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Batalhão Ambiental e Semas atuam no cuidado e preservação de animais silvestres

Animais encontrados em residências, muitas vezes machucados, são resgatados e encaminhados para instituições como o Mangal das Garças

Por Carol Menezes (SECOM)
22/09/2021 21h37

Mangal das Garças é um dos espaços de tratamento e reabilitação de animais na área urbana de BelémNo dia 22 de setembro é celebrado o Dia Mundial da Fauna, data para promover a conscientização sobre a importância da preservação e proteção do bem-estar dos animais, incluindo as espécies silvestres, que muitas vezes não devem estar em contato com humanos. No entanto, uma situação que muitos paraenses já vivenciaram, é encontrar algum desses animais dentro de suas casas. 

O Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA), subordinado ao Comando de Policiamento Ambiental (CPA), tem a missão de garantir o policiamento ambiental preventivo e trabalhar de forma integrada com outros órgãos da área. A unidade atua em todo o Pará.

Em 2020 foram registrados 1,1 mil animais resgatados, dos quais 399 foram entregues voluntariamente e 143 foram apreendidos. Neste ano, as principais denúncias recebidas pela unidade foram perturbação de sossego, captura e resgate de animais, descarte irregular de lixo e maus-tratos de animais.Sede do Batalhão de Policiamento Ambiental, órgão que atua na preservação ambiental e no resgate de animais

Há relatos de animais mais comuns encontrados dentro de casa, e até de outros mais perigosos, como cobras. Em todos esses casos é importante não fazer atacar o animal e tomar cuidados - daí a importância do serviço de resgate de animais do BPA.

"Moro no conjunto Guajará I, próximo de uma área de mata, e por duas vezes acionei o resgate, sendo muito bem atendida. A primeira vez foi com uma cobra de mais de um metro. Tiveram o maior zelo no trabalho. Há pouco tempo uma garça estava procurando alimento perto da minha residência, e eles também resgataram. Gostei muito do cuidado na hora de levar o animal", conta a aposentada Josy Picanço, que precisou do apoio do Batalhão.

Encaminhamento - Depois de resgatados, os animais em bom estado de saúde são devolvidos à natureza. Já nos casos de animais que estejam machucados e precisem de tratamento, o BPA notifica a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), que atua como órgão mediador no encaminhamento dos animais. 

Sucuri resgatada por agentes do Batalhão AmbientalA Secretaria direciona o animal para a instituição, que pode acolhê-lo após o período de quarentena. Após esse acolhimento, caso o animal não possa fazer parte da coleção viva das instituições, é colocado à disposição do órgão que detém o poder de destinação. O Parque Zoobotânico Mangal das Garças é uma das instituições parceiras que garante acolhimento e suporte veterinário integral aos animais.

Comandante do BPA, o major Jeremias Moura informa que, na maioria das vezes, os resgatados têm algum machucado que exige cuidado. "Quando tem alguma espécie de trauma, a Semas direciona o animal ao veterinário, Museu, Bosque, onde houver equipe melhor qualificada para atendimento", detalha o major.

O BPA também apreende animais vendidos ilegalmente ou que sofrem maus-tratos. "O ideal é nunca tentar fazer o resgate sem o suporte do BPA, para evitar se machucar e machucar o próprio animal", recomenda o comandante. As solicitações podem ser feitas pelos números 190 e 181.

Confiança - Houve aumento no número de resgates e entregas entre 2020 e 2021, fato que o major credita à confiança da população na corporação. "Também aumentou o número de operações, e integradas com a Semas e Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal (Demapa)", acrescenta.Papagaio no Mangal das Garças

Basílio Guerreiro, biólogo do Mangal das Garças, conta que "a grande maioria chega aqui pelo BPA ou pela Semas. Eles são acolhidos pela equipe de veterinários. Fazemos exames físicos, clínicos e os devidos cuidados - quarentena, reabilitação e destinação. O Mangal desempenha um papel de extrema importância nesse sentido, porque estão em estado avançado de fratura ou necrose e outras doenças. Os que sobrevivem ficam por aqui por não terem condições de voltar à natureza. Há o péssimo hábito de pessoas que mantêm animais silvestres e depois que cansam, ou não têm como cuidar, doam. Esse animal também não pode voltar à natureza, porque não tem mais como se cuidar ou buscar alimentos, daí a importância do Mangal em simular esse ambiente natural ao animal".