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Alunos da rede estadual conquistam medalhas de ouro e bronze na Olimpíada Brasileira de Astronomia

O êxito foi de estudantes da Escola Estadual Dom Aristides Pirovano, em Marituba, que alcançaram o 1º e o 3º lugar na competição

Por Governo do Pará (SECOM)
26/11/2021 20h16

Participantes dos eventos que incentivam a iniciação científicaEstudantes da rede de ensino estadual do Pará voltaram a ser destaque em competições de nível nacional. Quatro alunos da Escola Estadual Dom Aristides Pirovano, em Marituba, na Região Metropolitana de Belém, foram premiados na 15ª Mostra Brasileira de Foguetes (MobFog), evento científico que ocorreu paralelamente à 24ª Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA).

A estudante Karla Letícia Frazão conquistou a medalha de ouro no torneio escolar, enquanto seus colegas de classe, Arielson Batista, Isabelle de Melo e Gabriel Falcão, alcançaram o bronze. A divulgação do resultado final ocorreu no dia 30 de julho deste ano, mas a cerimônia de condecoração dos ganhadores foi realizada na quinta-feira (25), próximo à unidade escolar.

De acordo com a secretária de Estado de Educação, Elieth de Fátima Braga, “a iniciação científica destes alunos, por meio dessas atividades pedagógicas, estimula a criatividade e valoriza a ciência. Agradeço pelo empenho de todo o corpo técnico, docente e a todos aqueles que fazem a Escola Estadual Dom Aristides Pirovano. Muito orgulho dos nossos alunos que, mais uma vez, fizeram com que a escola pública paraense fosse destaque nacional”.

O diretor da escola, Paulo Silva, disse que o projeto apresentado no Rio de Janeiro já era desenvolvido pela instituição, e enfatizou a importância dessa iniciativa para agregar conhecimento aos alunos e, por consequência, incentivar o estudo da astronomia.

“O projeto é de extrema importância para os nossos alunos, pois motiva que eles busquem o conhecimento astronáutico e científico. Além disso, a iniciativa fomenta o desenvolvimento de outras disciplinas necessárias ao processo de ensino-aprendizagem, para que eles possam adquirir mais experiências e estejam aptos a participar de outros campeonatos e olimpíadas em todo o País”, reiterou o diretor.

Execução - Para a construção dos foguetes, os alunos utilizaram garrafas PET, pasta transparente, fita adesiva, cano de PVC, fio de nylon, pregos, bicarbonato de sódio, vinagre e balão. Toda a execução dos experimentos pelos estudantes contou com a supervisão das professoras Meriluce Siqueira e Úrsula Lira, responsáveis por colocar em prática as atividades pedagógicas.

Depois de montado, a partir dos objetos mencionados anteriormente, um balão com vinagre foi amarrado ao foguete. Em seguida, houve a interação com o bicarbonato de sódio, e os estudantes acoplaram o experimento à base. Após solto, um prego furou o balão com as substâncias já utilizadas, causando a reação química necessária para que a pressão dentro do foguete o fizesse voar.

Segundo a professora Meriluce Siqueira, apesar das adversidades do cenário pandêmico, os alunos abraçaram a ideia e se esforçaram para executar os projetos experimentais. “A gente levou algumas semanas para reunir os alunos aqui na escola. Em seguida, lançamos o foguete em um campo de futebol, por ser o espaço apropriado para esse tipo de atividade, e tudo isso foi muito importante, porque os alunos se preocuparam com a sua segurança e se esforçaram bastante para colocar em prática o projeto. Essa iniciativa deu tão certo que todos fizeram questão de participar da prova on-line e também do lançamento virtual do foguete, o que foi motivo de alegria”, frisou a educadora.Estudante mostra orgulhosa a conquista

A estudante do 2º ano do ensino médio Karla Siqueira, 18 anos, foi medalhista de ouro na competição, e ressaltou sua satisfação em ter participado da MobFog. Ela afirmou, ainda, que a experiência foi fantástica, e que ficou lisonjeada em alcançar a mais alta premiação.

“Foi muito bom participar do torneio. Tudo isso é uma experiência nova para mim. Gostei muito da área, é bem interessante, e fico grata por ter recebido a medalha de ouro. O lançamento do foguete foi bem legal e, desde o início, tivemos aulas práticas em sala de aula, com a supervisão das nossas professoras, e estou muito feliz de ter participado desse projeto”, garantiu.

OBA e MobFog - A Olimpíada Brasileira de Astronomia, que ocorre desde 1998, é considerada o maior torneio científico do Brasil. Durante sua realização, uma prova escrita é aplicada entre os competidores, com o objetivo de testar seus conhecimentos acerca do assunto. Já na Mostra Brasileira de Foguetes, o que antes eram só projetos são colocados em prática.

O evento é promovido anualmente pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB), e reúne diversos estudantes do ensino fundamental e médio de todo o País. As inscrições para participação nas competições ocorreram no início de maio, mas os estudantes tiveram até o dia 28 do mês para lançar o foguete na 15ª Mostra Brasileira de Foguetes.

Texto: Vinícius Leal, com a colaboração de Marx Vasconcelos - Ascom/Seduc