e perde o interesse em atividades que gostava.

A psicóloga ressaltou que, ao perceber um desses sintomas, é preciso ligar para o Centro de Valorização da Vida (CVV). “Os voluntários do CVV doam seu tempo e sua atenção para quem deseja conversar com outra pessoa de forma anônima e sigilosa. Esse canal tem ajudado muitas pessoas com problemas de depressão”, informou. O número do CVV é 188.

Texto: Diego Monteiro – Ascom/HMUE