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TURISMO E ECONOMIA

Segundo dia da FITA debate capacitação, tecnologias e descentralização

Também houve palestra-show de Anderson Dias, que entrou para o Guiness Book por ser o homem mais rápido a visitar todos os países

Por Governo do Pará (SECOM)
27/11/2021 08h35

A Feira Internacional de Turismo da Amazônia (FITA) foi marcada, na sexta-feira (26), pelo início da programação técnica, com painéis de debates sobre o turismo na Amazônia e no cenário mundial, além de palestra-show e apresentação musical.

Uma das abordagens do dia foi o tema Políticas Públicas – Turismo, Cenários e Oportunidades. No debate, representantes do setor falaram sobre a importância do fomento e implementação de recursos para sustentação do turismo na região. O deputado federal Otávio Leite, que participou do painel de forma remota, abordou programas criados pelo governo federal para sustentar o setor em momentos de crise, principalmente durante a pandemia de Covid-19, como a Fungetur - linha de crédito para capital de giro destinada às empresas do setor do turismo, e o Programa “Não cancele, remarque”, que orienta os turistas sobre a importância de não cancelar, apenas adiar, as viagens e pacotes turísticos durante a pandemia.Debates sobre aspectos essenciais para a retomada do setor dominaram o segundo dia do evento

“Nós passamos por um dos piores momentos do mundo. O setor, mais do que qualquer outro, agora começa a respirar. Esses programas e os incentivos foram fundamentais para manter o empreendedor, principalmente o período”, afirmou Otávio Leite.

Outro assunto apresentado foi a nova forma de se produzir o turismo de experiência em todo o Estado, destacando a atenção aos municípios para fazer a distribuição correta de recursos e capacitação, a fim de aumentar a competitividade. “O estado não pode estar consolidado e os municípios em frangalhos. A pandemia nos ensinou que ela chegou pra todo mundo! Nós aprendemos a valorizar a criatividade e a reinvenção do setor. O turismo não pode ser mais o de prateleira. Temos que andar de mãos dadas com os municípios”, completou Fabrício Amaral, presidente da Goiás Turismo e presidente do Fornatur - Fórum Nacional de Dirigentes de Turismo.O secretário de Turismo do Pará, André Dias (d), com participantes da Feira Internacional

Tecnologias - A implementação das tecnologias digitais também entrou na pauta de análise, destacando a conectividade que traz interação e distribui o turismo pelas regiões. O secretário de Estado de Turismo, André Dias, explicou que uma governança forte é aquela que se preocupa também com o desenvolvimento dos municípios. “É impossível nos dias atuais pensar em turismo e não incluir o digital. Nós precisamos traçar políticas públicas e investimentos para que o retorno chegue a quem está na ponta da cadeia do turismo. É preciso que o digital faça parte da experiência turística, e que seja a realidade em todas as regiões”, afirmou André Dias.

Uma das maiores dificuldades atuais para alçar investimentos e traçar políticas públicas para o setor turístico é a falta de pesquisas e dados precisos. Não há dados concretos ou pesquisas para amparar o emprego de recursos financeiros de forma assertiva. “Não temos uma mecânica para contextualizar ou mensurar como e onde aplicar os recursos, ou de que forma. Não temos pesquisas pra isso ainda. É preciso investir em pesquisa. Um dos poucos dados que temos, e que eu posso apresentar, é da FGV (Fundação Getúlio Vargas). A cada R$ 1,00 investido no setor, R$ 17,00 retornam para a economia. Por isso sabemos que vale a pena investir no setor”, ressaltou Otávio Leite.

Capacitação - Ainda foram discutidos os meios de investimentos do Fungetur e a complexidade sobre a geração de ICMS produzido pela cadeia turística, além da diminuição de custos fixos dos empreendedores e a importância de capacitar os gerenciadores de turismo. “Temos mais de 64 cursos gratuitos na plataforma do governo com diversas abordagens, como marketing digital e línguas estrangeiras. Além disso, capacitar aquele pequeno empreendedor que está na ponta é o grande desafio. Levar até ele a importância de melhorar o seu negócio”, disse Fábio Pinheiro, secretário Nacional de Desenvolvimento e Competitividade do Turismo do Ministério do Turismo.

Já no segundo painel do dia foram discutidos os desafios e as oportunidades da gestão descentralizada do turismo. A discussão girou em torno da integração entre municípios para propor uma distribuição econômica de atrativos que sejam fomentados de forma igualitária. A proposta é que todos os municípios possam crescer juntos, permitindo que o turista possa experimentar de forma diversificada o turismo de experiência.

Descentralização - O secretário municipal de Turismo de Parauapebas, Rodrigo Motta, informou que a região de Carajás é rica. Parauapebas é conhecida pelos seus atrativos.

O palestrante Mario Nascimento, do Rio Grande do Sul, membro da Confederação Nacional de Municípios, disse que para isso ocorrer é necessário descentralizar o turismo. “Nós precisamos entender que cada cidade tem algo a apresentar e atrair turistas, assim como o turismo é incentivado nos grandes centros. É necessário fazer também no interior; dar a opção de experiência turística diversificada. Isso é um desafio”, completou.

Como parte da programação da FITA, o convidado para a palestra-show da tarde de sexta-feira foi o empreendedor digital Anderson Dias. O pernambucano é o ser humano que mais rapidamente visitou todos os países do planeta. Ele representou o Brasil e foi parar no Guiness Book com o novo recorde. Anderson falou um pouco de sua trajetória e de como o meio digital foi importante para realizar o seu sonho. “Eu tinha um sonho, olhei para o cara que era minha inspiração e pensei: se ele pode, eu também posso! Vendi tudo o que tinha e acreditei em mim acima de tudo”, relatou.

A noite de evento foi encerrada com a apresentação da cantora Lia Sophia, no Teatro Maria Sylvia Nunes. A FITA prossegue até domingo (28), com programação das 09 às 21 h, na Estação das Docas, em Belém.

Texto: Ascom/Setur