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'QUATRO OPERAÇÕES'

Olimpíada de Matemática incentiva a aprendizagem de socioeducandos

De forma lúdica, a Olimpíada leva números, sinais e cálculos para a vida dos jovens, que usam o conhecimento para redirecionar seus horizontes

Por Governo do Pará (SECOM)
17/09/2021 23h44

Emoção de mãe e filho após a entrega da medalha, que reconhece o empenho dos socioeducandos e a eficiência da Olimpíada de MatemáticaPara muitos, aprender matemática pode ser um processo bem difícil, mais ainda quando as dificuldades estão relacionadas à evasão escolar e à baixa escolaridade. Em parceria com a Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (Fasepa), equipes pedagógicas da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) vêm mudando essa realidade no ensino regular dentro das unidades socioeducativas do Estado, realizando a Olimpíada de Matemática. Nesta sexta-feira (17) foi encerrada a primeira etapa do Projeto “As Quatro Operações Básicas na Socioeducação”, no Centro de Internação Masculino (Ciam). Iniciada no último dia 14, a Olimpíada teve a participação de sete adolescentes da internação provisória.

O objetivo do projeto é realizar atividades para estimular o raciocínio lógico e exercitar as quatro operações matemáticas, levando os socioeducandos a aprender por meio de uma metodologia mais lúdica. No final das etapas, os alunos receberam certificados de conclusão e medalhas das classificações em 1º, 2º e 3º lugar.Orgulho para a família; satisfação própria de vencer desafios: Olimpíada entrega certificados, medalhas e perspectivas de vida

Lilian Mello, gestora do Ciam, explicou que o projeto foi feito com a colaboração de profissionais de diversas áreas. “Foi utilizada a multidisciplinaridade e instrumentos dinâmicos para explorar e atrair o interesse pelas operações matemáticas. Esse trabalho resulta na aceitabilidade do método de ensino lúdico, fortalecendo a sociabilidade com toda a comunidade socioeducativa”, informou.

O projeto foi idealizado pelo professor Carlos Freitas, da Seduc, e executado por professores que atuam na Escola Estadual de Ensino Fundamental Professor Antonio Carlos Gomes da Costa, dentro das unidades socioeducativas. Ele explicou que um dos objetivos foi redirecionar a relação do aluno ao ensino da tabuada, usando estratégias lúdicas. “Tivemos bingo da multiplicação, dominó da multiplicação, jogo da velha da multiplicação e trilha da matemática, visando facilitar o processo de aprendizagem”, explicou Carlos Freitas.

Para Idena Santos, técnica da Seduc, o projeto agrega muito ao processo da socioeducação, pois “se desenvolveu o raciocínio lógico, a memorização e a concentração, além do aprendizado da matemática, que contribui de forma significativa para a ressocialização do aluno”.

Reflexão - Um socioeducando de 17 anos, que está há 23 dias na internação provisória, disse que já está sentindo a diferença no aprendizado. “Eu não conhecia muita matemática assim. Nós conseguimos, com essa atividade de matemática, colocar na cabeça, botar o cérebro pra funcionar. Refleti muito. Quero sair daqui, e vou voltar a estudar, vou trabalhar, não quero mais essa vida errada”, afirmou o jovem, um dos finalistas da Olimpíada.A convivência familiar é fator fundamental para incentivar o aprendizado no ambiente da socioeducação

A mãe de outro finalista agradeceu pela iniciativa, que proporcionou um novo momento de aprendizagem na vida do filho, que antes não demonstrava interesse pelos estudos. “Eu acho que vai ser muito bom para ele. Já está sendo, e vai contribuir para muita coisa na vida dele”, disse ela.

A iniciativa vem sendo realizada em outras unidades, com a parceria das equipes pedagógicas da Fasepa. A gestora da Unidade de Atendimento Socioeducativo (Uase) 1 Ananindeua, Jorgete Figueiredo, avaliou os benefícios da experiência com os adolescentes que cumprem medida de internação no município, realizada no final de julho. “O impacto dessa atividade, que durou um mês, foi muito positivo, pois adolescentes que tinham grandes dificuldades de aprendizagem em matemática puderam exercitar e expandir seus conhecimentos e horizontes”, ressaltou.

Texto: Franklin Salvador- Ascom/Fasepa