Estado oferta serviços de cidadania no bairro da Sacramenta, em Belém
Os moradores do bairro da Sacramenta, em Belém, tiveram acesso aos mais diversos serviços gratuitos nesta quarta-feira (25), na Igreja do Evangelho Quadrangular. A iniciativa do Governo do Estado, por meio da Fundação ParáPaz, proporcionou a expedição de documentos, orientação jurídica e assistência às mulheres em situação de vulnerabilidade social.
O objetivo do programa estadual “Cidadania por Todo o Pará” é concentrar estes benefícios em um só local, facilitando a vida de quem necessita, como apontou Maria das Graças Pereira, de 52 anos.
“Não recebo nenhum benefício e hoje vim atrás do meu número do Nis. Disseram que eu precisava tirar urgente e como o CRAS fica em outro bairro é distante pra mim e ainda tenho o custo do ônibus. Aqui eu vim andando mesmo, muito rápido”, disse a dona de casa.
A 2ª via do NIS, assim como a 2ª via do CPF e do cartão SUS, são ofertados por meio do projeto “Balcão Cidadão”, que também disponibiliza o ID Jovem e a Carteira de Trabalho Digital (CTPS), que segundo a equipe que realiza estes atendimentos, é um dos mais procurados. Mateus Ferreira, servidor da Fundação ParáPaz, ressaltou que foram efetivados 70 atendimentos e que, dependendo da demanda, cada uma leva em torno de 10 minutos para ser concluída, mas que a população sempre vai embora satisfeita com o impasse resolvido.
O “Entre Elas” promoveu rodas de conversas abordando sobre violência doméstica e familiar, orientações sobre direitos das mulheres, além de dispor de atendimento psicossocial e do espaço Capacita, Qualifica e Empreende, assegurado pela equipe multidisciplinar que acompanha o desenvolvimento do projeto nos bairros e municípios do Estado.
A ação reforça o compromisso assumido pelo Estado em garantir à comunidade o acesso à direitos básicos, principalmente sobre a emissão do RG. Somente hoje, com a parceria da Polícia Civil, foram emitidos cerca de 300 identidades e um dos contemplados foi seu Raimundo Nonato Alves, 68 anos, que havia perdido o documento e não tinha tempo pra ir atrás de outro. “Preciso trabalhar pra ganhar meu salário e eu não tinha tempo pra correr atrás disso mesmo precisando muito. São muitos anos já sem meu registro e a gente sempre deixa pra depois. Hoje não deu pra fugir porque foi do lado de casa, aí eu coloquei como prioridade e graças a Deus eu consegui”, disse.
