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CULTURA DA PAZ

Empreendedorismo feminino é instrumento de autonomia financeira

Secretarias de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) e de Ciência e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet) desenvolvem projetos para as mulheres 

Por Dayane Baía (ARCON)
30/11/2021 12h42

Os "16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres" mobiliza diversos países e ocorre no Brasil desde 2003. A campanha, que iniciou em 25 de novembro, no Dia Internacional da Não Violência contra as Mulheres, Dia Estadual de Mobilização pelo Fim da Violência contra a Mulher, seguirá até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

O ciclo de violência contra as mulheres encontra na dependência financeira um aliado. Por isso, iniciativas que estimulem a autonomia das chefes de família podem auxiliar na saída da situação de vulnerabilidade, entre outros aspectos. 

No Pará, a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) e a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet) desenvolvem projetos que fortalecem as mulheres. 

Márcia Jorge, titular da Coordenadoria de Integração de Políticas para as Mulheres da Sejudh, afirma que o Projeto Girândola, por exemplo, trabalha a autonomia econômica das mulheres, dentro de uma metodologia de acolhimento, desde o acompanhamento psicossocial, com aplicação de teste vocacional. As usuárias passam por oficinas e cursos que estimulem a vocação individual.

A abrangência do projeto inclui Ananindeua, Castanhal, Bragança e Breves. “Em Breves, estamos em fase de conclusão do projeto, já temos alguns resultados muito importantes, tanto da saída da mulher do campo da dependência financeira e afetiva, melhora da saúde mental e autoestima e a captação de recurso por meio desta iniciativa. A partir daí ela pode fazer as suas vendas, trabalhando também a questão da economia solidária, já tivemos vários depoimentos de mulheres que mudaram suas vidas através do projeto”, cita Márcia.

Suzana Fênix foi atendida no Projeto Girândola e diz que a iniciativa mudou a sua vida. “Eu estava em uma situação muito delicada. Devido à pandemia, perdi meu emprego e através do curso de panificação, logo em seguida o financiamento do Banpará (Banco do Estado do Pará) eu pude investir, graças a Deus paguei minhas dívidas. Muitas amigas minhas que já não tinham mais esperança, sem saber o que fazer foram para lá e hoje elas estão trabalhando também.  Esse projeto mudou a nossa história, voltamos a sorrir, ele veio para levantar as nossas cabeças, foi lindo, agradeço muito o que o projeto Girândola me ofereceu”, afirma Suzana.

Empoderamento

O Projeto "Ela Pode" é baseado em uma metodologia criada pelo Instituto Rede Mulher Empreendedora, sob execução da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp) e financiado pela Sectet. A iniciativa é realizada no âmbito do Programa Territórios pela Paz (TerPaz) em sete bairros da região metropolitana de Belém.

“Entendemos que o Governo do Estado tem ferramentas fortes de comunicação, matérias, divulgações, meios de comunicação que podem fortalecer as ações do projeto. Temos o atendimento de 150 mulheres e entendemos que se tivermos uma divulgação mais intensa, mais mulheres serão alcançadas”, afirma a coordenadora do "Ela Pode", Helen Gonçalves.

Alessandra Lira, 31 anos, é moradora do bairro do Jurunas e participou do "Ela Pode". Até a pandemia ela trabalhava como decoradora de eventos infantis, atividade que foi bastante impactada pelas medidas restritivas. “Com a formação eu revi, me senti empoderada, para mudar de atuação e agora estou investindo no ramo da alimentação, com a produção de doces e geleias de frutas. Comecei anunciando entre amigos, vizinhos e aos poucos o negócio está expandindo”, comemora Alessandra.

Janaína Borghi, também coordenadora do projeto, falou sobre o apoio institucional do Banpará, voltado para as mulheres que passam pela formação. “Elas podem realizar seu cadastro junto ao Banpará para análise da concessão do microcrédito Empodera, voltado para mulheres que estão à frente de um negócio. Além disso o Banpará, participa de forma efetiva na formação destas mulheres com palestras onde é explicado a elas institucionalmente quais as linhas de micro créditos que estão disponíveis como o "Empodera", "Banpará Comunidade", afirmou Janaína.