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SAÚDE PÚBLICA

Obras da Casa da Gestante, na Santa Casa, entram na fase final

Espaço é essencial para o acolhimento de mulheres, e, de acordo com o hospital, 45% das pacientes vêm do interior

Por Samuel Mota (SANTA CASA)
20/05/2022 15h25

As obras em andamento na área centenária da Fundação Santa Casa do Pará seguem em ritmo intenso. Os serviços executados no antigo Pavilhão São José, onde funcionarão a nova Enfermaria São Roque e a Casa da Gestante apresentam percentual de execução de mais de 95%.

O espaço está sendo reconstruído no térreo do antigo pavilhão São José, bloco 39, e a Casa da Gestante é uma espécie de alojamento aconchegante e acolhedor para mães em tratamento na Santa Casa. O investimento é de 386 mil reais, segundo Marcelo Frota, gerente de infraestrutura da Santa Casa.

“A Casa da Gestante abrange uma área de aproximadamente 650 metros quadrados, divididos em quatro suites. Sala de estar, sala multiuso, estar família, redário, copa, área de serviço, varanda etc. Para receber com muito acolhimento dez mães. A fachada do prédio foi totalmente mantida e preservada, devido ao seu valor histórico. A obra se encontra com 98% de execução e com previsão para entrega no final deste mês de maio”, relata o engenheiro Marcelo.

A realização dessas obras é um desejo antigo tanto dos servidores quanto dos usuários que está sendo concretizado. A reconstrução obedece a todos os critérios de restauro, por ser um prédio histórico e centenário. As obras, que iniciaram em setembro de 2021, são uma das prioridades da gestão atual da Instituição.

Para a assistente social, Flaviana Barroso, que trabalha a 15 anos na Santa Casa, é importante ter um espaço de acolhimento para essa gestante que vem do interior do estado e não tem onde ficar em Belém. “A Santa Casa é a maior maternidade do norte do Brasil e recebemos usuários de todos os municípios do estado do Pará. E geralmente nós temos no atendimento algumas prioridades para algumas mulheres que precisam permanecer aqui em Belém e a maioria dos municípios não têm casa de apoio”.

“Muitas vezes algumas pacientes ficam internadas por conta de alguma patologia obstétrica, e acabam ficando o período de gestação internadas e muitas das vezes, nem tanto pelo caso clínico delas, mas pela questão social de não ter onde ficar. Por isso é fundamental ter esse espaço da Casa da Gestante porque vai poder acolher essa usuária e dar apoio a ela, nesse momento que ela precisa permanecer em Belém”, diz Flaviana.

A importância desse espaço foi criada justamente para dar essa retaguarda de atendimento a essas usuárias que vem do interior do estado e não tem apoio aqui em Belém. Flaviana relata que sempre tem essa demanda e o Serviço Social da Santa Casa é acionado para tentar garantir a permanência dessa grávida aqui em Belém e a gente tenta todas as estratégias possíveis: de contato com o município, mas muita das vezes não é possível, e aí o que acontece, a usuária acaba retornando para o município ou ocupando um leito na maternidade por um longo tempo.

Marília Gabriela, médica que gerencia a Tocoginecologia da maior maternidade da região Norte, fala que a Casa da Gestante é importante para a retaguarda de pacientes que precisam de uma atenção diária, mas sem necessidade de internação.

“Existem alguns critérios para essa paciente ser admitida na Casa da Gestante. Por exemplo: gestantes que têm dificuldades de deslocamento. moram longe e não tem nenhuma casa para ficar aqui em Belém e precisam de algum cuidado diário. Elas não precisam de medicamento injetável, não precisam estar com os cuidados vitais a todo momento, mas precisam de algum cuidado diário. Elas precisam de consulta pré-natal com mais frequência, algum problema social mesmo. Então vai precisar de um leito na Casa da Gestante até determinado dia, até o dia do parto ou até o bebê alcançar um peso X e a gente poder agendar o parto. Então ela vai ter uma data aproximada para deixar o local”, esclarece a médica.

Marília diz ainda que vai conseguir melhorar o giro de leito. Melhorar a assistência às usuárias que necessitem de um leito. Porque essas pacientes ficariam ocupando um leito muito tempo, por algumas semanas, e nesse período que elas deixam de ocupar esse leito a gente pode estar atendendo quatro, cinco e até  mais grávidas. Pacientes que giram o leito mais rápido, que entram para ganhar o bebê e deixam esse leito mais rápido e dão a vez para outra, assim sucessivamente.

Obras - As obras de restauração do pavilhão São José em que está a Casa da Gestante, na área centenária, ficam na esquina das travessas 14 de Março com Oliveira Belo. Toda a reconstrução é adequada às novas normas de vigilância. 

A realização dessas obras é um desejo antigo tanto dos servidores quanto dos usuários que está sendo concretizado. A reconstrução obedece a todos os critérios de restauro, por ser um prédio histórico e centenário. As obras, que iniciaram em setembro de 2021, são uma das prioridades da gestão atual da Instituição.