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DIA DA SAÚDE E NUTRIÇÃO

Santa Casa garante grupos de alimentos saudáveis para pacientes

O setor de Nutrição do Hospital reúne os profissionais que avaliam o risco nutricional, a dieta, entre outros serviços

Por Governo do Pará (SECOM)
31/03/2022 15h38

A Santa Casa prima pela alimentação adequada para cada etapa da vida e estado de saúde dos pacientesDiariamente são servidos para os pacientes na Fundação Santa Casa, em média, 3.300 refeições, entre o café da manhã, lanches, almoço, jantar e a ceia. A dieta é prescrita por nutricionistas e atende às necessidades de cada paciente, com foco na recuperação da saúde, explica o nutricionista Sandro Amaral, referência técnica do setor de nutrição clínica do hospital.

O setor de nutrição reúne os profissionais responsáveis por realizar desde a avaliação do risco nutricional, a prescrição individualizada da dieta, até o acompanhamento no cumprimento de metas nutricionais e dos indicadores que demonstrem a efetividade e qualidade do atendimento nutricional.

“É fundamental a nutrição clínica no plano terapêutico do paciente, tendo como metas triar o risco para a desnutrição, estabelecer planos de cuidados nutricionais e prevenir a deterioração do estado nutricional com piora de prognóstico. O organismo nutrido apresenta resposta adequada à terapia medicamentosa instituída aos cuidados de enfermagem e estímulos fisioterápicos colaborando mais rapidamente com a recuperação da saúde”, explica o nutricionista.

O setor de nutrição do hospital é responsável pela prescrição individualizada da dieta dos pacientesEm busca do restabelecimento da saúde, está a gestante Alessandra Castro, de 24 anos, natural do município de São Miguel do Guamá, no nordeste do estado. Grávida de 35 semanas, há 10 dias, ela passou mal e foi transferida para a Santa Casa, onde permanece internada por conta de um quadro de hipertensão.

Além de medicamentos, o tratamento de Alessandra Castro passa essencialmente pelos cuidados com a alimentação, principalmente com a redução do sal, antes muito presente nas refeições que ela preparava em casa.

“Eu comia feijão com charque todos os dias e não me preocupava com a quantidade de sal. Mesmo no pré-natal, ninguém me orientou sobre a alimentação. Foi só aqui na Santa Casa que a nutricionista me falou sobre isso e está cuidando da minha alimentação para que eu consiga comer bem, porque ainda estranho muito a comida sem o sal”, afirma a paciente.

Alessandra Castro está grávida e precisou de internação, e tem alimentação prescrita por nutricionistasAlessandra está internada em uma das enfermarias de alto risco da maternidade da Santa Casa, onde uma equipe multiprofissional, que inclui nutricionistas, alia os cuidados com a alimentação a outras medidas terapêuticas estabelecidas para cada situação de saúde.

Além da maternidade, a nutrição clínica também está presente no ambulatório de pediatria, ambulatório de fissuras e anomalias craniofaciais, ambulatório de patologias hepáticas, nefropediatria, ambulatório de gestação de alto risco, diálise peritoneal e hemodiálise,  clínica médica, Utis, clínicas cirúrgicas pediátricas e adultos e na neonatologia, onde atua juntamente com a equipe de nutricionistas do Banco de Leite Humano, outro setor onde a alimentação é tratada com toda a atenção sempre em busca da promoção da saúde dos recém nascidos.

Equipe mantém cuidados diários com a alimentaçãoTodos os meses, cerca de 170 bebês passam por internações no setor de neonatologia da Santa Casa. Um dos desafios do Banco de Leite Humano da instituição é garantir que esses bebês, mesmo estando em tratamento, tenham desde o início acesso ao melhor alimento para o restabelecimento da sua saúde: o leite materno.

Para isso, a Santa Casa investe em campanhas para a captação de doadoras de leite humano e na orientação e acompanhamento das gestantes e puérperas (mulheres que acabaram de dar à luz) para que possam amamentar seus bebês assim que possível, garantindo a alimentação mais adequada para o início da vida.

A nutricionista do Banco de Leite, Vanda Marvão, reforça que é importante que esse cuidado comece inclusive antes do nascimento do bebê, ainda no pré-natal.

“Os cuidados com a alimentação devem começar com orientação da alimentação da gestante, de uma alimentação saudável para evitar complicações na gravidez como um parto prematuro, por exemplo. A gravidez e os dois primeiros anos de vida são fundamentais para o crescimento, desenvolvimento e para a saúde da criança a curto e a longo prazos. A fonte de nutrientes para garantir o crescimento e desenvolvimento do feto vem das reservas nutricionais da mãe e da ingestão alimentar do período gestacional. Ela deverá ser orientada, ainda no pré-natal também, sobre a importância do aleitamento materno para o seu bebê assim que ele nascer”, detalha a nutricionista.

A amamentação traz muitas vantagens para a saúde do bebê e da mãe. O leite materno é um alimento "in natura" considerado padrão ouro do ponto de vista nutricional. Entre os benefícios do leite materno para o recém-nascido, a nutricionista destaca os nutricionais, por oferecer todos os nutrientes necessários para esse ciclo de vida (até o sexto mês); os Imunológicos: por oferecer os fatores de proteção contra doenças, principalmente as do trato respiratório e gastrointestinal, prevenindo também as alergias e intolerâncias alimentares e os funcionais por ser facilmente digerido e absorvido de acordo com a maturidade digestiva do bebê.

O Ministério da Saúde, recomenda que a criança deve ser amamentada exclusivamente até os 6 meses de idade e de forma complementar, até 2 anos ou mais.

E a partir dos 6 meses e para o resto da vida, a alimentação saudável deve priorizar comida de verdade, com alimentos in natura ou minimamente processados, se evitando os ultraprocessados como refrigerantes e sucos industrializados, biscoitos, salgadinhos e carnes processadas; A Nutricionista Cileia Ozela, que é referência técnica da nutrição na área de produção da Santa Casa esclarece também que se alimentar bem e de forma saudável não está ligado à quantidade de comida ingerida, mas sim a variedade.

“É preciso consumir de forma balanceada alimentos como frutas, verduras, legumes, cereais, frutos secos, carnes, laticínios e frutos do mar. Isso porque devemos ingerir diariamente pelo menos uma porção de cada grupo de alimentos, dentre os três existentes, que são: construtores (proteínas), reguladores (vitaminas, fibras e minerais), e energéticos (carboidratos e lipídeos)”, afirma a nutricionista que esclarece quais os benefícios da alimentação para a saúde:

“A alimentação é parte fundamental para proporcionar equilíbrio ao corpo, diminuir os riscos de infecções ou inflamações, além de aumentar a imunidade e defesa do organismo. Associado a exercícios físicos, boas horas de sono e hidratação adequada, a consciência sobre o que você come pode proporcionar saúde e completo bem-estar físico, mental e emocional ao ser humano.

Deve-se ter em mente que o principal benefício de se adotar uma alimentação saudável é investir na saúde e gastar menos recursos com remédios, pois seu principal foco é a manutenção da saúde”, explica Ciléa.

Exemplos de grupos de alimentos que garantem uma alimentação saudável:

Construtores: Leite, ovos, queijo, carne, peixe, frango, soja, lentilha, ervilha, feijão;

Reguladores: Legumes, frutas, verduras;

Energéticos: Pão, macarrão, milho, arroz, batata, açúcares, farinhas, porém sem excessos ou exclusões.

*Texto de Etiene Andrade (Ascom Santa Casa)