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SEGURANÇA PÚBLICA E CIDADANIA

Público infantojuvenil tem oficina de poesia na Usina da Paz do Bengui

Todas as segundas e quartas-feiras, a biblioteca do complexo no bairro oferta leitura de textos, filmes, entre outras ações

Por Raiana Coelho (FUNTELPA)
25/05/2022 15h45

Crianças e adolescentes do Bengui, em Belém, estão conhecendo mais do mundo literário através das oficinas de poesia realizadas todas as segundas e quartas-feiras, na biblioteca infantil da Usina da Paz localizada no bairro. Na dinâmica é desenvolvido um trabalho de leitura de textos, exibição de pequenos documentários, de obras da literatura tanto regional – de expressão amazônica, afro-indígena e afro-ribeirinha – quanto da literatura universal, além de pintura, contação de histórias, expressão oral e escrita do público infantil.

A atividade faz parte de uma parceria entre a Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac) e Secretaria de Educação do Estado (Seduc), dentro do Programa Territórios pela Paz (TerPaz), que surge a partir do projeto “Que Nem Maré”, em que uma equipe de educadores vai até as UsiPaz e os territórios atendidos pelo TerPaz, com o objetivo de inserir esses jovens na leitura e no trabalho de letramento. No mês de maio o “Que Nem Maré” está sendo implementado nos complexos comunitários do Benguí e Cabanagem, em Belém, e no Icuí-Guajará, em Ananindeua. 

“Realizar esse trabalho é extremamente significativo para as crianças, para as comunidades, porque ele vai apresentar esse universo da literatura, do livro, da arte, do cinema, do teatro, enfim, dessas expressões culturais a essas populações e também conhecer as formas de expressão artísticas dessas comunidades, porque nós fazemos um processo dialógico, nós apresentamos o texto literário, mas nós também escutamos as narrativas literárias, as expressões culturais e artísticas dessas comunidades e fazemos um trabalho de diálogo dessas demandas locais”. Explica a professora de Língua Portuguesa e ministradora da oficina, Débora Ferreira.

Miguel Dias, 13 anos: "Eu escrevo poemas desde os meus 12 anos, toda minha família lê muito", disse ele.Para quem já tem apreço pela leitura e poesia, as oficinas ajudam a aprimorar habilidades e despertar novos talentos como no caso do Miguel Dias, o adolescente de 13 anos participou, hoje, da sua primeira aula no curso. “Eu escrevo poemas desde os meus 12 anos, toda minha família lê muito, então eu vim pra cá pra aprimorar a minha aptidão de escrita. Eu estava esperando uma atividade mais voltada para a leitura, mas não houve essa assimilação de literatura com leitura, quebraram isso e nos trouxeram a literatura partindo de imagem, de desenhos, de vídeos, uma outra perspectiva de literatura que não é tão comum assim, quando se fala em literatura geralmente as pessoas imaginam um livro empoeirado, mas na verdade a poesia é muito mais abrangente. Eu fiquei muito feliz quando soube que ia abrir a Usina, até porque o Pará é um estado rico em cultura, a gente tem poetas incríveis, fotógrafos incríveis que não recebem tanto apoio, então fazer essa ascensão da literatura é um desafio extremo, por isso é importante espaços como a Usina”.

Com duração de uma hora, a oficina também tem uma relevância para quem está tendo os primeiros contatos com o aprendizado. A Maria Eduarda tem 5 anos e uma vida escolar discreta, de acordo com a mãe, Valdenira Sampaio, o espaço possibilita uma gama de opções que ajudam na rotina tanto as crianças quanto os responsáveis. “É muito bom ter a Usina da Paz aqui, é uma oportunidade também muito grande para as nossas crianças e realmente tava precisando no bairro, até porque a gente que trabalha, tem pouco tempo, qualquer oportunidade a gente vem aqui, traz eles pra brincar, é mais seguro até mesmo que no shopping porque lá não tem essas coisas de poder ficar à vontade, custo beneficio é caro. Aqui é gratuito, as crianças aproveitam e ainda adquirem conhecimento”. A promotora de vendas está de férias do trabalho e tem aproveitando os espaços da UsiPaz com a filha.